domingo, 9 de outubro de 2022

CDS a quanto obrigas.

 CDS a quanto obrigas. 


 Já uma vez escrevi sobre isto, precisamente com o mesmo título salvo erro, mas como já foi há algum tempo, já ninguém se lembra, e portanto.... cá vamos nós outra vez, em estrangeiro “ There we go again”. Sim, eu falo duas línguas, mas sobre isso falamos mais tarde. 

 

Aquando do penúltimo congresso, fui vilmente atacado, ostracizado, insultado, e tentaram assassinar o meu carácter, o mesmo carácter com que sempre enfrentei os desafios da minha vida, por gente que não merece o ar que respira. Sobrevivi como sempre ao longo destes quase 52 anos de vida, com a mesma dignidade, a mesma força de fazer da Democracia Cristã uma referência, coisa que muitos dentro do próprio CDS, não sabem o que é. 

 

Por isso, hoje, volvidos quase 6 meses da eleição de Nuno Melo, e para aqueles que não acreditaram que havia alternativas, ficam as perguntas que se impõem:

“... estão felizes? Era este CDS que queriam, o CDS dos pequeninos? Era um CDS que de feira em feira, não descola nas sondagens e todos percebemos porquê? Foi neste CDS que Nuno Melo prometeu deixar o sangue e as lágrimas? Ou este é o CDS que interessa a uns e outro, mas nunca aos Portugueses que acreditaram em nós durante anos a fio?” 

 

Sei bem que ninguém me vai responder, mas fica o alerta. Conforme prometido, dias depois da eleição de Nuno Melo e antes do congresso estatutário, foi enviado à direção do CDS um email, do qual nunca tive resposta como seria de esperar, porque o “modus operandi” da secretaria geral volta a ser o do costume, e portanto, nada a dizer, já não aguardo resposta. Mas também sei que não farei nunca o que fez por exemplo, Miguel Mattos Chaves, que depois de anos a lutar contra moinhos de vento, lá partiu em busca da Dulcineia dos seus sonhos, espero que seja muito feliz, ele e todos os que seguirem o caminho dos moinhos de ventos, porque o CDS precisa de todos, não precisa é de avençados que passam dias no Caldas a coçar os tomates, em vez de se emprenharem em fazer algo pelo partido que lhes paga, com dinheiro ... bem é melhor não falarmos de dinheiro, pagarei as minhas quotas em Janeiro, quando forem devidas, embora considere como muitos, que o trabalho que já demos ao partido, não tem preço, mas sim, nunca me esquivo as minhas responsabilidades e por isso, fá-lo-ei a seu devido tempo.  Uma palavra aos que saem desiludidos com o rumo que a direção escolheu. Porque é que não saíram antes? Por acaso, o rumo era diferente? As opções eram assim tão dispares que justifique agora, uma debandada, ou outra debandada de gente que se calhar nunca foi CDS, o que devo dizer, não é caso do citado Mattos Chaves. Ele tem amnésia ou é o Alzeimer... mas sentava-se ao meu lado em Conselhos Nacionais, deve ter-se lembrado disso, quando da sua desfiliação foi a um dos grupos ver o que eu tinha escrito, e por isso.... eu sei do que falo, mas percebo que a convivência com clãs austeros o tenha atirado para a profundeza das incongruências do CDS, citando Paulo Portas, para depois não virem dizer, “.... ah e tal, quem falava de incongruências era o Paulo Portas...” era sim senhor, mas não é exclusivo de ninguém.

 

Por fim, um recado ao senhor presidente do CDS. 

Meu caro Nuno Melo, já é mau ter ido buscar um SG que mais não fez do que atirar-nos para o fundo do poço, ir buscar um adjunto do SG que se prestou ao mesmo serviço e reeditar uma secretaria geral que lembra os piores anos do CDS, é atirar aos olhos dos filiados no partido areia com sal, porém há gente que não desiste, eu não desisto, e não deixarei que aqueles que acreditam em mim desistam de um partido que foi durante 47 anos o garante da democracia Nacional, o pilar fundamental de uma doutrina Democrata Cristã que já mais deixaremos morrer. Por isso fica aqui o meu desafio, refaça o CDS por dentro. Para bom entendedor meia palavra basta.

 

Disse sempre que de mim o CDS teria sempre aquilo fosse necessário, porém, não me excluiria o direito de manter aquilo que sempre disse, defendo a direção e o seu presidente, quando merecem ser defendidos, criticarei sempre que tiverem de ser criticados, quer a direção quer o seu presidente, como aliás sempre fiz, e por isso agora, como sempre disse, não será diferente, até porque se trata da sobrevivência de quase 50 anos de história da democracia Nacional.

 

Por fim, uma palavra aos que atentaram contra o meu caracter. Nunca andei à procura de tachos no partido, e desafio qualquer um apresentar provas do contrário, nunca em caso algum ganhei um cêntimo à custa do CDS, e desafio qualquer um a provar o contrário, nunca em caso algum, usei os cargos ou o nome do partido em proveito próprio e desafio qualquer um a provar o contrário. Outros haverá quem não o podem fazer por manifesta força de razão.

 

9 de Outubro de 2022.

Rui Alexandre Moreira.