sábado, 16 de maio de 2020

CARTA ABERTA A UM... COISO .

CARTA BERTA A UM... COISO:

Portugal vive tempos difíceis, na verdade o mundo inteiro vive tempos difíceis, mas ... a idiotice cronica, tomou conta de alguns sectores da política Nacional. 

Um líder partidário, tem de em primeiro lugar, estar rodeado de gente competente, que sabe de política, que tem formação em política, e ciências da comunicação, com provas dadas, com a capacidade de saber lidar com a informação disponível.

Acima de tudo, deve saber lidar com as críticas que lhe fazem. Deve saber perceber, que se é criticado, é porque muitas das vezes as suas atitudes, as suas ações, as suas afirmações, não se coadunam com aquilo que é na sua essência, o partido que representa.

Há partidos que pela sua historia, pela sua tradição, pelo que representam na sociedade Portuguesa, têm a responsabilidade de escolher líderes que se revejam nessa sociedade, em vez de coisos que julgam saber tudo sobre tudo, e se rodeiam de outros coisos que julgam saber tudo, sobre tudo.

Esta “coisice”  emergente, na política Portuguesa, é ainda mais grave quando, esse partido, é tido como o garante da Democracia Cristã, tem 45 anos de vida e se chama CDS. Sim, ontem à noite o suposto presidente tomou mais uma atitude arrogante, prepotente e típica de quem não está minimamente preparado, para dirigir um partido grande em sentimentos, um partido que já provou tudo o que tinha para provar, incluindo que é capaz de eleger alguém sem os mínimos para estar a desempenhar o cargo para que foi escolhido por uma margem amanhada nos bastidores de um congresso com o qual, muitos se recusaram a pactuar, e é por esses que não concordaram em fazer parte do problema, preferem outra solução, e a solução não passa por esta direção.

Durante os últimos 20 anos, suspendi a minha filiação em 2009, quando estive fora do país, por razões profissionais e académicas, quando voltei, entre 2004 e 2009, desempenhei várias funções no partido, critiquei os vários líderes, que foram passando, quer locais, distritais ou Nacionais, sempre tive a liberdade de o fazer e todos sabem porquê, como todos sabem porque já o escrevi várias vezes que em várias ocasiões, critiquei o então Presidente do CDS o Dr. Paulo Portas, como todos sabem também, nunca foi um “ Pórtista”. Porém, no verão de 2013, durante aquele episódio que o então Presidente do CDS assumiu como irrevogável, e depois tornou em revogável, eu senti-me na obrigação, como filiado no CDS de sair em defesa do Dr. Paulo Portas, não que ele precisasse da minha defesa, mas porque achei que o Dr. Portas, estava a arriscar a sua própria reputação em nome dos interesses do País. É isto que deve acontecer num partido, como o CDS. 

É desta grandeza de espirito, que o CDS precisa, não de egos inflamados, com a arrogância de quem pensa que sabe tudo, não consegue viver com as críticas, e não fazem o mínimo esforço para resolverem as suas próprias carências. 

Como disse depois do congresso, estarei sempre disponível para colaborar com o CDS, quando a direção eleita der provas de que merece o meu empenho. Até ao dia em que o presidente eleito, provar que é o presidente de todos no CDS, terá de mim apenas e só o desprezo que se dá aos coisos, que pensam que sabem tudo. 

O episódio de ontem, serviu para duas coisas: 
Primeiro.
Confirmar que o partido está entregue a um coiso.
Segundo.
Manterei a minha filiação ativa, não abandonarei o CDS apesar de tudo fazerem para que isso aconteça. Se não aguentam com as criticas, demitam-se porque não estão à altura de um CDS que é de todos . 

R.A.M.- 16-05-2020 

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Carta aberta a um idiota

CARTA BERTA A UM... IDIOTA :

Portugal vive tempos difíceis, na verdade o mundo inteiro vive tempos difíceis, mas ... a idiotice cronica, tomou conta de alguns sectores da política Nacional. 

Um líder partidário, tem de em primeiro lugar, estar rodeado de gente competente, que sabe de política, que tem formação em política, e ciências da comunicação, com provas dadas, com a capacidade de saber lidar com a informação disponível.

Acima de tudo, deve saber lidar com as críticas que lhe fazem. Deve saber perceber, que se é criticado, é porque muitas das vezes as suas atitudes, as suas ações, as suas afirmações, não se coadunam com aquilo que é na sua essência, o partido que representa.

Há partidos que pela sua historia, pela sua tradição, pelo que representam na sociedade Portuguesa, têm a responsabilidade de escolher líderes que se revejam nessa sociedade, em vez de idiotas que julgam saber tudo sobre tudo, e se rodeiam de outros idiotas que julgam saber tudo, sobre tudo.

Esta idiotice  emergente, na política Portuguesa, é ainda mais grave quando, esse partido, é tido como o garante da Democracia Cristã, tem 45 anos de vida e se chama CDS. Sim, ontem à noite o suposto presidente tomou mais uma atitude arrogante, prepotente e típica de quem não está minimamente preparado, para dirigir um partido grande em sentimentos, um partido que já provou tudo o que tinha para provar, incluindo que é capaz de eleger alguém sem os mínimos para estar a desempenhar o cargo para que foi escolhido por uma margem amanhada nos bastidores de um congresso com o qual, muitos se recusaram a pactuar, e é por esses que não concordaram em fazer parte do problema, preferem outra solução, e a solução não passa por esta direção.

Durante os últimos 20 anos, suspendi a minha filiação em 2009, quando estive fora do país, por razões profissionais e académicas, quando voltei, entre 2004 e 2009, desempenhei várias funções no partido, critiquei os vários líderes, que foram passando, quer locais, distritais ou Nacionais, sempre tive a liberdade de o fazer e todos sabem porquê, como todos sabem porque já o escrevi várias vezes que em várias ocasiões, critiquei o então Presidente do CDS o Dr. Paulo Portas, como todos sabem também, nunca foi um “ Pórtista”. Porém, no verão de 2013, durante aquele episódio que o então Presidente do CDS assumiu como irrevogável, e depois tornou em revogável, eu senti-me na obrigação, como filiado no CDS de sair em defesa do Dr. Paulo Portas, não que ele precisasse da minha defesa, mas porque achei que o Dr. Portas, estava a arriscar a sua própria reputação em nome dos interesses do País. É isto que deve acontecer num partido, como o CDS. 

É desta grandeza de espirito, que o CDS precisa, não de egos inflamados, com a arrogância de quem pensa que sabe tudo, não consegue viver com as críticas, e não fazem o mínimo esforço para resolverem as suas próprias carências. 

Como disse depois do congresso, estarei sempre disponível para colaborar com o CDS, quando a direção eleita der provas de que merece o meu empenho. Até ao dia em que o presidente eleito, provar que é o presidente de todos no CDS, terá de mim apenas e só o desprezo que se dá aos idiotas que pensam que sabem tudo. 

O episódio de ontem, serviu para duas coisas: 
Primeiro.
Confirmar que o partido está entregue a um idiota.
Segundo.
Manterei a minha filiação ativa, não abandonarei o CDS apesar de tudo fazerem para que isso aconteça. Se não aguentam com as criticas, demitam-se porque não estão à altura de um CDS que é de todos . 

R.A.M.- 16-05-2020 

Sobre a mensagem de Chicão aos fiéis de Fátima ...







Mensagem do presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues Dos Santos 
👇
“Este ano a peregrinação foi feita com o coração e o povo português devoto de Maria encheu espiritualmente o Santuário de Fátima em oração.
Rogai por nós e ouvi a voz dos que rezam, dos que mais precisam de ajuda nesta emergência social. 
Como católico e como português, gostaria de assinalar o extraordinário exemplo na celebração da Fé que os Fiéis e a Igreja deram ao país. 
Pode haver esperança sem Fé, mas não há Fé sem esperança!”
#AcreditarEmPortugal 

Lamentavelmente, o CDS não passa de um “verbo de encher”. Perante uma situação em que, o povo Português precisava de sentir que tinha apoio de uma força política com representação parlamentar, o partido da Democracia Cristã, remete-se a este tipo de mensagens, vazias, desprovidas de qualquer conteúdo. 

Não há peregrinações feitas com o coração, as  peregrinações são feitas por pessoas, que sentem, vibram, rezam pelo caminho, choram enquanto rezam pelo caminho. 

Os fiéis de Fátima, não se revêm minimamente neste “extraordinário exemplo na celebração da Fé que os Fiéis e a Igreja deram ao país.
E por isso esta mensagem, não passa de uma tentativa ridícula de fazer passar a imagem de um pseudo democrata Cristão, preocupado com o que a Igreja Católica foi “forçada” a fazer, por força das circunstâncias.

Não contentes com isto, resolveram usar, a semelhança do que fizeram na Páscoa, os símbolos religiosos misturados com os símbolos e slogans do partido, resolveram os responsáveis pela comunicação do CDS, fazer o que é evitável em qualquer ocasião, num partido que quer ser sério, não basta parecer sério. A seriedade não tem preço. E é em nome dessa seriedade, que não podemos deixar passar mais uma vez, esta falta de “sumo” nas mensagens do CDS. Começa a ser preocupante. 

R.A.M. 
15-05-2020

terça-feira, 12 de maio de 2020

Estou envergonhado !!!


Quando se ultrapassam os limites da decência, e se é mais populista do que o próprio Marcelo Rebelo de Sousa, dizem-se coises deste tipo . 

Quando não se percebe, que um líder partidário não pode fazer declarações avulsas, sem fundamento e de uma desonestidade política que nos deve envergonhar a todos, provamos que não estamos preparados para representar um partido, que sempre se pautou pela seriedade das declarações que proferia para fora. 

O CDS sabe, que as verbas monstruosas que o Novo Banco já consumiu, foram aprovadas pela AR, antes do banco ter sido vendido, ou parte dele, porque convém lembrar que 25% do NB, são de capital publico, e portanto se os acordos com os donos do restante capital não forem cumpridos, quem paga, somos todos nós. 

É vergonhoso, ter no CDS gente que usa outra vez mais um "sound bite", em vez de ter a responsabilidade de explicar aos Portugueses, as verdadeiras razões para estas injecções de capital . 

Isto não ajuda em nada as sondagens, ao contrario do que passam imaginar . 

R.A.M.
12-05-2020

domingo, 10 de maio de 2020

Chicão no Expresso e uma mão cheia de nada ...


Mais uma prova de que temos razão.


A entrevista publicada ontem pelo jornal Expresso, feita ao Presidente do CDS, comprova mais uma vez o que temos vindo a dizer. O Presidente do CDS, não está preparado para desempenhar as funções para que foi eleito em Congresso, no final de janeiro.

Francisco Rodrigues dos Santos, deixa em aberto uma aprovação do Orçamento Geral do Estado, com uma grande amplitude, que mais não é do que um aumento da despesa do Estado, que depois não aprece fundamentada para compensar a perda de receita e portanto, implica mais dívida pública. 

O Presidente do CDS, desvaloriza as sondagens, esquecendo que nas últimas eleições legislativas, as sondagens davam ao CDS, um valor muito próximo do resultado eleitoral, e portanto estar a desvalorizar sondagens, quando sabemos hoje, que se no passado havia de facto a ideia de que, as sondagens não eram coincidentes com os números reais, a experiencia recente mostra-nos que já não é assim.  A cegueira imposta por uma espécie de cartilha, que todos parecem ter decorado, não me parece ser boa estratégia. 

Francisco acha que não tem oposição interna, tenta afastar o Dr. Adolfo Mesquita Nunes, sobre qual já o disse, elaborou um programa demasiado avançado para certas cabeças e por isso, aconteceu que teve imensas dificuldades em fazer passar a sua própria mensagem, e a falta de vontade de muitas estruturas locais, também não ajudaram, antes pelo contrário. Assumir que por isto, não se pode contar com ele, é de uma arrogância extraordinária.

Afasta-se de uma candidatura à câmara de Lisboa, entendível porque a sua falta de maturidade para assumir cargos públicos de relevância , seria mais evidente e não chegaria aos números de Assunção Cristas e por isso, seria muito interessante percebermos quem é que o CDS vai levar a votos na capital. Isto tem um nome, mas deixo ao vosso critério a adjetivação de tal ato.

Porém, gostei da postura do presidente do CDS, quanto as eleições Presidências, todos sabemos que na política o que hoje é uma verdade absoluta, amanhã pode muito bem ser mentira, e portanto o que diz hoje o presidente do partido, aliás já o provou no caso de muito má memoria do novo aeroporto  de Lisboa, que em Congresso e na moção que fez aprovar, seria localizado em Alverca por razões de logística, e depois de uma conversa com um antigo dirigente do partido, resolveu que afinal, o Montijo é que era a opção do CDS. E por isso, não se pode levar a sério o que diz hoje, sobre as eleições Presidências e o que dirá a seu tempo, quando de facto tivermos de tomar uma decisão. Não será necessário lembrar, que o anterior Presidente do CDS, Paulo Portas, não apoiou esta solução, mas Marcelo acabou por ser uma escolha do partido democraticamente decidido.

NOTA FINAL: 
PARA QUEM NÃO ESTÁ NADA PREOCUPADO COM AS SONDAGENS, NOTA-SE UM CERTO NERVOSISMO, E UMA NECESSIDADE DE APARECER EM TODO O LADO, A TODA HORA.

R.A.M.
10 de Maio de 2020 

domingo, 3 de maio de 2020

Os 90 dias mais negros do CDS!!!


Os 90 dias mais negros do CDS 

Entre 26 de janeiro do ano da Graça de 2020, e 26 de Abril de 2020, passaram exatamente, 90 dias . 

Durante estes 90 dias, vimos o presidente do CDS apenas durante 30 dias, uma vez que nos restantes 60 dias, desapareceu. Ora as consequências da ausência física do presidente do CDS, são nefastas para o partido, como de resto é fácil de comprovar pelas sondagens que vão saindo, como a que vamos juntar abaixo. 

Como ninguém está preocupado com o desempenho do CDS, por se ter tornado irrelevante, por ação da atual direção, cabe a filiados preocupados com o futuro do partido, fazerem uma analise sem preconceitos. 

Assim sendo: Vejamos, durante o primeiro mês, a nova direção do partido, resolveu salvar o governo de esquerda, aprovando uma norma do Orçamento Geral do Estado, que permitia a cobrança do IVA das faturas da eletricidade  a 23%, por razões meramente ideológicas, o CDS colocou-se ao lado do Governo, na primeira oportunidade que teve de se auto  excluir, de uma casta de bajuladores do regime. O resultado desta ação, foi uma queda nas sondagens, 4,4% para 3,6%.
Não contentes, ou não percebendo muito bem o seu posicionamento, o presidente do partido, cerca de um mês depois do primeiro episódio, resolve sobre uma matéria de relevante importância para as finanças publicas e consequentemente, para os bolsos dos contribuintes Portugueses, como a construção do novo aeroporto de Lisboa, resolve uma vez mais colocar-se do lado de António Costa, apoiando a decisão de construir o aeroporto no Montijo, depois de em sede de Congresso, órgão máximo do CDS, ter feito aprovar a sua própria moção, que defendia a construção do novo aeroporto de Lisboa, em Alverca. A consequência disto, foi mais uma vez a queda nas intenções de voto, 3,6% para 2,9%.

Depois disto, o “líder” do CDS, resolveu remeter-se ao silencio, entregando-se a uma quarentena voluntaria, durante a qual deu algumas entrevistas sem qualquer relevância politica, onde a determinada altura aparece de avental, e durante a mesma quarentena, vai fazer uma aparição publica num programa  de humor, na SIC, e sobre o qual só temos a dizer, que em nada abonou a favor da desempenho do presidente do partido.

O resultado de nada fazer, e aparecer quando acha que deve aparecer como se de isso, fizesse depender a vontade de si próprio, pese embora, uma série de propostas avulsas, que não são mais que a constatação do óbvio, e portanto a relevância politica das mesas é reduzida a menos zero, arrastando-nos para os números mais recentes revelados hoje. Hoje a intenção de voto dos Portugueses no CDS é de 2,6%, se hoje tivéssemos eleições, o CDS elegeria dois deputados, menos de metade dos que elegeu nas últimas eleições.

Na verdade, eu espero que aqueles baronetes que convenceram Francisco Rodrigues do Santos, de que ele poderia ser o novo presidente do CDS, arrepiem caminho e sejam os próprio a pedir responsabilidades ao “delfim” escolhido por eles, ou então ...cabe aos mesmos baronetes, pedir a demissão do “líder” por eles escolhido, Sejam por uma vez responsáveis e assumam, que cometeram um erro, que fizeram a escolha errada, que não estavam à espera que fosse tão mau. O CDS é muito mais que um palco de vaidades, merece ser tratado com o respeito adquirido durante mais de 40 anos de história,
O CDS não é de ninguém, mas é de todos, e todos seremos sempre poucos se quisermos fazer um grande partido. Mas com eles ...não !!

R.A.M.
3 de Maio de 2020 



quarta-feira, 29 de abril de 2020

A emergência do Estado .

Do estado de emergência, ao estado de calamidade:


Se dúvidas houvesse sobre o perigo em que a nossa democracia se encontra, ficariam dissipados completamente, quando assistimos a um discurso de sua excelência o senhor Presidente da República, que serviu apenas e só, para insulta a inteligência de todos nós. 

Mais vergonhoso que o próprio discurso, foi a reação em coro da comunicação social em bloco, depois de anunciados os tais 15 milhões de ajuda aos media, que ao segundo consta, é apenas o inicio daquilo que poderá ser, mais uma manobra para por o contribuinte a financiar os meios de comunicação social privados. Ter o Estado, a financiar ou grupos que controlam a informação a nível Nacional e não só, é muito perigoso para a democracia, pese embora ninguém esteja minimamente preocupado com o assunto.  Ao ponto de o 25 de Abril ter sido uma tal vergonha, e ninguém com a carteira profissional de jornalista, tivesse os tomates para chamar os bois pelos nomes... tenham vergonha na cara !!! 

Porém... a vergonha é tal que não podemos ficar por aqui. Na verdade, a democracia, está mesmo em perigo. E não fosse o perigo de uma nova banca rota, e Marcelo promulgaria mais uns 15 dias de estado de emergência, porque é melhor forma de controlar tudo e todos. Vejamos, o estado de emergência que terminará no dia 2 de Maio, serviu para percebermos algumas coisas, primeiro :
A nossa Constituição da Republica é tão elástica que permite de facto, suspender a democracia, retirando liberdade aos Portugueses, mantendo-os em prisão domiciliaria voluntaria, enquanto isso, façamos então um exercício de memoria. Lembram-se da última vez que foi decretado o estado de calamidade publica? Pois é... foi o verão de 2017. E toda a gente sabe as razões, da necessidade de ser decretado o estado de calamidade publica naquela altura. E agora, por razões puramente ideológicas , em vez de acreditarmos nos Portugueses, os mesmos que têm sido exemplares na sua auto proteção, conscientes da sua própria defesa, conscientes de que a sua segurança sanitária, depende da cada um de nós, resolve um governo minoritário, com um suporte parlamentar sem consistência nenhuma e acima de tudo sem credibilidade alguma, mas com o respaldo do senhor Presidente da Republica, com quem concertam estes desmandos, sem respeito algum, pelos Portugueses, pelos seus valores, pelos valores da democracia conquistada no 25 de Novembro, sem qualquer consideração por quem dei a vida, durante os últimos 46 anos, para fazer deste país, um país decente , onde todos gostamos de viver, de ter as nossas vidas, de fazer-mos o que é preciso para que Portugal não sofra na pele, as consequências de mais uma banca rota. 

O atual ministro das finanças, anunciou em Janeiro que Portugal tinham pela primeira vez, na historia da democracia Portuguesa um super habit, que nos deixaria uma almofada financeira, para podermos fazer frente a uma crise de tesouraria, que na altura não era previsível. O que o Ronaldo das finanças não sabia, era que essa crise, então previsível, acabaria por acontecer, e tal almofada financeira de Mário Centeno, esfumou-se ... Nada de novo portanto. Lembro-me uma vez mais, que em 2008 quando rebentou a crise do sub-prime, o então ministro da economia dizia à boca cheia, que “ Portugal passou ao lado da crise...” Ainda a crise, propriamente dita, não tinha entrado nos bolsos dos Portugueses. Apesar dos ajustamentos feitos, entre Setembro de 2008 e Março de 2011, fomos mesmo obrigados a pedir ajuda financeira internacional, por manifesta incapacidade de satisfazermos os nossos compromissos financeiros, quer com o pagamento a fornecedores, quer de salários e pensões a pagar pelo Estado, não foi uma crise originada por quem tinha a sua própria vida organizada, de forma a pagar as suas contas a tempo e horas, como as pessoas de bem. O Estado, para ser uma pessoa de bem, endividou-se em 1978 e até hoje não pagou em cêntimo dessa divida, o que tem pago são juros da mesma e o valor liquido da divida, não é reduzido porque o capital nunca foi abatido, estamos sempre a aumentar divida e a pagar juros de juros. Isto é, como ter uma casa hipotecada ao banco, por uma razão qualquer, deixar de pagar o empréstimo, e depois ir ao banco negociar um novo empréstimo, como não pagamos o primeiro, o risco ainda que o banco fosse outro, é sempre maior e portanto a taxa de juro é sempre maior.

A grande questão é, porquê ? Porque é que, não somos capazes de pagar a nossa divida, ou parte dela? As razões são conhecidas, e quando eu digo que os agentes políticos de esquerda, do PSD, ao PS, ao PCP, ao BE, ao PEV  e ao PAN, trabalham todos para quem nos empresta dinheiro, é porque as decisões que esta gente toma e assume como dogma, e das quais fazem depender a sobrevivência do próprio governo, da sua imposição ideológica. Nacionalizar empresas que geravam riqueza e “comê-las “ por dentro, destruindo o tecido produtivo como aconteceu, a seguir ao 25 de Abril, por mera questão ideológica, e ao abrigo de uma Constituição da Republica Portuguesa, feita à medida das circunstancias de então, que calha ser a mesma que temos hoje, e portanto sem margem de manobra para que se resolvam problemas de fundo, que sem mantêm até hoje, 46 anos depois. A mesma CRP, que permite que se suspenda a democracia, porque o Estado, não tem forma de controlar uma crise sanitária sem que recorra a uma norma da própria Constituição, e muito agora podem dizer cobras e lagartos e que ninguém tem culpa e isto e aquilo, mas a verdade é que a mesma Constituição invoca saúde, educação e segurança para todos . 

Ora, se em termos de saúde é o que sabemos, em termos de educação, estamos a mudar o paradigma, e com as dificuldades de um país com as nossas assimetrias, não é fácil porque continua a haver famílias que não reúnem condições para ter acesso à internet em casa, em termos de segurança, estaria tudo muito bem, não fosse um indulto presidencial, que está a colocar cá fora, criminosos que deviam estar a pagar pelos seus crimes.

Temos portanto a tempestade perfeita, um País que atravessa uma crise pandémica sem precedentes, com uma pseudo coligação de esquerda com fome de Nacionalizações, para acomodar “boys and girls “, uma Constituição da Republica que até permite que isso se faça, e um Presidente da Republica que resolve atribuir a liberdade a quem devia estar preso. Por isso se não tivermos uma oposição firme, que se reúna dos melhores para poderem servir o País, dando o seu melhor, fazendo que temos de fazer  o melhor que podemos e sabemos, sem ceder ideologicamente, sem vendermos os nossos princípios, hipotecando o futuro de milhões de Portugueses .

A direita Portuguesa teria hoje, um líder natural que não fosse a vontade de vingança de alguns pseudo democrata Cristãos, seria o Presidente do CDS. Porém o eleito presidente, não só não conta com o apoio de uma boa parte do partido, como não colhe nenhum tipo de simpatias entre os Portugueses, basta olhar para as sondagens e concluímos isso de imediato, e portanto no momento em que precisamos de ter uma direita às direitas , temos um Chega que não chega para as encomendas, uma Iniciativa Liberal sem Iniciativa nenhuma, e um CDS que mais não faz do que aceitar o que diz António Costa, como se se tratasse de um paradigma, de resto à semelhança de Rui Rio, e é assim que este País à beira mar plantado, se deixa arrastar para o pântano.

É bom começarmos a pensar seriamente o que queremos, ou quem queremos à frente dos destinos da direita Portuguesa. 

#elesnão 

R.A.M.
29-04-2020