segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Outra carta para Belém !!











Estimado Sr. Presidente da República.
Excelência:
No dia seguinte à sua eleição, resolvi que não mais o criticaria em público. Porém a predisposição de Vª. Excª. em aparecer em público para tirar fotografias fazendo questão disso mesmo não me deixa alternativa possível, sendo que para tal tenho mantido o respeito que o cargo que Vª. Excª. ocupa, me merece.
Por esse motivo tomei a decisão de lhe escrever de novo, não para lhe pedir... outra fotografia... já toda a gente tem fotos suas, mas a razão é mais simples que isso. Lembro-me muito bem do dia em que Sua Excelência, aos microfones da TVI criou esta solução de '' governo'', estribada na sua amada Constituição da República e por esse motivo o chamei de... carinhosamente '' Pai da geringonça ''. Não... não considero que tenha sido um acto de coragem, acto de coragem é certamente acreditar que esta solução daria um bom resultado. De facto, é preciso ter muita coragem para acreditar que quem nos levou à falência 3 vezes poderia unir-se com os que são ainda mais despesistas que eles e encontrar uma solução de ''governo'' para uma legislatura completa, fazendo ao mesmo tempo o País crescer em termos económicos concertados e consolidados de forma a não colocar em risco os compromissos internacionais assumidos por culpa desse impulso gastador.
Como considero Vª. Excª. uma pessoa inteligente, acredito piamente que já tenha percebido que não é possível ao mesmo tempo, reduzir a despesa pública, admitindo no quadro da função pública mais e mais funcionários, atribuindo ou repondo salários que por força das circunstâncias tiveram de ser ajustados, repondo cortes nas reformas que tiveram de ser feitos porque havia um desnível entre pensionistas inédito e que esta sua solução, só veio agravar sem que se tenham explicado as verdadeiras razões da solução encontrada para as reformas pagas ou a pagar, com a perfeita consciência de que se nada for feito a breve prazo, a Segurança Social não se pode aguentar por muito mais tempo sem um reforço por parte do Estado. Estado que terá de ir buscar aos bolsos dos Portugueses mais alguns milhões para o efeito.
Por fim e como sei que o senhor Presidente terá em atenção por ventura uma carta desta natureza, devo dizer-lhe com o devido respeito, que não sou político, não sou um profissional da política nem o seria se me pagassem muito bem. Defendo há muitos anos que só deve ir para a política quem não precisa de trabalhar para colocar comida na mesa e por isso estou à vontade para com a mesma honestidade que o critico, poder um dia quem sabe... ter o prazer de dizer alguma coisa a seu favor. É que até hoje, desde que foi eleito não encontro nenhum motivo para isso, pese embora a alegria de ser desgovernado que o senhor Presidente faz questão de demonstrar.
Certo de que esta merecerá... quem sabe um dia a sua melhor atenção. Despeço-me atenciosamente de Vª. Excelência.
Rui Alexandre Moreira .










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