segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Não conseguem aprovar a baixa da TSU no parlamento ... então demitam-se !!!

Se há coisas que eu admiro nas pessoas , é a sua coragem de fazerem diferente , e nisso Passos Coelho tem feito por varias vezes .

Começou por aquela mitica frase  do '' ...que se lixem as eleições '' , em abono da verdade valeu enquanto a troika cá esteve , quando a troika virou costas , Passos passou a ter em conta as eleições mas não só . Numa jogada em que os partidos da então coligação avaliaram mal o risco de irem a votos juntos , hipotecaram o resultado das mesmas não sabendo que do outro lado havia um potencial Presidente da Republica que em nada ajudaria no caso de o resultado não ser uma maioria absoluta da coligação , esse risco não foi tido como real .

Durante a campanha eleitoral percebemos , que não haveria muitas duvidas quanto ao vencedor , mas haveria duvidas quanto a possibilidade de formar governo , porque o potencial Presidente tinha na cartola uma solução Constitucional para resolver a questão , atirando o País para uma situação que resultará numa nova crise financeira , mais dia menos dia , encontrado na solução que une toda a esquerda para dar suporte parlamentar , a um governo que não foi eleito pelos Portugueses , mas pela visão constitucional do agora Presidente da Republica . Inexplicavelmente o Presidente eleito pela direita , une a esquerda PCP , BE , PEV e PS , para conseguir um suporte na Assembleia da Republica a um governo não eleito . Desde logo ferido de credibilidade .

Seria facil prever para o comum dos mortais que tal acordo não seria tão solido que permitisse ao governo empossado , controlar o défice , aumentar o investimento publico , reduzir a divida publica , repor salários e pensões , aumentar o salário mínimo , e reduzir a TSU . Tudo isto ao mesmo tempo e sem causar rupturas nem á direita nem á esquerda , nem entre sindicatos e patrões , nem entre socialistas moderados e socialistas de esquerda .

Chagados aqui , ao ponto em que o salário mínimo Nacional é negociado entre governo , patrões e sindicatos , e simplesmente não há acordo porque a esquerda que esticar a corda de tal forma que coloca em risco milhares de postos de trabalho em empresas que não aguentaram o esforço de pagar os tais 600 € mais os encargos sociais , correndo o risco de mesmo com o pseudo acordo conseguido a segurança social , correr sérios riscos de ruptura .

Vir nestas circunstancias a verificar-se que não houve na verdade um acordo , ou pré -acordo com a concerteação social , nem com os partidos de esquerda , nem com os sindicatos , não se percebe como é que é decidido pelo '' governo '' em funções que o salário mínimo é aumentado para 557€ e a TSU terá de baixar como forma de compensar os patrões pelo esforço financeiro feito . Não havendo um acordo escrito não se percebe como é que este '' governo'' resolve assumir que se a esquerda não votar a baixa da TSU no parlamento , o PSD vai certamente alinhar pela aprovação . Porém e ainda que a formula seja a mesma apresentada pelo PSD noutra encarnação , e chumbada pela esquerda não se percebe como é que vêm agora , quer sindicatos quer paridos da esquerda exigir ao PSD ou ao CDS que aprovem uma descida da TSU proposta anteriormente e chumbada por aqueles que agora a querem aprovada .

Passos Coelho não vai ceder , pela simples razão de que não faz parte do '' governo '' . Vai sofrer pressões a todos os níveis , e até pode ser convidado pelo PR para outra almoço , ou jantar ou um mergulho madrugador , porém ...não poderá em nome da sua própria coerência ceder a um pedido ainda que ao mais alto nível . O ''governo '' tem uma suposta maioria no parlamento que é suposto servir para este efeito , se não conseguem um aprovação de uma simples lei , então demitam-se .

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