segunda-feira, 29 de julho de 2019

Para quem ainda não percebeu ...



Para quem ainda não percebeu!!

Se para alguns é estranho que o CDS opte por ter uma Presidente contra a corrente fundadora do partido, para outros como eu, não é de todo estranho. E vivo muito bem com isso, ao contrário de outros.

Assunção Cristas tem porventura em mãos, uma missão complexa que abraçou de corpo e alma, porque acreditou no projeto de crescimento para o CDS, que ela própria desenhou na sua cabeça e foi apresentado no congresso de Março de 2016 parcialmente.

Quando em 2007, foram introduzidas a correntes de opinião nos estatutos do CDS, por iniciativa do Dr. Paulo Portas, no “exilio” temporário a que se remeteu com toda a legitimidade depois de anos ao serviço do país, eu votei contra em sede de Conselho Nacional, por considerar que não fazia qualquer sentido estar a dividir o partido, em células micro partidárias, que poderiam criar fraturas graves na coesão do CDS. Essa coesão só coloca em causa, porque os responsáveis pelas ditas correntes de opinião, não são responsáveis, antes pelo contrário, são irresponsáveis. E são irresponsáveis ao ponto de trazerem a publico as suas diferenças de opinião, da forma mais descuidada, menos rigorosa se quiserem. 

Uma das correntes, na semana que agora acaba, desferiu mais um ataque desnecessário à direção do CDS, ainda por causa das listas de candidatos a deputados. Essas listas como todos sabemos, foram sempre no passado, como no presente e por 
ventura no futuro, fonte de discórdia entre que escolhe e quem não é escolhido, mas gostava de ter sido. A ultima coisa que um candidato a deputado, escolhido pelas bases ou pela Presidente do CDS precisa, é de ver instalada à sua volta uma onda de indignação, por esta ou aquela razão, porque nasceram nos locais onde são cabeças de listas ou não, porque o presidente da concelhia, não é do mesmo clube, ou porque o chá que deviam ter tomado em pequenos, não saiu da saqueta, e devo dizer que a falta de chá, de alguns elementos que vagueiam por aí, incomoda porque não sabem que o ruido que tanto gostam de fazer, prejudica de sobremaneira a estabilidade do partido. Nem a TEM, nem o CDS XXI têm qualquer legitimidade, para escolher candidatos, definir a linha programática do partido, nomear ou sequer escolher, representantes do CDS, mas têm a obrigação estatutária de promover, a união e estabilidade do partido ao abrigo do artigo VI dos estatutos do CDS. 

Desde o primeiro dia, que apoio Assunção Cristas, porque acredito que está no caminho certo, e não me venham agora dizer que o resultado das Europeias foi uma desgraça, já falamos sobre isso e não foi de todo, e não me venham dizer por antecipação que o resultado nas legislativas  condiciona, o mandato da Presidente do CDS, só assim será se quisermos, se cada um de nós resolver, criticar a Assunção Cristas por causa do que ela diz, das suas opiniões ou das suas opções. Eu também não concordo com tudo o que ela diz, e não venho a publico queixar-me de “delito de opinião”, só porque duas cabeças diferentes não pensam da mesma forma. O CDS precisa de crescer, e para crescer tem de abrir os portões da tolerância, não quer dizer que aceitamos as diferenças que nos separam da esquerda, mas que com o mesmo sentido de responsabilidade, que defendemos a democracia Cristã, e um bom Cristão entende perfeitamente, o que são as diferenças que nos separam de outros, mas sim que aceitamos que essas diferenças existam mesmo dentro do CDS. Enquanto não percebermos que essas diferenças têm e devem ser aceites, dentro do partido, enquanto não formos suficientemente crescidos para aceitar, que há Democrata Cristãos que não pensam como nós, não têm as mesmas preferências, que pensam vivem a sua vida que só a eles diz respeito, da forma que acham mais conveniente para eles, como nós vivemos a nossa... enquanto, não metermos na cabeça, que o CDS é o partido de todos e para todos, não crescemos, não crescemos e corremos o risco de perder eleitorado e é por isso, que Assunção Cristas pode mudar, de penteado, pode mudar de maquilhagem, deve mudar de guarda roupa, mas nunca deve mudar de estilo, nem de forma de estar na política, não pode, nem deve baixar a guarda muito menos numa altura destas. 

A forma como Assunção faz política, mostrou a muita gente a coragem, a determinação, a frontalidade e a firmeza que uma líder partidária deve ter, mudar essa forma de estar no fim de uma legislatura marcada por essa diferença, não me parece a estratégia correta, mas a opção por mudar de estilo é culpa de uma D. Mariana  qualquer, a questão é que a D. Mariana, não é o CDS, não representa o CDS e nem sequer sabemos se é filiada no CDS, portanto a opinião da D. Mariana  é apenas e só uma opinião, mudar de estratégia por causa de uma e apenas uma opinião, não me parece razoável. Se queremos um CDS coeso, comecemos por aqui, coesão na forma de estarmos na política, na forma de nos envolvermos com o povo, na forma de estamos onde é preciso estar, na forma como olhamos para fora do partido, não por causa da D. Mariana, mas porque há a D. Francisca, a D. Isaura, a D. Isabel, a D. Maria , o Sr. Francisco, o Sr. Manuel, o Sr. José ... todos os outros, que não concordam com a D. Mariana, como eu e muitos de nós, que queremos a Presidente do partido, a ser Presidente do partido, que queremos Assunção Cristas, a ser a Assunção Cristas, que foi ao Prós e Contras, e convenceu Paulo Portas e a mim, e eu não sou politicamente fácil de convencer. É com esta Assunção que queremos contar, até às eleições, é com esta Assunção que queremos contar no dia 7 de Outubro, seja qual for o resultado das eleições, é com esta Assunção que queremos contar em Março, no próximo congresso do CDS, para reforçar a sua liderança, é com esta Assunção que queremos fazer o CDS maior e mais forte .

 R.A.M.

domingo, 21 de julho de 2019

Não ... não me esqueci do aniversário do CDS .






Agora que já toda a gente deu os parabéns ao CDS , é minha vez .
Mas não vou dar os parabéns ao partido, porque passou mais um ano da sua existência, apesar de alguns o terem declarado morto e enterrado, mais que uma vez.

A prova de que o CDS está vivo, é a tentativa desenfreada de vários sectores da nossa sociedade desejarem, que o CDS esteja morta. Incomodamos... e continuamos a incomodar muita gente, que sabe que o CDS não se resume ao que escrevem os jornais, ao que dizem as sondagens, ou simplesmente ao que muitos, tentam fazer passar para o exterior .

Durante estes 45 anos, e é por isso que devemos  dar os parabéns ao CDS, fomos parte do Governo no II Governo Constitucional de má memória com o PS, com o país sob resgate e portanto em condições muito complicadas, mas das quais já ninguém quer falar, a única vez que a coligação "funcionou" com o partido de Mario Soares na altura, as razões porque funcionou com Mario Soares e Freitas do Amaral, são obvias mas sobre isso falaremos noutra altura, mais tarde no VI e VII Governos Constitucionais, desta na Aliança Democrática, quando muitos de nós começamos a despertar para a política, e mais tarde, 9 legislaturas depois, de novo com o PSD no XV e XVI, Governos Constitucionais, primeiro Paulo Portas com Durão Barroso, depois Paulo Portas com Pedro Santana Lopes, e no XIX e XX Governos Constitucionais, o ultimo todos sabemos que tomou posse mas não durou muito. Tendo resultado na saída de Paulo Portas, não por ter perdido as eleições que não perdemos, mas porque fomos prejudicados pela coligação de então. O CDS tinha 24 deputados em 2011 e ficou com 18 em 2015. E aqui tenho que pela segunda vez, fazer aquilo que fiz, quando Paulo Portas se demitiu no Verão de 2013, eu devo ter sido por ventura, dos poucos que lhe deram os parabéns por ser portado como um Homem, e ter colocado o País à frente dos seus interesses pessoais ou dos interesses do partido, agora faço-o novamente com o mesmo sentimento de gratidão que o fiz naquela altura, Paulo Portas soube ler os resultados de ir a eleições com aquela coligação que não serviu para nada, pelas razões que todos sabemos .

É por temos esta história feita de Homens, como Paulo Portas, e de Mulheres como Assunção Cristas, que percebeu felizmente, porque é que não podia ir em Coligação com o PSD e muito menos com o PS, a eleições que já percebemos vão ser complicadas, que devemos dar os parabéns ao CDS. Por ter os deputados ao serviço da Nação, que são os que mais trabalham, os que mais têm feito, os que mais propostas apresentam, os estão mais perto das pessoas, os que vão onde é preciso estar, os que apreenderam neste 45 anos, que o CDS é de todos e para todos, os que se preocupam com as questões sociais, mas não deixam a iniciativa privada cair nas mão desgraçadas da esquerda, porque no dia em que isto acontecer, vamos todos sofrer na pele, o que sofremos após o 25 de Abril.

Por isso, o meu pedido hoje é para todas essas Mulheres e Homens, que defendem o nome do CDS, mas que acima de tudo, se colocam ao serviço do País, sem qualquer outro propósito que não seja servir o povo Português.

Este é o tempo em que, devemos estar unidos em volta do CDS, em nome dos seus princípios fundadores, em nome daquilo que fez a nossa história nestes 45 anos de existência.

É por termos feito história nos últimos 45 anos, que estamos todos de parabéns .

R.A.M.


sábado, 13 de julho de 2019

Pensem muito bem antes de irem votar







Definição de ...comunismo:

Comunismo (do latim communis - comum, universal) é uma ideologia política e socioeconômica, que pretende promover o estabelecimento de uma sociedade igualitáriasem classes sociais e apátrida, baseada na propriedade comum dos meios de produção

Esta definição, é por defeito o espelho daquilo que a esquerda em Portugal, não consegue ser. Ideologia à parte, o PCP e o BE, não conseguem uma sociedade igualitária, porque eles próprios defendem um fosso entre o que é publico e o que é privado, tentando sempre acabar com o que é privado, puxando para cada um dos partidos, os “louros” das pequenas vitorias que vão juntando, ao seu rol de decisões absurdas e portanto, não são de todo apartidários . Quanto a propriedade comum, sabemos todos que o PCP por exemplo, durante os últimos 45 anos, juntou um património imobiliário considerável, segundo alguns órgãos de comunicação social, ascende a 27 milhões de €, livres de impostos, porque a sociedade igualitária que eles defende, obriga a quem trabalha, pague impostos para eles continuarem a acumular património . 

O ponto mais critico deste suposto sistema politico, é sem duvida a Propriedade Comum dos meios de produção, quando após o 25 de Abril, assistimos calmos impávidos e serenos, a Nacionalizações de todos os sectores produtivos da nossa sociedade, não percebemos que os que estava a acontecer, era a destruição de todo o suporte produtivo Nacional, desde a agricultura, sector fundamental para a sustentabilidade do País, até à banca, passando pela produção industrial dos sectores em que Portugal, era uma referência até então . 

A reforma agrária, foi um fracasso que nos atormenta até hoje, e do qual ainda não recuperamos, o exemplo mais flagrante é o Alentejo, onde nem o Alqueiva serviu, para recuperar as empresas agrícolas da região e tiveram de vir alguns vizinhos para que a região começasse de novo a mexer e vamos ver se conseguem . 

A malfadada Nacionalização da Lisnave, acabou por arruinar a companhia em menos de 10 anos, sendo que esta era uma das referências internacionais, que nos colocava na linha da frente da construção naval. A esta seguiram-se muitas outras companhias, a SOREFAME por exemplo, muitos já não se lembram, mas construía comboios e durante muitos anos, foi também uma referência internacional com parceiros internacionais.

Como se não bastasse, trataram também de privatizar a banca, e perceberam facilmente que uma economia sem bancos não funciona, ou com um único banco dependente dos impostos que se cobram aos Portugueses, não funciona e não funciona porque não tem motivação nenhuma, para funcionar. A economia é um corredor de dinheiro, se o corredor ficar sem ar, o dinheiro não circula. Não foi por acaso que, o primeiro sector a ser revertido, na década de 80 foi a banca, na tentativa de injetar ar (dinheiro) na economia Nacional, podia ter resultado se as privatizações tivessem ido mais longe, e admitido capital estrangeiro desde essa altura. O custo de fazer a privatização da banca, apenas com capital Nacional, andamos ainda a pagá-lo, e não sabemos quando vai falir outro banco e seremos chamados a financiar mais uma falência ou mais uma resolução bancária de urgência.

A esquerda anda a 46 anos a fazer isto ao país, a obrigar os Portugueses a pagaram os erros desgovernação a que nos sujeitaram, depois do 25 de Abril. 

A única vez que um Governo eleito de direita, levou a legislatura até ao fim, foi a que terminou em 2015, depois ...bom depois houve um golpe de Estado silencioso, perpetuado por um Presidente da Republica em exercício e outro prestes a ser, estribados numa Constituição da Republica do tempo do 25 de Abril, onde em parte nenhuma diz claramente que os partidos menos votados, estão legitimados pelo povo, para formarem Governo. Um sistema democrático evoluído, não pode aceitar este tipo de contradição, e dado como perfeitamente aceitável, que a vontade expressa do povo, seja sobreposta por uma disposição legal, de interpretação duvidosa , e que só a mente perversa de alguns responsáveis políticos, poderia levar adiante, sem que fosse necessário, um ou outro justificassem a desautorização do povo que não elegeu, aqueles que eles acharam que deviam governar. 

No próximo dia 6 de Outubro, vamos votar outra vez. Se esta esquerda, irresponsável, incoerente, intolerável, inconsciente, tiver mais votos que os partidos de direita, então o país corre os mesmo riscos que correu no 25 de Abril, e já todos sabemos que não ficará pedra sobre pedra, do que foi conseguido durante os últimos 46 anos. 

Por isso pensem muito bem, antes de irem votar. 

R.A.M. 

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Porque é que é tão difícil extinguir a Casa do Douro .















Não há nada pior do que querer queimar a história , querer apagar da história uma parte em que o Douro e as sua gentes tinham um lugar nas decisões que Lisboa tomava para o sector vinícola .

Nos últimos 25 anos porém, a Casa do Douro foi desgovernada , por azar conheci os dois últimos presidentes por razões profissionais um, por razões de proximidade o último, mas também por razões profissionais . Do primeiro, ou do antecessor do último, não há muito a dizer, apenas que contribuiu grandemente para a situação em que a CD estava em 2014, quando foi necessário resolver o que fazer, aos 160 milhões de dividas acumuladas, pese embora o facto de o património da própria Casa do Douro, superar em muito esse valor, deixando portanto a duvida sobre essa necessidade, a menos que sirva apenas, para resolver as conhecidas "imparidades" de algum banco .

Convém no entanto perceber como é que chegamos aqui, porque é que a CD deixou de ser uma instituição credível, em quem os agricultores Dourienses sempre acreditaram, e com a qual trabalharam desde 1923, data da sua criação, não é muito difícil de perceber quando é que começaram os problemas , exactamente a seguir ao 25 de Abril.

Eu sou dos que viveram de perto esse período conturbado no Douro, lembro-me de ouvir histórias de produtores que enterraram garrafas nos armazéns antes de vir alguém de Lisboa, tomar conta das quintas, nunca aconteceu por influencia de muito boa gente oriunda da região de Trás-os-Montes que conseguiu desvalorizar na altura, uma questão que a sul, no Alentejo estava a acontecer ... a ocupação das terras, expropriadas à força e muitas vezes com violência, aos legítimos proprietários, o resultado é triste , o Alentejo nunca mais recuperou, foi preciso virem os Espanhóis depois do Alqueva, tomarem conta das herdades . Porque é que isto não aconteceu no Douro? Porque as gentes do Douro sempre lidaram com as adversidades, de cabeça erguida, teriam agora de enfrentar mais uma, com o mesmo sentido de responsabilidade que enfrentaram filoxera, refazendo as suas próprias vidas . O que aconteceu nos anos seguintes, não se recomenda a ninguém, a Casa do Douro, à semelhança de qualquer outra instituição do País, foi invadida por gente menos honesta , vinda não se sabe de onde e colocada ali para controlar o que se fazia no Douro. Foi essa gente que destruiu a Casa do Douro .

Os últimos dois presidentes, não podiam em 25 anos, mudar o rumo da história, os 160 Milhões de dividas acumulados até 2014, têm de estar em algum lado, nas contas de alguém, se em vez de discutirem se deve ou não ser obrigatório o registo de produtores de agua-ardente, não é de vinho do Porto, deviam estar a discutir para onde foram os 160 Milhões de euros, de dividas acumuladas . E depois disso, sim, discutir o que fazer com a Casada do Douro .

Enquanto isto não for feito, os agricultores Dourienses, os que vivem o Douro, comem o Douro, dormem com o Douro, fazem filhos ao Douro, morrem pelo Douro ... até podem ver a Casa do Douro cair outra vez nas mãos de mal-feitores, mas de uma coisa podem ter a certeza, ... as pedras dos socalcos, ninguém as leva, as vinhas enterradas no xisto, não vão para lado nenhum. Estas gentes são o maior tesouro do Douro, com elas o Douro transformou-se no que é hoje. Apesar dos investimentos feitos, teme-se que os interesses desta gente que depende do Douro, possam por alguma razão ser abandonados, sabemos que houve uma enorme exposição dos investidores, a bancos que já não existem, mas sabemos que felizmente outros existem que resistiram e resistirão por muito mais tempo, se lhes forem dadas condições para tal, se não forem sobrecarregados de impostos .

O CDS sempre teve uma palavra a dizer aos agricultores, sempre esteve muito presente, ontem ouvi uma das mais brilhantes intervenções do deputado Helder Amaral, toda a gente sabe, que alturas houve em que tive de criticar o mesmo deputado, mas é nome dessa mesma liberdade , a mesma com que sempre encarei a vida política, que hoje reconheço o bom trabalho feito em sede de Parlamento Nacional . Porém ...a questão outra vez, crucial , não foi tocada nem à direita nem à esquerda o que não deixa de ser lamentável . Link com a intervenção de Helder Amaral .
 https://vimeo.com/345923433?ref=fb-share&fbclid=IwAR2hPUaZ7348oZwjSv5ilTv6ocDl8rmdacRg-Ac5CYS1PO8LfIDrK-_zZcU


Se querem continuar a discutir o futuro estatuto da Casa do Douro, pelos menos podem ter o incomodo de ir ouvir o que dizem as gentes do Douro, perceber o que elas pensam, o que elas querem para a sua região, o que elas esperam de quem as representa .

R.A.M.

sábado, 22 de junho de 2019

Queremos a ADSE para todos , porquê ?!






Quando o CDS diz que ADSE deve servir a todos, tem toda a razão .

Funções :
A ADSE, I. P., tem por missão assegurar a proteção aos seus beneficiários nos domínios da promoção da saúde, prevenção da doença, tratamento e reabilitação.[]
A ADSE, I. P., prossegue as seguintes atribuições:
Organizar, implementar, gerir e controlar o sistema de benefícios de saúde dos seus beneficiários;
Celebrar os acordos, convenções, contratos e protocolos que interessem ao desempenho da sua missão e acompanhar o cumprimento dos mesmos;
Administrar as receitas no respeito pelo princípio da boa administração;
Desenvolver e implementar mecanismos de controlo inerentes à atribuição de benefícios;
Aplicar aos beneficiários as sanções previstas na lei quando se detetem infrações às normas e regulamentos da ADSE, I. P.;
Proceder à gestão dos benefícios a aplicar no domínio da proteção social dos seus beneficiários;
Desenvolver e implementar mecanismos de combate à fraude.

Agora reparem no histórico da instituição :
(particular destaque para os anos 1985 e 1988)

Cronologia :
1963
Foi criada a Assistência na Doença aos Servidores Civis do Estado (ADSE), como um esquema de proteção na doença aos servidores civis do Estado, sob a tutela do Ministério das Finanças.
1979
Foi estabelecido o desconto de 0,5% para os beneficiários titulares no ativo.
1980
Transformação da ADSE em Direcção-Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública.
1981
Foi estabelecido o desconto de 1% para os beneficiários titulares no ativo.
1983
Foi estabelecido o funcionamento e o esquema de benefícios da ADSE.
1985
Foi permitida a inscrição dos docentes do ensino superior, privado e cooperativo, desde que inscritos na CGA e com contrato a tempo inteiro.
1988
Foi permitida a inscrição dos docentes do ensino não superior, privado e cooperativo, desde que inscritos na CGA.
Foi alargada a atividade da ADSE à verificação da doença dos funcionários e agentes da Administração Pública, através da realização de juntas médicas e verificação domiciliária da doença na zona de Lisboa.
2004
Foram publicadas as Tabelas de Regime Livre.
2006
Tornou-se facultativa a inscrição e a possibilidade de renúncia à inscrição, para trabalhadores que iniciaram funções a partir de 1 de janeiro de 2006.
Os beneficiários titulares da ADSE passaram a ter o direito de opção pela inscrição em outro subsistema de saúde público.
2007
A taxa de desconto passa para 1,5% para os beneficiários titulares no ativo e 1% para os aposentados e reformados cuja pensão seja superior a 1,5 * RMMG (valor que será atualizado anualmente até perfazer 1,5%).
Os descontos passam a constituir receita própria da ADSE.
2008
Foi adotado um novo logótipo.
2009
Foi alargado o universo de beneficiários a todos os trabalhadores com funções públicas, bem como a descendentes maiores até aos 26 anos desde que estudantes.
2010
Foi concedida a possibilidade de renúncia à inscrição a todos os beneficiários.
2011
Alteração da designação da ADSE em Direcção-Geral de Protecção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas.
2012
Encargos de saúde dos beneficiários em estabelecimentos do SNS deixam de ser suportados pela ADSE.
A taxa de desconto passa para 1,5% para todos os beneficiários titulares aposentados, ficando isentos os beneficiários que da aplicação desta percentagem resultar pensão de valor inferior ao RMMG.
2013
A taxa de desconto passa para 2,25% para todos os beneficiários titulares no ativo e para os aposentados e reformados cuja reforma seja superior ao valor da RMMG.
Foi estabelecido o decréscimo das contribuições da entidade empregadora para 1,25%.
2014
A taxa de desconto passa para 2,5% e posteriormente para 3,5% para todos os beneficiários titulares no ativo e para os aposentados e reformados cuja reforma seja superior ao valor da RMMG.
Alargamento do universo de beneficiários aos que optem por manter a sua inscrição após cessação da relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado.
2015
Os encargos com medicamentos em farmácia comunitária passam a ser assumidos pelo SNS.
Transferência da dependência do Ministério das Finanças para o Ministério da Saúde.
2016
Foi criada a Comissão de Reforma do modelo da ADSE.
2017
Transformação da ADSE em Instituto de Proteção e Assistência na Doença, I. P. (ADSE, I. P.), sob tutela conjunta do Ministério das Finanças e do Ministério da Saúde.
2018
Em 2018, o subsistema de saúde abrange 1,2 milhões de pessoas, entre os funcionários públicos, que descontam 3,5% do seu salário para o subsistema, os seus filhos menores ou até aos 25 anos se permanecerem a estudar, e os aposentados da Função Pública.

Como é fácil de comprovar, já existem privados a usufruir do sistema, o que nos leva à legalidade na pratica do que se passa com este sistema especial para alguns, mas dispendioso para todos . Ora se somos todos a pagar para o mesmo sistema que satisfaz alguns, porque é que não somos todos a usufruir do mesmo !!?

Reparem agora, o que aconteceu em 2017, não deixa de ser curioso “ Transformação da ADSE em Instituto de Proteção e Assistência na Doença, I. P. (ADSE, I. P.), sob tutela conjunta do Ministério das Finanças e do Ministério da Saúde.” As palavras, servidor do Estado, desaparecem ... o que significa que está aberto um precedente desde 1985 e não há forma de reverter a situação a menos que queiram fazer disto, mais uma manobra eleitoral . 

Estar agora a acusar o CDS, de ser populista e eleitoralista, ou como dizem as Santanetes de estar sem ideias, reporta-se à moção ao congresso de 2016, em que Assunção Cristas, já mencionava a ADSE para todos, precisamente porque estava em agenda o que aconteceu em 2017, e o precedente de 85 e 88. Portanto aos acusadores do costume, aos reclamantes profissionais e aos que não têm mais nada que fazer se não criticar, é bom que a meses de eleições, tenham mais decoro e passem defender o CDS em vez de constantemente ataca-lo . 

Não sabemos quanto custa ao certo, o Serviço Nacional de Saúde, mas sabemos quanto pode a ADSE arrecadar com a inclusão de um numero de beneficiários abrangente, o que serviria para financiar os serviços necessários, o que não se percebe ainda assim, é porque é que os beneficiários da ADSE têm um serviço diferenciado do resto dos comuns dos mortais, que pagam mais para o sistema indiretamente do que os próprios benificiários . Ou seja, eu um comum pagador de impostos, sei que parte dos meus impostos vão para o financiamento, destes serviço que quando não conseguem cumprir a sua função, de tratar ou cuidar os servidores do Estado, e não só ...já agora, tenho ainda assim duas opções se ficar doente ou tiver um acidente, ou vou ao SNS e sou tratado quando os serviços acharem que eu mereço ser tratado, ou recorro aos sector privado e pago , ou pago ao seguro, para ter a certeza de que sou tratado. 

Mais uma vez tenho de felicitar a direção do CDS, por ter trazido este assunto a publico e por isso o meu obrigado . 

R.A.M. 

terça-feira, 28 de maio de 2019

Vamos falar de coisas sérias ...tipo a abstenção !!



Síndrome de Estocolmo ataca de novo .

“Síndrome de Estocolmo é o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo amor ou amizade perante o seu agressor.[1] De um ponto de vista psicanalítico, pessoas que possam ter desenvolvido ao longo de experiências na infância com seus familiares ou cuidadores, algum traço de caráter sádico ou masoquista implícito em sua personalidade, podem em certas circunstâncias de abuso desenvolver sentimentos de afeto e apego, dirigidos a agressores, sequestradores, ou qualquer perfil que se encaixe no quadro geral correspondente a síndrome de Estocolmo. Há também a possibilidade, amplamente considerada, de que para algumas pessoas vítimas de assédio semelhante, possam desenvolver algum mecanismo inconsciente irracional de defesa, na tentativa de projetar sentimentos afetivos na figura do sequestrador ou abusador que possam "amenizar" ou tentar "negociar" algum tipo de acordo entre a relação vítima/agressor na tentativa de reduzir a tensão entre os entes envolvidos.
De uma forma geral, estes processos psíquicos inconscientes e sua relação entre vítima/agressor, podem perfeitamente ser entendidos em uma ampla gama de contextos onde a situação de agressor e abusado se repete. Inclusive no caso de mulheres que sofrem agressão por parte dos cônjuges e mesmo muitas vezes tendo recursos legais e apoio familiar para abandonar o agressor, ainda persistem em conviver sob a atmosfera de medo.”

Esta é a definição oficial, para um fenómeno que ataca os Portugueses nos últimos 43 anos. É por si só uma das razões para os atuais níveis de abstenção, que se mostram cada vez mais elevados . 
Ou seja, os Portugueses depois do 25 de Abril, ao abrigo de prerrogativas de liberdade, e modernidade e outras aldrabices que nos quiseram vender, foram abusados por uma casta de políticos, mas formados, sem preparação para conduzir o país a bom porto, sem competência para defenderem o interesse Nacional. 
Os filhos dessa geração de incompetentes , criou uma outra geração que se demitiu de acreditar na geração anterior, porque 2 resgates internacionais, com as consequências que ambos tiveram, obrigaram duas gerações a viverem sobre os desmandos dos mesmos políticos, incompetentes , vazios de ideias e com uma enorme vontade de fazer com os dinheiro dos contribuintes o que não fariam com o seu próprio dinheiro. Faliram o país 3 vezes, e não estão contentes. As razões para ainda não estarem contentes, com 3 resgates internacionais, cabe a cada um dos contribuintes Portugueses avaliar ... mas são precisamente as mesmas que obrigam os Portugueses a pensar, se vale a pena ir votar. 
Se é verdade que nos primeiros anos de democracia, toda a gente achou que era tão bom ir votar, cedo perceberam que afinal não valia a pena, os mesmos que tinham prometido mudanças e liberdade, estavam a fazer com que essas mudanças custassem muito mais caro, do que o tinham antes. 
Correndo o risco de me repetir, convém lembrar porque é que antes do 25 de Abril, por exemplo o sistema Nacional de Saúde, não entrava em rutura facilmente, havia muitas empresas, que tinham dentro das suas próprias instalações, autênticos postos médicos onde muitas vezes eram dados os cuidados necessários a quem precisava, não corriam para as urgências dos hospitais quando entalavam um dedo numa porta. As mesmas empresas tinham escolas dentro das próprias instalações, o que ajudava em muito não só ao crescimento da taxa de natalidade, porque as pessoas sabiam que tendo filhos, as empresas tinham condições para assegurar por algum tempo, a sua instrução académica. Em resumo o tecido empresarial Português existia, e estava estruturado de forma social para que a economia do país não sofresse alterações de maior. 
Tudo isto acabou com o 25 de Abril, o Estado passou a ser responsável por tudo, pela segurança , pela saúde , pela educação, com custos monstruosos para os bolsos dos contribuintes, por razões estranhas, Portugal ficou sem capacidade de satisfazer os seus compromissos financeiros, pagamento a fornecedores e pessoal do Estado, pensões e reformas incluídas, 4 anos após o 25 de Abril, muitos poderão dizer, que quem contribui muito para essa situação, foram as descolonizações ... também foram, mas foram porque mais uma vez a competência e os políticos Portugueses, nunca se deram lá muito bem . E desde essa altura, os Portugueses habituaram-se a conviver, com um Estado que usurpava o resultado do seu trabalho, em forma de impostos e de cada vez que temos um resgate, por causa da falta de competência dos políticos, lá vem mais uma carga fiscal adicional, sobre a carga fiscal existente, até chegarmos ao que temos hoje. 
Tudo isto para explicar uma coisa muito simples. O povo Português, habituado a lidar com esta situação de humilhação continua, por parte daqueles que foram eleitos, para protegerem os superiores interesses da Nação, demitiram-se de votar, para não serem coniventes com uma situação que os faz sofrer há 43 anos. Ou seja, o síndrome de Estocolmo, está aqui inequivocamente implícito por força do que foi a governação do país, nestes anos todos. Os Portugueses não vão votar, não porque a mensagem dos políticos, não passa, não porque não percebem os que eles dizem, mas porque não acreditam neles . Não acreditam que os mesmos que não mudaram nada em 43 anos, sim ...são so mesmos, podem fazê-lo em 4 anos e por isso não vão votar .
Como é que se muda uma situação destas !? 
Primeiro é preciso ter vontade politica para o fazer. Depois é preciso ter uma capacidade de mobilização que o Presidente tinha, e está a perder por culpa própria, e porque só dele dependia uma revisão profunda da Constituição da Republica Portuguesa, que tarda em chegar, não teremos mudanças num futuro próximo, o que é de lamentar, pois só uma revisão Constitucional com visão de futuro, poderá operar mudanças a todos os níveis, incluindo a nível financeiro com limites de endividamento, devidamente fixados, e com consequências para quem os ultrapassar. Seria um importante sinal, para quem há muito tempo de demitiu de ir votar.
Se continuarmos a ser abusados, por ministros das finanças enxertados em merceeiros de terceira categoria que só pensam em números, esquecendo que as próprias pessoas são o numero mais importante e que é nelas que deve pensar antes de fazer contas, qualquer dia vamos ter uma daquelas historias, em que a mulher se cansa de ser espancada pelo marido que chega bêbedo a casa, e quando ninguém espera, mata-o dentro de casa, porque ele reclamou da sopa que estava fria. Coisas que acontecem na hora menos pensada e que o síndrome de Estocolmo, explica por si só . 


R.A.M.

domingo, 26 de maio de 2019

Sobre os resultados eleitorais para as eleições europeias .

Comecemos por fazer uma comparação simples, que serve para percebermos onde estávamos e onde chegamos ... Ou serve para explicar que o resultado do CDS é exactamente o mesmo de há 5 anos atrás ... Vejamos .

 Já gora, juntemos os números "fantásticos " da abstenção. Como podem ver, mais 2,5% que em 2014.




Se juntarmos o facto de o PS estar no Governo, por obra e graça de uma Constituição da República do tempo em que até as galinhas tinham dentes, e de estar em campanha eleitoral desde que tomou conta do poder, e de cerca de 70% do Portugueses não ter ido votar, o que é que fica !? Fica um país a braços com um governo que não elegeu, uma Europa em que metade dos eleitores não foi votar, e portanto o Parlamento Europeu, fica ferido de legitimidade popular, e fica acima de tudo um PE, que sabe que em Outubro vai perder os deputados Britânicos, porque o Brexit depois do resultado das eleições de hoje no Reino Unido, fica dado como definitivamente resolvido . 

Analisemos então o que precisa de ser analisado, como devem calcular, não me compete a mim dizer se Nuno Melo fez bem ou mal em assumir como seu o resultado conseguido, que eu continuo a dizer, é precisamente o mesmo de há 5 anos atrás, e portanto os profetas das desgraça que no inicio da noite davam uma estrondosa derrota para o CDS, estavam uma vez mais errados, basta comparar os resultados anteriores com os actuais . 

Houve mesmo no CDS, quem depois das projecções não tivesse perdido tempo a tecer comentários pouco abonatórios para o próprio partido, são os do costume . E para esses fica o conselho, grátis , é melhor pararem enquanto é tempo. Se pretendem continuar a prejudicar o partido, com acusações e afirmações contra a sua direcção e os seus dirigentes, depois deste resultado, fica provado que não têm razão, O CDS pode não ter crescido, porque 70% dos eleitores não quiseram ir votar, esperemos que nas legislativas não seja assim e que o CDS possa realmente mostrar que não vale 6,2%  dos 30% que foram votar, mas sim muito mais . Preocupante seria, se o CDS representasse 6,2% de 100% dos votantes, agora quando dois terços dos votantes não exercem o seu direito de voto, estes números são indicadores matemáticos e só . 

Para termos o real valor dos partidos, é preciso mudar muita coisa, desde a constituição da Republica, ao sistema eleitoral, enquanto não tivermos coragem política para o fazer, os Portugueses que são um povo sábio e inteligente, não vai querer ser cúmplice de um sistema que não funciona. Ou funciona de forma deficiente, conveniente e conivente, com os interesses instalados . 

Continuarei para desassossego de alguns, a apoiar a direcção eleita do CDS, independente de qualquer resultado de eleições com este nível de abstenção, porque estes não reflectem o real valor do partido. Tenho muita pena que haja  no partido, quem isso não queira perceber . 

R.A.M. 

P.S. Não podemos no entanto, dar os parabéns ao PS, porque afinal até perderam um Euro-deputado .