sábado, 30 de outubro de 2021
Eu fico
quinta-feira, 21 de outubro de 2021
Tenho uma pergunta ...
Por muito que custe a muita gente, vou ter de mais uma vez dizer 2 ou 3 coisas, ou as que me apetecer, sobre o que se passa neste CDS.
Sim, é verdade que manifestei o meu apoio ao Dr. Nuno Melo, sim é verdade que durante a campanha para as autárquicas, estive calado como de resto tinha prometido, que nada faria para prejudicar o partido, ao contrário do próprio presidente que de cada vez que aparecia e abria a boca, era para prejudicar o partido, em função da sua própria agenda, que se sobrepôs sempre a própria agenda do partido.
Não fosse apanágio desta direção, seria estranho que não quisessem transformar mais uma derrota em vitoria. Não vou entrar no pormenor dos números, porque já toda a gente teve tempo de os analisar, pelo menos aqueles que acharam por bem. E daí a minha insuspeita indignação... Ora, se o CDS sai vitorioso destas eleições, se o resultado segundo o excelso presidente e o seu séquito, são os melhores da última década, se temos hoje mais autarcas que há 4 anos atrás...!? Porque é que há uma necessidade imperiosa de antecipar o Congresso!!? Mais uma pergunta sem resposta.
No tempo em que o CDS, era o CDS, agora é cada vez mais ... PP (Pote das Pipocas), Só havia um congresso extraordinário, se o presidente se demitisse, ou por outra tragédia qualquer. Ora, como o presidente, que se saiba, não se demitiu porque entendeu que os resultados das autarquias, foi estrondoso, não percebo até hoje, porque ninguém me explicou, que razão invoca sua excelência, para convocar um congresso extraordinário!!
Em abono da verdade, confesso-me surpreendido com a estratégia utilizada bem à moda de Antonio Costa, vai lá perceber-se porquê... Se bem que, um político a sério, teria lido os sinais, depois das eleições Regionais, onde fruto de anomalia Constitucional, o CDS acaba no governo, sem saber ler nem escrever, sem ter feito os mínimos para o conseguir. Porém, com as sondagens a descerem todos os dias, su excelência, mais não fez do que amanhar um acordo abrangente, onde até o Chega cabe na solução, sim.... o Chega, salvou Francisco Rodrigues dos Santos, nas eleições regionais.
Chegados aqui, temo que quem possa salvar mais uma vez sua excelência o presidente do CDS, seja desta vez o Partido Socialista. Como? Facilmente... Imaginem o cenário que paira nas cabeças pensantes do Caldas "... o orçamento corre o risco de chumbar na generalidade, e o primeiro ministro, telefona outra vez ao ... Chicão, para salvar o orçamento, e o Chicão, lá vai uma vez mais resolver o problema da geringonça, sem tirar proveito nenhum disso, como de resto já percebemos que pode acontecer... " A seguir, a direção do CDS, mais não faz que anular a convocatória para o Congresso, no fundo revoga a convocatória. Eu sou dos que está a vontade a usar a palavra ... irrevogável, porque não vi muitos saírem em defesa de Paulo Portas, no verão de 2013, quando eu próprio senti necessidade de o fazer. Só há um ligeiro pormenor. Paulo Portas soube ler os sinais 2 anos depois, e saiu, foi a vida dele. Porque tinha uma, e essa é a diferença.
Porém, se era verdade há 2 anos atrás que era preciso mudar muita coisa no CDS, hoje é ainda mais verdade, há ainda muito mais para fazer. sabemos todos, que em condições normais, apareceriam alguns candidatos que podiam protagonizar essa mudança, mas nas actuais circunstâncias, apareceu um determinado a fazê-lo, e que o seu discurso de apresentação, mencionou todos os pontos que eram constantes da moção que escrevemos há dois anos atrás, que depois foi retirada a favor do João Almeida, e só por isso, o meu apoio hoje, que vale o que vale e nada mais que isso, vai para o Nuno Melo, por estas razões que o próprio explanou muito bem.
Escrevi, uma nova moção que não vai ser apresentada, por razões obvias, como já expliquei atrás, o discurso do Nuno Melo dia 6 de Outubro, Mas também porque, o partido não pode perder mais tempo a discutir, o que é preciso fazer, todos sabemos que é preciso trabalhar muito, e todos sabemos que temos de estar disponíveis, como sempre estive, mesmo com esta direção, sim, o meu envolvimento nas autárquicas, foi o que todos puderam ver, não estive escondido em parte nenhuma, dei ao partido, por ventura mais do que me pediram, mas fi-lo sem receber um centavo, como alias sempre fiz, e farei no futuro se me pedirem ou se estiver disponível, se bem que o tempo somos nós que o fazemos e portanto, é fácil quando queremos.
Ficarei portanto a espera de uma resposta para a razão da convocatória para o Congresso.
R.A.M.
21-10-2021
sábado, 2 de outubro de 2021
A entrevista de Chicão, ao pasquim do senhor do bolo ...
A entrevista de Chicão, ao pasquim do senhor do bolo ...
Aqui estamos nós... 45 anos depois e 29 congressos, ninguém nos pode acusar de irregularidade, temos um congresso em cada dois anos, mais coisa menos coisa.
Eu lembro-me de enquanto Conselheiro Nacional, ter votado, contra as tendências ou o que lhe quiserem chamar, dentro do CDS, confesso que na altura, percebi a necessidade por uma parte do partido, de abrir as tendências e correntes de opinião dentro do CDS. E mais uma vez recordo o tal sermão de Frei Bento, que alguém uma vez trouxe para a discussão num Conselho Nacional do Porto, se a memória não falha, convocado para discutir, porque é que um vice-presidente tinha abandonado o partido.
Imaginem lá o que seria, se de cada vez que um vice-presidente abandonasse o partido nos últimos, dois anos, tivessem de convocar o Conselho Nacional, ainda estavam hoje, a discutir a saída de alguns, que não deixaram saudades.
Porém, nestas coisas há sempre um porém, convém lembrar aos mais distraídos, que dos tais vice-presidentes que o atual presidente e a atual direção tinham no final de janeiro de 2019, resta apenas um. A saber, Abel Matos Santos, saiu semanas depois do congresso, não se sabe dele desde então, pode ser que apareça como D. Sebastião ... numa noite de nevoeiro. Carlos Meira, usou tanto balde de lixivia que se desintegrou. Pedro Borges de Lemos, a sumidade em política, bateu com a porta e foi pro partido ao lado, onde permanece ao que consta numa prateleira com vistas pro Tejo... não deixa de ser inspirador.
Resumindo, as duas tendências ou correntes de opinião do CDS, serviram para eleger este presidente e, portanto, são responsáveis pelo que é hoje o CDS, pelo que vale hoje o CDS, ou seja, pelos 1,48% dos votos dos Portugueses. Feitas as contas das últimas eleições, é isto que vale hoje o CDS. Ou pelo menos, é isto que os entendidos nos dão em intenções de votos dos Portugueses. Menos votos, menos mandatos, as mesmas camaras municipais. Não crescemos desde as legislativas de 2019, não crescemos desde que esta direção tomou posse, e, portanto, não percebo porque é que só agora é que resolveram antecipar o congresso. Ou percebo, mas já lá iremos.
Eu estive caldo durante a campanha e a pré-campanha, porque há uma coisa que se chama responsabilidade comum, que esta direção e em particular o presidente do CDS, não sabem o que é, porque não consegue assumir uma derrota tal como ela é, pelo contrário atira-se com unhas e dentes a quem, como Adolfo Mesquita Nunes, na noite das eleições colocou o dedo na ferida. Francisco em entrevista ao Expresso, dá asas aos seus tiques comunas e em vez de assumir a derrota e perceber o que correu mal não, agradece a Mariana Mortágua ... ter defendido o CDS... não deixa de ser caricato.
Mas foi mais longe. Na mesma entrevista, conseguiu dizer uma coisa e o seu contrário, da forma mais displicente possível, mais uma vez digno um politico de esquerda, dos que transformam as derrotas em vitorias. Passo a citar “ Nós queremos é implementar as bandeiras do nosso partido, ainda que tenhamos de contar com os votos dos outros partidos para o fazer ...” Convenhamos... Ou implementamos as bandeiras do CDS, e para isso precisamos de votos, ou fazemos acordos aqui e ali, lá se vão as bandeiras do CDS, já vimos este filme antes e por chegamos aqui.
Uma coisa é certa, eu nunca gostei de coligações e sempre que fui chamado a votar coligações, votei contra, fosse com que fosse, e por isso, estou a vontade, mas o argumento que o atual presidente usa, de que no tempo de Paulo Portas era bom pro partido e com ele, o partido arrisca-se a desaparecer por causa das coligações com o PSD. Há uma diferença abismal, não havia ninguém a nossa direita, nem Chega nem IL, e portanto só dependia-mos de nós próprios.
A tal falta de honestidade intelectual de que fala o presidente do partido na peça do pasquim do senhor do bolo, é a mesma que ele próprio usa quando transforma uma derrota em vitoria a moda do PCP.
Mas Francisco vai mais longe. Admite que o CDS por até num cenário hipotético, pode ganhar as eleições legislativas com maioria absoluta... Hipoteticamente, é tão verdade agora, como quando Assunção Cristas, assumiu que queria ser primeira ministra e portanto ...aí de quem resolver atacar Chicão por causa disto ...
Nota de roda pé. O ar irritado com que o senhor presidente do CDS, deu esta entrevista, revela bem a sua capacidade de lidar com a pressão ainda que seja de um pasquim, que não tem a credibilidade de outros tempos.