segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

A elasticidade da nossa Constituição da Republica .

Um país democrata , é gerido por um governo saído de eleições livres e democráticas . Um país democrata não permite que um grupo de políticos mal formados se valham de uma lacuna na legislação e assumam o poder para si . Um país democrata não tem essas hipóteses em aberto na sua própria Constituição .

 Essa é só uma das muitas normas da nossa apregoada Constituição da Republica , que serva para enterrar os Portugueses numa divida com um precedente que reporta a 1978 , data da primeira banca rota em que Mario Soares teve de pedir ajuda ao FMI para cobrir a despesa com o alojamento de milhares de retornados do Ultramar , que por força de uma desastrosa descolonização foram forçados a regressar deixando para trás os seus bens , as suas famílias e as vidas , para chegarem aqui e depararem-se com uma serie de problemas que não existiriam se tivesse havido algum decoro nas decisões depois do 25 de Abril .












A seguir ao 25 de Abril , juntaram-se uns tantos doutores e resolveram desenhar a Constituição da Republica , esta que ainda hoje temos em traços gerais , uma vez que de cada vez que se pensou em reforma-la a fundo , os mesmos doutores se opuseram sempre e por isso impediram sempre que o desenho inicial da dita CR não sofresse alterações de fundo .

Pois bem , conforme foi ficando percebemos facilmente que esta CR , já deu origem devido à sua própria natureza , a 3 pedidos de assistência financeira internacional , ou se quiserem 3 bancas rotas , e se duvidas houvesse , bastava verificar as dificuldades que o governo anterior , legitimamente eleito e com maioria teve , para fazer passar algumas medidas importantes para o controle orçamental pelo tribunal Constitucional e nenhuma delas consegui passar o crivo dos doutores  dito tribunal .

É por isso que quando hoje vemos o ministro da saúde apregoar que o défice do seu ministério foi o melhor dos últimos não sei quantos anos , percebemos rapidamente porque , porque ou deixaram de pagar a fornecedores , ou do pessoal que foi saindo não houve substituição , infelizmente concluímos que as duas conjunturas são o que acontece hoje no ministério da saúde , além da falta de pessoal também deixaram de pagar aos fornecedores , e se até aqui tínhamos doentes apinhados nos corredores , agora vamos ter doentes apinhados nos corredores sem cuidados primários , o que torna a nossa Constituição à beira disto numa forma de matar pessoas . Depois de mortos não dão mais despesa nem ao SNS nem à Segurança Social . Chama-se em qualquer parte do mundo genocídio .

Como é tudo ao abrigo da CR , o Presidente da Republica em vez de ir passar o serão com os sem abrigo , devia ir correr os estabelecimentos de saúde , e verificar em que condições são tratados os Portugueses que ao abrigo da mesma CR , deviam ter saúde gratuita para os que necessitam . Em vez disso , o PR prefere obrigar os Portugueses a fazerem mais um esforço financeiro para suportarem um corte na TSU , que este '' governo'' foi obrigado a fazer para sustentar a subida do salário mínimo Nacional , negociado de tal forma que nem o '' governo '' nem o PR ficam com margem para fazer outra coisa que não seja aprovar de qualquer forma um decreto que antes de passar no parlamento já foi promulgado pelo próprio Presidente da Republica ... é a elasticidade da da nossa Constituição da Republica .

R.A.M.

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