sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Sobre a nova AD



 Sobre a nova AD

 

Não sendo novidade para ninguém o que eu penso sobre coligações, e tendo em linha de conta o que foi feito e dito ao longo dos tempos, nomeadamente por Nuno Melo antes de ser presidente do CDS, há algumas considerações a fazer. 

 

O CDS-PP não tem condições de ir a eleições sozinho por mera incompetência dos seus responsáveis que passaram dois anos a marcar passo. Ou seja, a assobiar para o ar. 

 

Nestes dois anos, o CDS mais não fez do que nomear delegados disto e daquilo que até esta data, uns por manifesta incompetência outros porque não querem e outros porque não tiveram tempo, não se organizaram para que o partido tivesse dentro de si, os tais quadros que agora deviam estar preparados para serem cabeças de lista em 18 distritos. 

 

Assim, e como sempre, o CDS vai a votos sem no dia 10 de Março depois de contados os votos, se perceba a real dimensão do partido, porque os seus responsáveis uma vez mais, preferem um resultado que garanta a sua própria sobrevivência política, hipotecando da forma que já todos percebemos, o futuro do próprio partido. 

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Caderneta de cromos do CDS (parte I)










 A caderneta de cromos do CDS.

 

O cromo de hoje, é daqueles que não há repetidos. Mora em Santa Marta de Penaguião, mas não conhece a lenda de Santa Marta, porque se conhecesse, percebia que não se brinca com coisas sérias. 

Conta a lenda de Santa Marta, que depois da praga que atacou as vinhas nos finais do sec. IX, o conde de Guillon, dono da maioria das vinhas em redor da aldeia, incendiou as próprias vinhas num acervo de raiva, foi então que apareceu uma santa envolta num manto branco e lhe ordenou como castigo que replantasse todas as vinhas incendiadas e erguesse uma capela em sua honra. 

O conde francês, meteu mãos à obra e replantou sozinho as vinhas e de seguida sozinho ergueu a capela de Stª Marta, hoje padroeira do alto Douro vinhateiro. 

Durante o processo, as pessoas passavam e comentavam “...coitado do Guillon”. Depois de erguida a capela, o povo resolveu fazer deste ponto de encontro para rezarem pelas melhores colheitas, e então ficou conhecida como capela de Stª Marta com pena do Guion, que mais tarde derivou para capela de Stª Marta de Penaguião. 

O CDS está para o distrito de Vila Real, como o conde de Guillon esteve para a região naqueles tempos, incendiaram tudo o que havia para queimar e agora, aparece um cromo que se diz democrata Cristão, mas a única coisa que consegue erguer são copos ou fichas de filiação num pseudo partido chamado ...ergue-te ... juntamos ilustrações para melhor percebermos do que estamos a falar. 






quarta-feira, 22 de novembro de 2023

A democracia do Post Scriptum (P.S.)


 A democracia do Post Scriptum (P.S.)

 

É verdade, muitas vezes ouvi dizer isto... “ah... esse gajo não percebe nada disto”. Confesso que nunca dei importância nenhuma ao assunto, e de facto, olhando para trás e contextualizando a frase em várias ocasiões diferentes, se calhar é verdade.

 

Eu sempre pensei que P.S. (partido socialista) significava democracia, independência, soberania, valores consagrados na Constituição da República Portuguesa, como a saúde para todos, a educação gratuita para todos, a segurança eficaz e equitativamente distribuída... E agora, 50 anos depois, olhamos para o P.S. e em vez de Partido Socialista, eu leio ... Post Sriptum. 

 

Uma regra tantas vezes usada quando chegávamos ao fim de uma extensa missiva e percebíamos que faltou a determinada altura, mencionar um facto de alguma importância e então fazíamos uma nota no final da folha com P.S. 

 

Foi exatamente isto em que o P.S. se tornou 50 anos depois. Vejamos:

 

- O Estado Português é um Estado de direito.

P.S. Se os socialistas não governarem.

 

-O Estado Português cumpre escrupulosamente a C.R.P.

P.S. Só enquanto os socialistas não governam.

 

-O governo do Estado Português, não se imiscui com os órgãos de Justiça Nacionais.

P.S. Enquanto dirigentes socialistas não se envolvem em negócios escuros.


- O Estado Português garante o acesso à saúde a todos os cidadãos Nacionais indiscriminadamente, por princípio gratuito e de fácil acesso.

P.S. Os socialistas divertem-se a fechar urgências e a trocar serviço publico por serviço privado onde muitas vezes não há condições para fazerem determinados procedimentos médicos por manifesta falta de meios. 

 

É assim, e quase 50 anos depois da revolução encravada nas trincheiras da democracia, o país mergulha numa espiral de corrupção institucionalizada pelos governantes que foram passando por S. Bento, mas nunca como agora, depois de uma rusga policial ao gabinete do primeiro-ministro, podemos perceber que o Post Sriptum da nossa democracia estava tão desgraçado como afinal parecia. 

 

 Rui Alexandre Moreira.




P.S. Isto não acaba aqui...

domingo, 22 de outubro de 2023

O IUC Imposto Único de Contribuição ao CDS-PP


 A mulher de César, não pode parecer séria ... tem de ser séria.

 

Um dos problemas do CDS-PP nos últimos tempos é a sua profunda desonestidade intelectual. 

 

O que mais incomoda um verdadeiro Democrata Cristão, é ver aqueles que se dizem seus pares, fazerem exatamente o contrário do que apregoam todos os dias. 

 

Nuno Melo desde que o governo deixou cair a ideia do IUC para veículos anteriores a 2007, não se cala com a injustiça que é um imposto que serve para colmatar a extinção das portagens nas SCUTS. A medida pode parecer injusta, mas o imposto mais estúpido de todos são mesmo as portagens e não as SCUTS que nos devem incomodar, são as estradas que já estão pagas e não consomem em manutenção, aquilo que as concessionárias cobram, era com isto que Nuno Melo e o CDS deveriam estar preocupados em extinguir as portagens por completo com um plano efetivo, mas já sabemos que honestidade intelectual em política é suspeita.

 

O problema para o CDS é que enquanto Nuno Melo, reclama que a medida do IUC é injusta, obriga por alteração estatutária os filiados no CDS a pagarem os mesmos 2€ por mês de quotas ao partido. 

 

Ora, se é verdade que a medida do governo é injusta porque o momento que o país atravessa é complicado, deduzimos perante isto que só é complicado para quem paga impostos ou tem carros antigos, tipo uma 4L branca. Já para os filiados que do CDS que muitas vezes não se podem deslocar para as funções oficiais do partido porque têm um R5, do mesmo ano da 4L e não têm outro carro porque o dinheiro deles não estica, a injustiça não se aplica. 

Portanto, a sugestão é um congresso estatutário para os filiados do CDS deixarem de pagar quotas e pagarem o IUC Imposto Único de Contribuição ao CDS-PP. 

 

Mais uma vez, Nuno Melo e companhia se não resolvem o tique estatutário que muitas vezes usam conforme lhes dá jeito, estão condenados a sair a pé ou de gatas do próximo congresso.

 

 

 

 

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Sobre o que precisa o CDS.



Sobre o que precisa o CDS, ou de quem precisa o CDS.

 

O CDS pode precisar de todos, mas há uns “todos” que precisam mais do CDS que outros. E é sobre esses que vos quero falar hoje. 

 

Durante muito tempo, o partido foi o garante de uma direita conservadora que não se revia nos desmandos do PSD, e depois do PPM perder o assento parlamentar, grande parte dos monárquicos democratas, derivaram para o CDS. E, portanto, o partido assumia uma importância maior no espectro político Nacional. Tudo isto antes de Paulo Portas assumir a presidência do partido pela primeira vez. 

 

Paulo Portas, correu com Manuel Monteiro que mais não fez do que uma birra de puto malcriado e saiu para formar um outro partido e meus amigos, a partir daí Paulo Portas infestou o partido de pseudo social-democratas vindos de uma JSD amargurada com ela própria que tinha na altura em Pedro Santana Lopes, uma referência inconfundível. Entraram esses e muitos mais durante os mandatos de Paulo Portas, uns mais à direita outros nem por isso, e alguns independentes que se tornaram figuras de destaque no Caldas, como o caso de Assunção Cristas, que cometeu o erro de acreditar em Paulo Portas e companhia, os tais que nunca foram democrata-cristãos e infestaram o CDS de falsos Democratas Cristão, alguns deles sem saberem o que isso significa. 

 

Por isso, vir agora Nuno Melo lá do alto do andaime a dizer “... não me interessa se quem está no CDS é liberal, conservador ou democrata-cristão” é tão inútil como mamas num boi. E passamos a explicar. Um boi com mamas nos tempos que correm seria um boi transgénero e por isso a utilidade dele seria mesma de um homem que resolve ser mulher porque sim, não pode procriar e, portanto, é um significante contribuidor para a extinção da espécie. O CDS é assim, são vários bois com mamas, tão inúteis como bois com mamas, não servem para nada. E isto também tem uma explicação, para não dizerem que eu estou a criticar por criticar e quem me conhece sabe muito bem, que sempre critiquei quem no CDS tinha de ser criticado, como apoiei quem tinha de ser apoiado, sempre que assim deveria ser. A comparação feita, não pode ser tomada como depreciativa, porque afinal o CDS e agora podemos culpar quem quisermos, não é só Paulo Portas porque quem veio a seguir e já lá vão 3, nada fizeram para tirar de lá os bois e meter vacas férteis, antes pelo contrário.

 

É verdade, o CDS precisa de todos, mas são todos os Democrata-Cristãos, que se identificam com a democracia Cristã, que defendem a carta de princípios original do partido, que podem ser liberais de pensamento, ou conservadores, mas na hora de votar, votam CDS porque foi no CDS que um dia perceberam que a política tem um lado humano, porque foi no CDS que demos sempre importância as questões humanitárias, aos problemas sociais. Porque foi o CDS que sempre esteve na frente de combate quando foi necessário salvar o país de situações complicadas, em governos de salvação Nacional, e prejudicado por causa disso mesmo. Fazendo-o em coligação, prejudicou-se de forma irremediável, tudo por culpa das decisões de ir a eleições em coligação. E todos percebemos o que significou ir a eleições coligados com o PSD. E por isso quem tomou a decisão de optar pela coligação, é diretamente responsável pelo estado a que o partido chegou. São os liberais e os conservadores que se renderam à doutrina Democrata-Cristã.

 

As últimas eleições legislativas, foram atípicas em vários sentidos, o CDS não se soube posicionar, a própria conjectura interna do partido não permitia que os responsáveis se organizassem de forma eficiente apesar dos avisos, e o CDS acabou por perder o assento parlamentar, e entrar numa espiral de descida nas sondagens. Facto que até hoje ainda não foi colmatado nem tão pouco solidificado. As eleições na Madeira foram um fracasso porque os dois partidos mais votados, perderam a maioria absoluta e tiveram de coligar-se com um partido que não é de direita por manifesta teimosia ideológica. As próximas eleições legislativas, serão de extrema importância para o partido, se a decisão for ir a votos sem coligação nenhuma, nem pré-eleitoral nem pós, para de uma vez por todas percebermos quanto vale o CDS, quantos votantes tem o CDS, só assim podemos de uma vez por todas, saber qual o posicionamento do partido. 

 

Assim, para quem ainda não percebeu o problema do CDS, que não são os liberais nem os conservadores, mas sim as várias lideranças que por cá passam, que defendem os interesses de uns e de outros e isso espelha-se na distribuição Nacional do próprio partido atualmente, que não existe. Há distritos que não conseguem por manifesta falta de vontade interna, eleger uma comissão política distrital digna desse nome e isto prejudica o partido irremediavelmente, como de resto é notório. Nuno Melo vai passando pelos pingos da chuva caricatamente, sendo muitas vezes ignorado porque a mensagem é transmitida de forma incompetente, porque a vontade de mudar de imagem obrigou a tomar opções inúteis, porque a arrogância e a prepotência de quem continua a povoar o Caldas, não dá para mais. 

É tempo de contruir ... comecem a trabalhar.



https://youtu.be/JcCKjhADhgs?si=g3_URIyAtYS045qz

 


 

 

 

 


 

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

O momento difícil que vivem os agricultores ... coitados !!




 12 de Junho de 1985.

 

Desde esta data, a agricultura Portuguesa recebeu em média cerca de mil milhões de euros por ano. 

 

Os investimentos feitos nesta área, foram investimentos que serviram para aumentar a produção e dar autonomia financeira e produtiva aos agricultores nacionais. Ou... então não!!

 

O facto é que continuamos em alguns sectores, dependentes do exterior para suprir as nossas necessidades agro-alimentares, como é o caso flagrante dos cereais. 

 

Porém, ainda mais grave é o facto de se pensarmos que um agricultor medio, com cerca de 100 (ha) imaginar que pode ficar sem subsídios estatais no próximo ano, em vez de arranjar soluções para a sua própria exploração, arranja forma de explorar o Estado, reclamando junto das próprias associações que por sua vez reclamam das confederações que por sua vez reclamam do Estado. Ou seja, em vez de termos criado, agricultores independentes financeira e produtivamente, criamos em quase 40 anos, um grupo de sangue sugas estatutários, porque o estatuto de agricultor graduado, dá-lhe palco para aparecerem na televisão a exibirem os tratores que as empresas de leasing e os bancos lhes emprestam para eles terem o dinheiro que recebem anualmente a render, sem que seja investido um centavo do seu próprio bolso. 

 

Portanto, quando nesta altura o próprio Estado percebe que há dificuldades no setor, e em vez de perceber que tem de ajudar a resolver o problema criado por ele próprio, complica as contas dos agricultores, é normal que quem como ou o CDS se sinta profundamente envergonhado, porque o setor da lavoura que sempre defendemos, não se soube proteger dos dias difíceis que por várias vezes tínhamos avisado que viriam.  O silencio a que os responsáveis do partido se remetem neste momento, tem unicamente a ver com a capacidade que cada um dos agricultores, grandes ou pequenos, têm de resolver a sua própria vida. 

 

Acredito que o CDS-PP que sempre esteve do lado dos agricultores, entenderá melhor que os outros partidos, o estado degradado em que o setor se encontra, e acredito que seguramente o CDS será o único partido que pode encontrar soluções para um setor que se confunde com a sua própria historia. 

 

Quem pensa que isto é pura demagogia, desengane-se. Durante muitos anos fomos ensaiando ao mais alto nível, soluções para o mundo Agrícola, isentas, independentes e sustentáveis que são hoje a base de uma economia agrícola que em nada depende de subsídios. É possível, é real e existe no país, quem trabalhe todos os dias a terra sem receber um centavo de subsídios. São esses que não depende nem do Estado nem dos bancos que lhes sugam os milhões que recebem em subsídios que merecem uma palavra nesta hora, porque é com eles que num futuro próximo o país tem de contar. 

 

Para os que andaram os últimos quase 40 anos, a receber dinheiros públicos, ou seja, que saem do bolso de todos os que trabalham para pagar impostos, sim porque os fundos perdidos da EU, encontram-se todos no mesmo pacote, que é o orçamento de todos os que alinharam nesta pseudoideologia vendida aos políticos e impingida a todos nós que fomos votando neles, de que estar na europa unida é que é bom porque somos muitos e quantos mais somos melhor... parece que vai sendo hora, de revermos os nossos padrões e parece-me que com eleições para o parlamento europeu, precisamos de uma espécie de Nigel Ferage, que vá para Bruxelas preparar o Portexit. 

 

A verdade é que, a EU trouxe algumas vantagens, nomeadamente no setor agrícola e das pescas, não me consigo lembrar de nenhumas, mas é o que nos vendem todos os dias. Porém, se tivéssemos ficado no nosso canto, com as nossas regras, a nossa moeda e a nossa soberania intacta, até podíamos ter necessitado de um novo resgate financeiro, mas não necessitávamos de deitar leite fora, vender azeite ao desbarato para Espanha e Itália, abandonar o Alentejo que foi o celeiro da Europa durante a II guerra Mundial, destruir a nossa industria pesqueira que era o garante de sustento de milhares de famílias que se viram obrigadas a emigrar ou mudar de vida, e passamos todos alegremente a comer peixe de aquário, criado com a farinha feita dos ossos de vacas velhas que já não servem para mais nada. 

 

Não há mal nenhum em ser Nacionalista, em defender os nossos direitos, as nossas fronteiras e para quem não sabe, a nossa fronteira marítima é imensa, os nossos vizinhos são os EUA, a nossa aérea marítima é 16 vezes maior que a nossa área terrestre. Se não tivéssemos aderido á EU, teríamos dado o salto muito mais cedo para uma economia voltada para o mar, como agora muitos querem fazer, já tardiamente, mas que acho muito bem que se faça. Como também sabemos que nessa altura era muito mais fácil, alavancar a economia Nacional, com base nos mercados dos PALOPS, e que agora não é tão fácil assim porque, entretanto, houve muitas mudanças, mas continua a ser possível. Tal como o Reino Unido, consegue, nós também conseguimos porque sabemos como o fazer. 

 

Por isso, gostava de ver o CDS-PP neste momento de crise existencial, ser o primeiro a defender a saída de Portugal da EU, gostava de ver o Eurodeputado Nuno Melo, a defender a Nação como um Português que se orgulha de ser Português o deve fazer, sem medo de levar com um chorrilho de críticas quer de uns quer de outros. Não vimos ninguém, nem à esquerda nem à direita, defender esta solução que só servirá para melhorar a vida dos contribuintes Portugueses. 

 

Rui Alexandre Moreira.

18 de Setembro de 2023.

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Era uma vez um outdoor...


 Quando percebes que afinal, há vida além do azul .... Sim, defendi sempre que o azul e o amarelo, as cores originais do CDS-PP, deviam ser mantidas porque além de fazerem parte das siglas do partido há muito tempo, são as cores com que é mais fácil identificarmos o CDS. 

Ter a coragem de encomendar um outdoor com um fundo avermelhado, demostra uma falta de respeito inqualificável pela historia do partido, pelos seus princípios e pelo próprio significado das mesmas cores.

Assim, cabe agora a quem de direito, explicar o que está no mesmo outdoor.

Familia. É bom saber que família defende Nuno Melo, presidente do CDS-PP, a família tradicional com que o partido sempre de identificou, ou as famílias tipo 1 em 1 que agora se assumem como famílias mas que violam todo um conceito defendido por séculos e séculos de historia. Seria muito bom, percebermos de uma vez por todas que tipo de família defende Nuno Melo. 

Propriedade: Mais uma vez, Nuno Melo não explica a que tipo de propriedade se refer, se quer dar a mão ao governo socialista, com ocupações indevidas de propriedades privadas, ou se defende como sempre a propriedade e os proprietários privados, convém sempre lembrar que sem proprietários não há receita de impostos sobre os imóveis. 

3º:Trabalho: O trabalho para todos é um direito constitucional e portanto é defendido por todos, mesmo por quem votou contra a Constituição da República Portuguesa, e portanto, é preciso sabermos se Nuno Melo defende o trabalho miserável e mal pago que temos hoje, ou se tem ideias para mudar o estado em que o mercado de trabalho se encontra. 

Liberdade: A liberdade é outro direito constitucional, garantido através dos tempos e não é um dado adquirido com o 25 de Abril, quando muito seria com o 25 de Novembro, e portanto, saber que liberdade defende Nuno Melo é não só pertinente como urgente, para sabermos todos ao que vem o presidente do CDS, que não dá liberdade aos filiados para se organizarem e elegerem estruturas locais. Colocar liberdade num outdoor, sem olha para ...in doors, é só hipócrita. 

Nuno Melo ganhou o congresso, mudou os estatutos, como quis, e não vou agora discutir se bem ou mal, mas seguramente podia ser diferente, mas mesmo assim, não descola das sondagens porque a estratégia de comunicação simplesmente faz coisas como usar um fundo avermelhado num outdoor. Cada um tira as conclusões que muito bem entender. 

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

A isto chama-se ter a mania que temos razão.

 A isto chama-se ter a mania que temos razão em tudo.

 

Há gente que nunca fez nada pelo partido, e agora parece que são os donos da razão. 

São as chamadas nulidades do partido. 

Este em particular, aparece e desaparece conforme os ventos, ora de feição ou não. 

Vimos nos últimos anos, sair gente muito valida do partido, gente que deu muito de seu tempo, e em muitos casos do seu próprio dinheiro, saíram e alguns sim, fazem muita falta. Não é o caso.

Paulo Freitas do Amaral, desde cedo que se destacou por ser um desistente profissional, por isso, o CDS é feito de gente que vai à luta, que não baixa os braços e que não viaja ao sabor do vento, mas enfrenta as tempestades como elas são. 

Se a ideia é ter palco, vamos dar palco á nulidade.

Eu ouvi ao longo dos anos que só faz falta quem cá está. 

 

 

11:51 | 13/04Primo de Freitas do Amaral candidato a Presidente

Primo de Freitas do Amaral candidato a Presidente

Paulo Freitas do Amaral assume candidatura à Presidência da República.

 

20:48 | 30/05Paulo Freitas do Amaral invoca exemplo de Vasco da Gama

Paulo Freitas do Amaral invoca exemplo de Vasco da Gama

Nascido em Oeiras e com raízes familiares em Guimarães, Paulo Freitas do Amaral é atualmente consultor autárquico.

18:09 | 09/07Paulo Freitas do Amaral quer reduzir despesas para um terço

Paulo Freitas do Amaral quer reduzir despesas para um terço 

Paulo Freitas de Amaral apresentou a sua candidatura à Presidência da República a 30 de maio em Guimarães.

 

13:25 | 26/11Paulo Freitas do Amaral desiste das presidenciais

Paulo Freitas do Amaral desiste das presidenciais

Afirma que vai apoiar Marcelo Rebelo de Sousa, na corrida às a Belém.

 

Na perspetiva de Paulo Freitas do Amaral, o grupo próximo de Paulo Portas e Manuel Monteiro, na liderança do partido desde 1993, prefere ver o partido morrer, recusando definitivamente o centrismo e recusando ouvir e permitir os militantes mobilizarem-se e dialogarem dentro do partido”, lê-se na nota. 

 

 

segunda-feira, 19 de junho de 2023

Acabou o silêncio .






 As razões de um silêncio atento.

 

Em política, muitas vezes o silêncio é de ouro, mas muitas outras vezes, serve para nós próprios refletirmos sobre aquilo que queremos para nós e para os que nos rodeiam, para as nossas famílias, os nossos amigos, o nosso país. 

 

Sendo os períodos de reflexão, mais longos ou mais curtos, servem sempre para tomarmos consciência mais seriamente, de tudo quanto nos remeteu para esse período de reflexão. 

 

Muitas vezes em política, deparamo-nos com a velha e triste realidade que herdamos do futebol, e que já tantas vezes fomos obrigados a ouvir, a escrever e a ler. Desde muito cedo percebemos, que o CDS nunca seria um partido da direita pura, desde logo tivemos presidentes do partido, que aceitaram mais tarde ser ministros em governos socialistas, tivemos até presidentes que hoje são autarcas pelo partido socialista, tivemos ainda quem virasse costas ao partido e formasse um partido novo, e tivemos quem simplesmente se mudou de barricada e passou para o PSD, como se o PSD fosse assumidamente o nosso parceiro preferencial. O PSD não só não é nosso parceiro, como de preferencial não tem nada, serve-se do CDS quando precisa e depois descarta-nos como se fossemos descartáveis, só nos suportam porque precisam de nós, e quando precisam de nós, isto serve para os que agora dizem que, com o PSD nunca farão governo.

 

Porém o CDS tem uma carta de princípios, e são esses princípios básicos, raízes da Democracia Cristã, que fizeram do CDS um grande partido, que levaram o CDS a resultados nomeadamente autárquicos dignos da história e da dimensão do partido, e é por esses resultados que devemos todos estar unidos e trabalhar. Não é o que está a acontecer.

 

Por maioria de razão, agenda da atual direção, continua a ser uma amalgama de nada, ou se quiserem chamar os bois pelos nomes, a mensagem que era suposto o presidente do partido fazer passar, não passa mais uma vez, por manifesta falta de estratégia política da qual o próprio presidente e a sua direção não têm a menor ideia em concreto. O recente episódio de um suposto outdoor, que supostamente foi fruto da encomenda de um artigo de opinião, tipo... pague um e leve dois, pagas o artigo e levas o outdoor de graça, só que não, porque a mensagem que passou não foi ao contrário do que possa parecer, a mais eficaz, revela que o partido não tem estratégia nenhuma em matéria de comunicação e por isso, comete erros atrás de erros. Não há problema nenhum em cometer erros, desde que haja tempo para os corrigir, mas nós não podemos cometer erros, e encomendar um artigo de opinião a alguém que é tido e sabido, está a trabalhar para outro partido que nem se quer é de direita. 

 

Dito isto, e daí a percebermos o que a atual direção quer, e foi segundo parece aprovado em congresso, é simplesmente liberalizar o CDS, ou seja, injetar mais liberais no partido. Eu relembro que isto já foi ensaiado e não resultou lá muito bem, Paulo Portas tentou duas vezes e das duas vezes deu com os burros na água, não percebo porque é que insistem!! Se é por pura teimosia, ou por manifesta falta de visão política no espectro Nacional. Abrir o partido, provocou a sua própria destruição porque quem entrou, entrou com um objetivo claro, não de ajudar o partido, mas de se ajudar a si próprio, e o resultado é o que temos hoje... uma mão cheia de nada.

 

Em 2005 Paulo Portas deixava o partido numa situação complicada, segui-lhe Ribeiro e Castro, que era na altura deputado Europeu, ajudou a complicar a situação do partido ainda mais, não resolveu nenhum dos problemas que herdou, antes pelo contrário, de tal forma que obrigou Paulo Portas a regressar antes do fim do seu próprio mandato, num Conselho Nacional de má memória em Óbidos se a memoria não me falha em 2007, Paulo Portas gere os destinos do partido até 2015, e os problemas só se agravaram porque a sua origem política era a JSD e não o CDS ou a Juventude Centrista, não, não é crime, mas é sintomático. Assunção Cristas herdade Paulo Portas, um partido, infestado de laranjas podres que azedaram o sumo dos sumos que sempre esteve no Caldas, e por isso foram saindo, azedos porque foram muitas vezes desprezados, não por culpa de Cristas, mas por culpa de muita boa gente que foi entrando no partido sem saber muito bem porquê. A Assunção Cristas, sucedeu Francisco Rodrigues dos Santos, e se alguém criticou este mandato, fui eu sem sombra de dúvida, pelas mesmas razões de sempre, falta de visão política estratégica, comunicação difusa e sem contexto, entre outros que os seus apaniguados mais próximos se encarregaram de manter durante dois anos, não ajudando em nada o partido. E assim chegamos a Nuno Melo. 

 

O atual presidente, tem curriculum, tem experiência, tem capacidade de trabalho, mas não tem a menor noção de como estar em política, não sabe tomar opções, entre o que é importante e quando é importante, e pior que isso, foi buscar o pior que o partido já teve quer a nível Nacional, quer a nível local. A atual direção, recuperou a ideia estapafúrdia de que não é preciso eleger ninguém, os delegados distritais resolvem os problemas, leia-se controlam as concelhias, esquecendo-se que há concelhias que não se deixam controlar seja lá quem for o presidente do partido. E é com estas que temos de contar.

 

Temos, portanto, um partido plagiando Santana Lopes “liga à maquina” nos cuidados intensivos, e uma direção eleita em congresso, a fazer de irmão mais velho que anda aos ponta pés ao ventilador, como andou a anterior durante dois anos, de forma distinta e com resultados conhecidos. O CDS não pode continuar ligado ao ventilador, com dirigentes Nacionais e locais, correrem em volta da cama para tentar desligar o ventilador sem que ninguém perceba quem foi. Somos todos culpados, porque assistimos a esta espécie de jogo da cadeira, sem fazermos nada, sem termos a coragem de ir ao quarto e tirar de lá os que querem desligar o ventilador. 

 

Mais uma vez, para que fique bem claro, nada disto é pessoal. Os que me conhecem, sabem que critiquei sempre os presidentes do CDS quando achava que o devia fazer, e apoiei sempre que achei necessário fazê-lo, e não por ser o presidente A ou B, que agora vou começar a fazer e a pensar de forma diferente. Já desenterramos a Anita, agora seguem-se os próximos episódios. 

 

Acabou o silêncio.

Rui Alexandre Moreira. 

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Uma farsa e dois palminhos de cara ... O Chega não é de direita.








 Uma farsa e dois palminhos de cara...

 

O Chega, esse partido que se assume como o único de direita com assento parlamentar, não passa de uma farsa com pernas pra andar. 

 

Ontem no parlamento ficou claro que a farsa do Chega, não passa de um jogo de palavras mal-intencionadas, e com consequências graves para a legalidade do processo legislativo Português.

 

A senhora deputada Rita Matias, que lá alto da sua incompetente arrogância, e eu tive de ver o vídeo mais que uma vez, tentou assumir-se de direita com um discurso de esquerda, não defendo em sede de votação e podemos prova-lo, aquilo que quis fazer passar no seu discurso. A senhora deputada pode ter um palminho de cara, mas não chega, a senhora deputada pode ser muito bem falante, mas não chega, a senhora deputada pode pensar que engana os Portugueses, mas os Portugueses não se deixam enganar. 

 

A diferença entre o discurso da senhora deputada do Chega, e o documento que apresentaram à votação, diverge da restante esquerda, na verbalização do mesmo e na forma como a senhora deputada quis apresentar o mesmo.

 

“GRUPO

PARLAMENTAR

CHEGA

Proieto-Lei 705/XV/1.a

Reforça a proteção e privacidade das crianças e jovens nos espaços de intimidade em

contexto escolar

«Artigo 12.°

[…]

 

 

2 - Os estabelecimentos do sistema educativo, independentemente da sua natureza pública ou privada, devem garantir as condições necessárias, sem comprometer a privacidade e segurança da comunidade escolar, para que as crianças e jovens se sintam respeitados de acordo com a identidade de género e expressão de género manifestadas e as suas características sexuais.

 

«Artigo 12.° - A

Instalações sanitárias em ambiente escolar

1. Os espaços escolares devem assegurar o acesso a instalações sanitárias e balneários

divididos pelo critério de sexo masculino e feminino, sem prejuízo de também poderem disponibilizar espaços não caracterizados a que se pode aceder sem qualquer critério de género.

 

 

Isto é o que diz o projeto de lei, e o que a propaganda de serviço mostra é precisamente o contrário. O que prova que o Chega está do lado errado da sociedade Portuguesa, no que toca a muita coisa, mas principalmente no que toca à defesa dos mais novos em ambiente escolar. 

 

O que eu sempre disse, foi que com o tempo André Ventura e seus muchachos, deixariam cair a máscara e a máscara cairá a seu tempo, cabe a cada um de nós desmascarar cada uma das farsas do Chega. 

 

Aos que se deixaram enganar na hora de votar, lamento dizer mas “ não se mudam as manchas de um leopardo”, não basta dizerem que são de direita, se não se comportam como de direita, até porque vindos do PSD, nada de direita seria de esperar. 

 

Rui Alexandre Moreira. 

 

 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Mirandela e os ... Coisos !!! Gajos que se dizem do CDS...

 



POST da série .... É tão linda a minha aldeia!!



Esta é a presidente da Câmara da minha terra, ele ... é um ex-presidente da Concelhia, ex-presidente da distrital de Bragança e atual delegado distrital em Bragança do CDS-PP, ela é minha amiga, ele não.

 

Até aqui, tudo bem.... nada mais normal, ter um ex-presidente de uma distrital, nomeado para delegado distrital depois dos estrondosos resultados obtido em Mirandela e no resto do distrito... só que não, não foi verdade... durante o mandato deste farsante Social Democrata dos 4 costados, que pertence ao grupo do famoso “projeto Mirandela”, que mais não queria do que acabar com o CDS no distrito e conseguiram, para mal dos nossos pecados. 

 

O projeto Mirandela, subtilmente arquitetado por gentalha sem escrúpulos que deviam ser proibidos de mencionar o nome do CDS-PP, consistia em infiltrar no partido elementos do PSD, jovens ditos promissores, que recolhiam informação e ideias para levarem para o

seu próprio partido e assim impedirem o CDS de ter margem de manobra, isto aconteceu nos últimos 25 anos. 

 

Ora, esses jovens promissores são hoje profissionais uns mais competentes que outros e continuam a sua vidinha depois de destruírem um partido que foi responsável por o que é Mirandela hoje. Esses jovens promissores, que venderam o CDS durante os últimos 25 anos, a interesses instalados no burgo, aparecem agora a cargo de obras icónicas. 

 

O meu problema não é o facto de estarmos perante um caso de mera passividade política, quer das várias comissões políticas Nacionais, quer dos próprios envolvidos que não têm uma ponta de vergonha na cara, o meu problema não é nada de pessoal, com os envolvidos, até pela amizade que tenho para com a atual presidente da Câmara de Mirandela, que muito respeito, nem com o dito cujo delgado distrital, por quem não nutro simpatia alguma. 

O meu real problema é com as pessoas do CDS do distrito de Bragança que não têm coragem suficiente, para mudar este estado de coisas.

 

Pedi por várias ocasiões para que fossem marcadas eleições para a distrital de Bragança, porém, a CPN resolveu em vez disso nomear mais um lacaio do PSD para ocupar o cargo. Assim não vamos lá. 

 

Ontem soube, que uma das mais cotadas autarcas do CDS Lisboa, viu retirada a confiança política porque tem um contrato de trabalho com uma outra força política, se não for retirada a confiança política ao delgado distrital de Bragança, estamos perante mais um linchamento publico de alguém que deu bem mais ao CDS do que o senhor arquiteto em questão, cujos resultados são os que todos conhecemos. 

 

Rui Alexandre Moreira

10 de fevereiro de 2023.

 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

O CDS-PP e os tiros nos pés.(re-editado)



 O CDS-PP e os tiros nos pés.

 

Se há coisa de que ninguém me pode acusar, é de dualidade de critérios mo que toca a apoio ou critica dos presidentes do partido ou dos seus fiéis seguidores. Qual D. Quixote e seu fiel escudeiro, Nuno Melo reuniu as tropas para salvar o CDS e em verdade vos digo, que afinal, os moinhos de vento ... estão a vencer a guerra. 

 

Há um ano, prevíamos que o CDS depois do congresso que elegia D. Quixote, desculpem ... Nuno Melo, para presidente do partido, este entrasse de vez numa espiral de crescimento, sem hipótese de retorno, tal não aconteceu, muito pelo contrário. O CDS-PP bateu na fasquia mais baixa de sempre, 0,0%.

 

Podíamos fazer agora um exercício de memoria para melhor percebermos como chegamos aqui e porquê, mas é completamente desnecessário porque já por várias vezes apontei o dedo a uns e outros. Mas façamos uma coisa simples, vamos á história do partido e analisemos o que foi o CDS, antes do PP, ou mesmo antes de outro PP (Paulo Portas), e rapidamente percebemos, antes de Paulo Portas, tínhamos Manuel Monteiro, para início de conversa não sou fã, mas também não vem ao caso, Manuel Monteiro sucedeu ao saudoso Professor Adriano Moreira e o partido nessa fase já sofria de depressão tropical "tendinite" aguda, Manuel Monteiro foi buscar Paulo Portas, um irreverente dono de jornal, que abraçava a vida política depois de uma passagem pela JSD, discreta e sem consequências para nenhum dos lados. Acontece que a ideia que Paulo Portas tinha da política na altura, era completamente diferente daquilo que é hoje, lembro-me bem de um episódio em que o próprio aparecia salvo erro ao lado irmã e dizer que nuca seguiria uma carreira política nem se via como um político. O que prova que na política como no futebol, o que hoje é verdade, amanhã pode muito bem ser mentira. 

 

Andando um pouco mais para trás, depois da sua fundação o CDS chegou a ser primeira força política em vários distritos do país, depois do atentado de Camarate, o CDS começou a perder expressão por causa da AD, a coligação que em 1980, juntou a direita para derrotar os socialistas. A Aliança Democrática era encabeçada por figuras proeminentes na altura, mas que depois do atentado, se deixaram levar pela emoção e “entregaram o ouro ao bandido”, deixando o PSD conseguir duas maiorias absolutas depois do P.S. Paulo Portas resgatou uma parte dos Sociais Democratas que o PSD de Cavaco Silva não queria, e acomodou-os no CDS, culminando com a sua ida pro governo em 2001, e mais tarde em 2011, com uma saída estratégica em 2005 no congresso de Lisboa, onde o partido foi entregue uma ala do CDS mais conservadora, mas que não soube levar o barco a seu porto. José Ribeiro e Castro, era então o Eurodeputado presidente do CDS, com um curriculum próximo do que tem o atual presidente, e pasme-se... Ribeiro e Castro não chegou aos 0.0%, pode ter andado lá perto, mas nem ele nem Francisco Rodrigues dos Santos, chegaram tão baixo. Depois de JRC, regressou Paulo Portas num Conselho Nacional de má memoria em Óbidos, mais um episódio triste, do mais triste a que tive oportunidade de assistir na política, Portas sucede a RC e continua a saga de injetar independentes e mais laranjas no na Caldas, culminando com a sua saída em 2015 e a chegada de Assunção Cristas, que entra com o pé direito, com um discurso firme e audível, mas que rapidamente é abafado pelo aparelho laranja interno. Se Portas era vítima do aparelho, Cristas foi vítima de si própria, não soube afastar as laranjas podres e acabou por contaminar o resto do cesto. Sendo que o seu sucessor Francisco Rodrigues dos Santos, pegou num cesto de laranjas podres e em vez de as deitar fora, andou a espremê-las e a servir sumo de laranja azeda. 

 

Eis que chega Nuno Melo, tem várias garrafas de laranjada azeda, serve o sumo que sobrou, e quando percebe que está azedo, um ano depois, resolve criar um programa que ninguém quis saber o que era apresentado por alguém, que também nunca apostou o pescoço, sobe pena de perder meia dúzia de tachos. Enquadrando assim um círculo em que já ninguém quer entrar. O círculo de um CDS sem identidade própria. 

 

Por isso, hoje este que daqui vos escreve, que tantas vezes apelou ao vosso bom senso, que tantas vezes chamou a atenção de uns e outros responsáveis para o que estava a acontecer, quando usava os pregos e a Anita para que o discurso não ficasse enfadonho, este que foi impedido de apresentar uma moção em duas ocasiões distintas, com contornos absolutamente hilariantes (vistos á distância) numa e noutra, sem que me passasse pela cabeça desfiliar-me ou abandonar o partido porque simplesmente meia dúzia de iluminados não quiseram enfrentar a realidade. Pois bem, o que estava na última moção, era simplesmente um plano para salvar o partido, com cabeça, tronco e membros, plano esse enviado à secretaria geral no pós-congresso, bem como à presidência do partido, aguardando até hoje uma resposta, já que me ensinaram em casa que toda a carta tem resposta. Hoje percebi que afinal para esta direção, a únicas cartas que têm resposta, são as cartas de desfiliação, que são confirmadas por um Sancho Pança qualquer, sem o menor esforço para em vez de aceitarem uma desfiliação que seja, fazerem com que a mesma seja revertida. Não admira que o CDS tenha chegado aos 0.0% de intenções de voto. A única coisa que hoje se me apraz pedir-vos, é que se organizem, juntem as tropas, vamos reunir assinaturas suficientes para requerer um congresso com a maior brevidade possível, porque só assim, poderemos retomar o caminho traçado pela carta de princípios do CDS, e enfrentar os próximos desafios eleitorais com a esperança, o orgulho e a força de sempre. 

 

Saudações Democrata Cristãs.

Rui Alexandre Moreira 

25 de janeiro de 2023.