segunda-feira, 18 de setembro de 2023

O momento difícil que vivem os agricultores ... coitados !!




 12 de Junho de 1985.

 

Desde esta data, a agricultura Portuguesa recebeu em média cerca de mil milhões de euros por ano. 

 

Os investimentos feitos nesta área, foram investimentos que serviram para aumentar a produção e dar autonomia financeira e produtiva aos agricultores nacionais. Ou... então não!!

 

O facto é que continuamos em alguns sectores, dependentes do exterior para suprir as nossas necessidades agro-alimentares, como é o caso flagrante dos cereais. 

 

Porém, ainda mais grave é o facto de se pensarmos que um agricultor medio, com cerca de 100 (ha) imaginar que pode ficar sem subsídios estatais no próximo ano, em vez de arranjar soluções para a sua própria exploração, arranja forma de explorar o Estado, reclamando junto das próprias associações que por sua vez reclamam das confederações que por sua vez reclamam do Estado. Ou seja, em vez de termos criado, agricultores independentes financeira e produtivamente, criamos em quase 40 anos, um grupo de sangue sugas estatutários, porque o estatuto de agricultor graduado, dá-lhe palco para aparecerem na televisão a exibirem os tratores que as empresas de leasing e os bancos lhes emprestam para eles terem o dinheiro que recebem anualmente a render, sem que seja investido um centavo do seu próprio bolso. 

 

Portanto, quando nesta altura o próprio Estado percebe que há dificuldades no setor, e em vez de perceber que tem de ajudar a resolver o problema criado por ele próprio, complica as contas dos agricultores, é normal que quem como ou o CDS se sinta profundamente envergonhado, porque o setor da lavoura que sempre defendemos, não se soube proteger dos dias difíceis que por várias vezes tínhamos avisado que viriam.  O silencio a que os responsáveis do partido se remetem neste momento, tem unicamente a ver com a capacidade que cada um dos agricultores, grandes ou pequenos, têm de resolver a sua própria vida. 

 

Acredito que o CDS-PP que sempre esteve do lado dos agricultores, entenderá melhor que os outros partidos, o estado degradado em que o setor se encontra, e acredito que seguramente o CDS será o único partido que pode encontrar soluções para um setor que se confunde com a sua própria historia. 

 

Quem pensa que isto é pura demagogia, desengane-se. Durante muitos anos fomos ensaiando ao mais alto nível, soluções para o mundo Agrícola, isentas, independentes e sustentáveis que são hoje a base de uma economia agrícola que em nada depende de subsídios. É possível, é real e existe no país, quem trabalhe todos os dias a terra sem receber um centavo de subsídios. São esses que não depende nem do Estado nem dos bancos que lhes sugam os milhões que recebem em subsídios que merecem uma palavra nesta hora, porque é com eles que num futuro próximo o país tem de contar. 

 

Para os que andaram os últimos quase 40 anos, a receber dinheiros públicos, ou seja, que saem do bolso de todos os que trabalham para pagar impostos, sim porque os fundos perdidos da EU, encontram-se todos no mesmo pacote, que é o orçamento de todos os que alinharam nesta pseudoideologia vendida aos políticos e impingida a todos nós que fomos votando neles, de que estar na europa unida é que é bom porque somos muitos e quantos mais somos melhor... parece que vai sendo hora, de revermos os nossos padrões e parece-me que com eleições para o parlamento europeu, precisamos de uma espécie de Nigel Ferage, que vá para Bruxelas preparar o Portexit. 

 

A verdade é que, a EU trouxe algumas vantagens, nomeadamente no setor agrícola e das pescas, não me consigo lembrar de nenhumas, mas é o que nos vendem todos os dias. Porém, se tivéssemos ficado no nosso canto, com as nossas regras, a nossa moeda e a nossa soberania intacta, até podíamos ter necessitado de um novo resgate financeiro, mas não necessitávamos de deitar leite fora, vender azeite ao desbarato para Espanha e Itália, abandonar o Alentejo que foi o celeiro da Europa durante a II guerra Mundial, destruir a nossa industria pesqueira que era o garante de sustento de milhares de famílias que se viram obrigadas a emigrar ou mudar de vida, e passamos todos alegremente a comer peixe de aquário, criado com a farinha feita dos ossos de vacas velhas que já não servem para mais nada. 

 

Não há mal nenhum em ser Nacionalista, em defender os nossos direitos, as nossas fronteiras e para quem não sabe, a nossa fronteira marítima é imensa, os nossos vizinhos são os EUA, a nossa aérea marítima é 16 vezes maior que a nossa área terrestre. Se não tivéssemos aderido á EU, teríamos dado o salto muito mais cedo para uma economia voltada para o mar, como agora muitos querem fazer, já tardiamente, mas que acho muito bem que se faça. Como também sabemos que nessa altura era muito mais fácil, alavancar a economia Nacional, com base nos mercados dos PALOPS, e que agora não é tão fácil assim porque, entretanto, houve muitas mudanças, mas continua a ser possível. Tal como o Reino Unido, consegue, nós também conseguimos porque sabemos como o fazer. 

 

Por isso, gostava de ver o CDS-PP neste momento de crise existencial, ser o primeiro a defender a saída de Portugal da EU, gostava de ver o Eurodeputado Nuno Melo, a defender a Nação como um Português que se orgulha de ser Português o deve fazer, sem medo de levar com um chorrilho de críticas quer de uns quer de outros. Não vimos ninguém, nem à esquerda nem à direita, defender esta solução que só servirá para melhorar a vida dos contribuintes Portugueses. 

 

Rui Alexandre Moreira.

18 de Setembro de 2023.