quinta-feira, 18 de março de 2021

Está tudo bem !!? Precisam de alguma coisa ... ah, foi só um deputado do CDS que ...bateu com a porta !!


São umas atrás das outras .

Até aqui, foram presidentes de concelhia, presidentes de distrital, meia dúzia de vice-presidentes sem importância nenhuma ... ah espera, alguns, eram tão insignificantes, que sem eles o CDS teria outro presidente, outra vida ...mas escolheram este, agora... aturem-no!!

Quando as divergências, chegam ao parlamento, é sinal de que temos rapidamente de tirar conclusões sore o que está a acontecer ao CDS. 

O deputado João Gonçalves Pereira, fala no "abraço do Ursos ", quando se refere ao PSD, coisa que aliás temos vindo a discutir, desde último congresso, e que finalmente agora, parece que estamos a começar a perceber, o que nos pode acontecer, se nos deixarmos levar pelo encanto do urso, essa figura lendária, que nos assusta com um simples respirar.

Alertamos para a descaraterização do CDS, após o congresso, mas ninguém pareceu interessado no assunto, andavam todos muito ocupados a lamber as feridas, da batalha perdida em 2019. Não conseguiam ver a floresta, porque tinham uma árvore na frente, não tiveram o discernimento de derrubar a árvore, e abrir horizontes. Nem tiveram o engenho de subir a árvore, e olhar para o futuro com os olhos de quem nada sabe, mas tudo quer apreender . Mas não... esta malta, não apreendeu a trepar as árvores. Nem vai apreender. Já sabem tudo e mais alguma coisa.

E assim, o CDS vai-se desfazendo por causa dos que sabem tudo e mais alguma coisa. Gente que veio não sei de onde, para ajudar o Francisco a acabar com o que restava do CDS, sugerindo ele próprio que em vez do CDS, se criasse um Partido Popular.

Por último, uma palavra sobre as eleições autárquicas. Se o presidente do partido, não for a votos, se o nome dele não constar das listas de candidatos à câmara de Lisboa, significa que abdica da oportunidade de mostrar ao partido, o que vale, quanto vale e para que serve. Não o fazendo deixa o partido órfão .



 https://www.tsf.pt/portugal/politica/goncalves-pereira-critico-da-direcao-do-cds-bate-com-porta-no-parlamento-13475425.html?fbclid=IwAR2sAcNqFvAbBA9MxXOn6MHEESAUyc9sE5825PMOGCzU6GbIXyGFXJEiLvU

quinta-feira, 4 de março de 2021

É o desnorte

 Não sabemos ao certo para onde vai o CDS, mas sabemos o que se está a passar no distrito do Porto por exemplo. Um presidente da distrital sem o mínimo de condições para desempenhar funções, porque a sua própria direção está em colapso, atira-se com unhas e dentes ás concelhias e obriga à humilhação daqueles que sempre, em qualquer das circunstância defenderam o bom nome do partido.

Fernando Barbosa, de sua graça,  presidente da distrital do Porto e coordenador autárquico, vem atirar o CDS para a desgraça de ter como consolação o primeiro nome da lista em qualquer dos concelhos do Porto, ser do PSD, bem como o segundo nome das listas, ser do PSD e o terceiro, se não fizerem muito barulho pode ser ou não do CDS. Obviamente se as concelhias do PDS protestarem, podem ficar ao que parece com os lugares todos!! 

Foi isto que o presidente do CDS e o presidente da distrital do Porto, negociaram com o PSD . Esta vergonha que agora, é secundada por demissões de presidentes de concelhia, com provas dadas, que vestiram a camisola e estavam prontos, para continuar o bom trabalho que vinham a desenvolver em prol do CDS, e ao perceberem que o CDS era renegado para terceiro plano, resolvem bater com a porta. 

Em meu entender, não o devem fazer. Os mandatos no CDS e nomeadamente os mandatos das estruturas locais, significam algo de diferente dos mandatos Nacionais. Os mandatos das concelhias, são eleitos pelos locais dessas concelhias, os tais que não vão aos congressos nem votam para a Presidência do partido, e por isso, têm uma importância acrescida a quando da autarquias diz respeito. Ter um coordenador autárquico que não percebe isto, revela a nulidade em que partido se refugia desde Janeiro de 2019. Por isso nesta altura delicada, devemos estar unidos, não em volta deste descalabro, mas em volta daquilo que é para nós importante, o CDS e o seu bom nome. 

No passado, sobre qualquer pretexto, ouvíamos os críticos da direção anterior, alguns deles hoje com responsabilidade nesta direção, apregoarem aos quatro ventos sobre a estratégia seguida pela mesma direção... que Deus nos acuda agora, de os vermos criticarem quem quer que seja, por deixar que um Presidente de concelhia ou distrital, venha a aparecer em terceiro numa lista as câmaras mais importantes do país !! 

Como um vergonha nunca vem só, sabemos que esta é a estratégia para todo o país, o que como é fácil de perceber vai servir para o CDS perder os poucos mandatos de vereadores que ainda tem. Ou pior, das 6 câmaras, pode mesmo correr o risco de perder algumas. Sabendo como tem funcionado esta direção, obviamente, vai cantar vitória mesmo perdendo, bem ao estilo do PCP, porque se vencer alguma câmara em coligação com o PSD, entra nas contas do CDS como uma vitória, já sabemos que funcionam assim, mas cá estaremos para recordar os mais esquecidos, de que não é assim. Mais importante que a sobrevivência política de um líder decadente, incompetente, imprudente... é a sobrevivência do CDS, e quanto a isto, não podemos apenas e só ignorar o que se passa com os Barbosas e os Chicos espertos da vida. 

Deixem-se de brincadeiras. Este desnorte não nos ajuda em nada .

segunda-feira, 1 de março de 2021

A insustentável leveza de... não ser!!



Quando nos reduzimos ao limitado e redutor subterfúgio do nosso desgraçado ego, criamos uma ilha a nossa volta, ficamos isolados num pedaço de terra, coberta de bandeiras esfarrapadas, que nos ensinaram no passado, que estavam gastas e desgraçadas pelo uso e abuso de uns e de outros, mas que nossa visão limitada, e obstruída pela convicção de que fomos escolhidos para uma missão, que tínhamos de levar até ao fim, sem olhar a meios para o conseguirmos. 

Ando seguramente há 6 meses, a dizer que é preciso mudarmos de vida, que é preciso um Congresso extraordinário, electivo e sério, para de uma vez por todas definirmos o que queremos para o CDS. Este partido, não é nem nunca foi o porta-bandeiras da desgraça. Demos a volta por cima, varias vezes, porém desta vez estamos a dar volta por baixo, e dar a volta por baixo, significa que os barcos passam nessa ilha onde decidiram espetar as bandeiras esfarrapadas na areia, e ficar ao sabor do tempo à espera que algo aconteça, ainda que seja a boleia de outro partido qualquer, que se aproveita da nossa fragilidade de sermos uma ilha perdida no meio do nada.

Perdemos o barco para os Açores, e ainda assim, deixaram-nos ser Governo, não por mérito, porque não ganhamos nada, antes pelo contrário, perdemos mais de 1100 votos e um deputado, e agora embarcamos numa barcaça para as autarquias, sem sabermos nada sobre os planos de navegação, mantidos nos segredos dos "Deuses", como se fosse um caso de segurança Nacional. Está fácil de prever o desastre, Rio e o laranjal, habituados a meterem água por todo o lado, não se atrevem a entrar em mar alto, sem um comandante à altura, e portanto só depois de Assunção Cristas, dizer que não e bem, é que anunciaram um candidato que pode dar luta em alto mar, mas não sabemos se a barcaça aguenta.

Porém, mais uma vez o CDS, reduz-se à imagem do actual líder e ao que já nos foi dado a perceber, os 20% conseguidos nas eleições autárquicas anteriores, de nada serviram, a coligação por Lisboa, está a ser apresentada como " PSD-CDS", quando o mínimo que podia acontecer, seria exactamente o oposto " CDS-PSD", coisa que a nossa insignificância do momento, não permite que aconteça.

Um congresso extraordinário antes destas eleições autárquicas, em nada prejudica a nossa actual posição em termos de intenções de voto, como de resto se pode provar pelas imagens acima, 0.8% de intenções de votos para legislativas, e quanto a influência sobre a vida dos Portugueses 0.0%. O que prova queiramos ou não, que o CDS escolheu uma nulidade a quem ninguém dá importância nenhuma, e se não nos livrarmos dele, vamos ter 0.8% dos votos dos Portugueses nas próximas legislativas. Recordo que algumas das sondagens, nas últimas legislativas nos davam 4.4% das intenções de voto, e o resultado final foi muito proximo disso.

A Situação é insustentável e não se pode prolongar por tempo indeterminado, a leveza de não sermos coisa nenhuma, reduz-nos a irrelevante ilha no meio do nada coberta de bandeiras esfarrapadas, que de nada servem, porque estão gastas e já não se percebe o que significam tais bandeiras ou estandartes , a nossa insignificância política, reduz-nos a uma pedaço de coisa nenhuma, cercados de nada, e o caminho é atravessar um laranjal enlameado, por anos e anos de ... políticas desajustadas, para não ser inconveniente.

Por fim, uma palavra curta a quem decide depois de espremerem até a última gota, as bandeiras esfarrapadas, decidem roubar um bote a remos e zarpar para fora da ilha, os tais que bateram com a porta, um acto de pura cobardia, criticaram o partido durante 4 anos diariamente, uniram-se para afastar a direção anterior, e agora saltam borda fora, enfiam-se no primeiro bote e deixam as mulheres e as crianças para trás, quais cobardes dos mares da política. Para esses cobardes, " Só faz falta quem cá está" . 

R.A.M. 
1 de Março de 2021