domingo, 14 de novembro de 2021

Esperando um congresso que não é o nosso.




 Disse há meses atrás, que trabalharia com quem de facto estivesse interessado em salvar o CDS da destruição eminente que se adivinhava. Não apareceram interessados porque seguramente estavam muito ocupados, uns a defenderem o Chicão, outros a atacarem o Chicão, e alguns convenientemente a fazerem-se passar por mortos. Assim, quer ganhe um ou outros, não lhes vai o tacho fugir terem de ir procurar outra panela, no partido ao lado. Já estamos habituados. 

Porém, quem me conhece sabe que a última palavra que existe no meu dicionário é " desistir", tenho uma certa dificuldade de em perceber quem desiste, principalmente quem desisti daquilo em que diz sempre ter acreditado. Quando acreditamos em nós próprios, dificilmente deixamos de acreditar na politica que defendemos desde sempre.  É também por isso, que este partido é diferente dos outros, porque foi sempre defendido por gente que acreditava acima de tudo em si mesmo, nas suas capacidades de enfrentar a vida tal como ela é, e não fantasiar em ser isto ou aquilo quando na verdade, não passam de peões a serem jogados no terreno, nas mãos de alguns que pensam estar acima de todos os outros .

No CDS, sempre nos atacamos uns aos outros em vésperas de congressos, ou durante o período de defeso, sempre houve uma guerrilha interna instalada, o que de certa forma é salutar porque mostra que vivemos bem com a diferença de opiniões. O que nunca tínhamos visto, era um presidente que andou 22 meses a distribuir "sarrafada", a dividir o partido em quintais do Sr. A e quintalinhos do Sr.B, trocado em miúdos (salvo seja), evitando eleições para devolver as estruturas locais alguma dignidade e alguma autonomia, tudo em nome da sua própria sobrevivência, 22 meses da manipulação interna, de martelada nos cadernos de filiação, vir com a mais desfaçatez a publico, acusar quem quer que seja de ter adoptado uma postura mais ao menos como a dele. 

Bem sabemos que a tropa manda desenrascar, mas há limites para a decência e em política mais uma vez, não vale tudo. Francisco Rodrigues dos Santos, sabe que é um líder a prazo, e que o seu prazo expirou, semanas depois do congresso anterior, quando começou a debandada dos seus vice-presidentes, dos quais não me canso de responsabilizar, pelo actual estado do CDS.

Não bastante, ouvimos durante a semana passada a porta-voz do partido, dizer ao país que a direção do CDS teria de esperar pelo congresso do PSD, para então falar com a direção daquele partido, para resolver o passo seguinte. Estas declarações, não só humilham qualquer Democrata Cristão, como trazem a publico a falta de dignidade com que o processo está a ser conduzido. Obviamente, a responsabilidade das declarações, é da CPN e não senhora que as proferiu, se bem que qualquer porta-voz do partido que tivesse das as fazer com o mínimo de conhecimento da historia do partido, demitir-se-ía no momento seguinte, para não correr o risco de ter de nos voltar a envergonhar a todos. 

R.A.M.

14 De Novembro de 2021 

sábado, 6 de novembro de 2021

Como um covarde será sempre um covarde, uma fraude será sempre uma fraude !!!

 



Muitos se perguntaram neste momento, porquê repetir a mesma foto duas vezes seguidas ?!  Pois bem, este é o estado em que se encontra o partido, a sangrar por dentro e por fora. 

Semana após semana, vemos o partido definhar sem que para tal, nem o seu presidente nem ninguém da sua direção politica, parem para pensar por uma vez, nos milhares de Portugueses que olham para nós hoje, e nos vêm como um bando da palermas que estão a deixar destruir 47 anos de história. Da mesma história de que todos nos podemos orgulhar.

Ao longo dessa história, tivemos momentos maus e tivemos momentos muito maus, mas não tivemos nenhum momento tão mau como este. O último reduto de credibilidade do partido, o seu grupo parlamentar, está a desmoronar-se muito por consequência da acção ou falta dela, desta pseudo comissão política Nacional. Podíamos passar algumas horas a enumerar, um as um os casos em que a CPN tentou interferir na actividade normal do GP, não percebendo como ficou claro, que os deputados não estão no parlamento para representar o partido ou a direção do partido, mas sim a vontade do povo que os elegeu e que o compromisso dos deputados é acima de tudo com os eleitores e depois com o partido, é isto que fez de nós um partido respeitável e não o pensamento difuso e de alguém que pensa de forma diferente, as segundas, quartas e sextas e que no resto da semana, dá descanso ao cérebro. 

Tinha alguma esperança que alguém nesta CPN, alertasse o próprio presidente para o mal que está a fazer ao partido, a quem sempre representou o CDS, de forma livre e desinteressada, os mesmos que hoje se sentem envergonhados como que ouvem sobre o partido, os mesmos que acima de tudo defenderam e defendem o nome do CDS, a sua historia, a memória que fica e que orgulhosamente transformamos em pegada profunda na sociedade Portuguesa, na nossa democracia, na nossa história. São esses, que juntamente com aqueles que sairam do partido, farão no futuro próximo um julgamento sobre a nossa recente acção, são esses, que sem qualquer possibilidade de inverterem o ciclo, vão abster-se de votar, caso a direção do partido não mude antes das próximas eleições legislativas, já marcadas para o próximo dia 30 de Novembro. 

É legitimo o actual presidente querer ser deputado !? É. Mas para isso tem que provar merecer o lugar de deputado porque da última vez que foi a votos, era numero 2 pela lista do Porto e não foi eleito, e não sendo eleito pelo povo, não pode ser deputado. O simples facto de ser presidente do partido, não lhe confere legitimidade nenhuma, para ser cabeça de lista por qualquer ciclo electivo, terá de passar pelo crivo do partido, que neste momento diga-se em abono da verdade, também já não confere condições para exercer as suas funções, depois de mais de 20 meses de manipulação da própria direção. O que não é legítimo, é o mesmo presidente que puxa dos estatutos por tudo e por nada, esquecer-se que o seu mandato  termina a 27 de Janeiro, e portanto seria muito mais sério, ir a votos em eleições legislativas no dia 30, depois de vencer o congresso, já que está perfeitamente convicto da sua própria vitória. 

Obviamente, é mais fácil desconvocar um congresso, do que correr o risco de o perder, sem que para tal se cumpram os prazos legais, apenas porque queremos muito. Já que ninguém quer fazer o favor, a bora de caridade, de mostrar ao pseudo presidente do CDS, que há formas de estar na política, sem atropelarmos ninguém, sem tentarmos ser mais "chicos espertos" que os outro, sendo que o mesmo " chico- espertismo" só prejudica o partido. Ou seja, aquilo que no fundo andamos há mais de 20 meses a fazer. 

A melhor forma de Chicão, sair como Chicão do imbróglio que ele próprio criou, e deixar o CDS ir a congresso, quanto mais cedo melhor, mas como sabe que não sai de lá em ombros, vai andar a empurrar com a barriga até que possa, ou então até perder a credibilidade que lhe resta... que em abono da verdade, já não é grande coisa e isso sim, afecta directamente a imagem do CDS. O partido é tão credível, como as pessoas que o representam.  Até porque a única forma de Chicão ganhar um congresso sem as ajudas do costume, ou seja por si só, não existe. O que por si só, prova que elegeram uma fraude, que já não tem suporte na sua própria direção desde semanas após o último congresso. Para provar que não é uma fraude, tem de ir a votos em congresso e já agora , quanto mais cedo melhor. 


Rui Alexandre Moreira 
6 de Novembro de 2021.

sábado, 30 de outubro de 2021

Eu fico



Há por aí quem diga, que ontem foi um dia negro para o CDS. Eu acho que o dia mais negro para o CDS, foi de facto o dia em que meia dúzia de iluminados, resolveu que seria uma boa solução eleger um rapaz, acabado de sair de uma organização juvenil e entrado noutra, para gerir os destinos do partido!! 

São esses iluminados os principais responsáveis pelo estado a que o CDS chegou. Não vou nomear um a um os vice-presidentes que a própria direção, por manifesta falta de competência foi perdendo, mas vou questionar o paradeiro de apenas um, o único que continua como vice-presidente e de quem não temos sinal de vida nos últimos meses, sim o Dr. Filipe Lobo D'Avila, um dos que fez parte da "solução" que deixa o partido neste estado, não aparece nem de um lado nem de outro, agradeço a quem tiver notícias suas o favor de me informar, já agora, agradeço também no caso de ter tido o mesmo destino que o Dr. Pedro Borges  Lemos, o Engº Carlos  Meira, e o Dr. Abel Mattos Santos , os ex-vice presidentes que o o actual presidente do CDS, foi descartando a media que não precisava deles. 

Quando antes do congresso anterior, neste mesmo espaço dava conta da filiação do actual presidente do CDS, no partido ao lado, a par do seu amigo até então, o Francisco desmentiu categoricamente em mensagem privada publicada na altura, porém... nunca me passaria pela cabeça que afinal a escola Maoista 
do MRP que invade o PSD, tinha afectado de forma tão eficaz, o actual presidente do CDS, eleito em congresso e que para mal dos nossos pecados foi suportado por uma base que hoje não existe. Por isso, para aqueles que hoje se indignam com a actuação, não só do presidente do CDS, mas de toda uma direção por si escolhida, fica aqui a explicação que seria obvia se fosse só isto. Infelizmente ... é bem mais profunda. 

O que aconteceu ontem ou durante a madrugada de hoje, foi mais um episódio de uma novela de má qualidade, que não se pode repetir em caso algum. Os resultados desse triste episódio, culminaram com algumas desfiliações de filiados no partido com décadas, alguns ex-dirigentes, filiados de base, provocando uma sangria, ou por ventura uma purga bem ao estilo comunista de leste, como de resto também já vos tinha dado conta, desses tiques de esquerda do Chicão, que agora não gosta que lhe chamem Chicão. A verdade meus amigos, é que eu próprio pensei desfilar-me há algum tempo atrás, mas se o tivesse feito, hoje não podia olhar nos olhos de uns e outros e apenas dizer " Eu estou aqui, não vou a lado nenhum". Como aconteceu há dois anos atrás depois do congresso. Não o fiz nessa altura, não o faço agora, nem o farei no futuro, porque o CDS precisa de todos nós. Seja com Nuno Melo ou qualquer outro que queira ser Primeiro Ministro pelo CDS, sem coligações pré-eleitorais, sem acordos de conveniência, sem amarras a uns ou a outros, porque nós sabemos como gerir o país, temos gente capaz para o fazer e temos mais de 40 anos de historia com a qual sabemos lidar muito bem, e por isso não precisamos de mudar base ideológica nenhuma, como quer fazer a actual direção. 

Eu fico .
R.A.M.
30 de Outubro de 2021 

 

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Tenho uma pergunta ...



 Por muito que custe a muita gente, vou ter de mais uma vez dizer 2 ou 3 coisas, ou as que me apetecer, sobre o que se passa neste CDS. 

Sim, é verdade que manifestei o meu apoio ao Dr. Nuno Melo, sim é verdade que durante a campanha para as autárquicas, estive calado como de resto tinha prometido, que nada faria para prejudicar o partido, ao contrário do próprio presidente que de cada vez que aparecia e abria a boca, era para prejudicar o partido, em função da sua própria agenda, que se sobrepôs sempre a própria agenda do partido.

Não fosse apanágio desta direção, seria estranho que não quisessem transformar mais uma derrota em vitoria. Não vou entrar no pormenor dos números, porque já toda a gente teve tempo de os analisar, pelo menos aqueles que acharam por bem. E daí a minha insuspeita indignação... Ora, se o CDS sai vitorioso destas eleições, se o resultado segundo o excelso presidente e o seu séquito, são os melhores da última década, se temos hoje mais autarcas que há 4 anos atrás...!? Porque é que há uma necessidade imperiosa de antecipar o Congresso!!? Mais uma pergunta sem resposta. 

No tempo em que o CDS, era o CDS, agora é cada vez mais ... PP (Pote das Pipocas), Só havia um congresso extraordinário, se o presidente se demitisse, ou por outra tragédia qualquer. Ora, como o presidente, que se saiba, não se demitiu porque entendeu que os resultados das autarquias, foi estrondoso, não percebo até hoje, porque ninguém me explicou, que razão invoca sua excelência, para convocar um congresso extraordinário!! 

Em abono da verdade, confesso-me surpreendido com a estratégia utilizada bem à moda de Antonio Costa, vai lá perceber-se porquê... Se bem que, um político a sério, teria lido os sinais, depois das eleições Regionais, onde fruto de anomalia Constitucional, o CDS acaba no governo, sem saber ler nem escrever, sem ter feito os mínimos para o conseguir. Porém, com as sondagens a descerem todos os dias, su excelência, mais não fez do que amanhar um acordo abrangente, onde até o Chega cabe na solução, sim.... o Chega, salvou Francisco Rodrigues dos Santos, nas eleições regionais.

Chegados aqui, temo que quem possa salvar mais uma vez sua excelência o presidente do CDS, seja desta vez o Partido Socialista. Como? Facilmente... Imaginem o cenário que paira nas cabeças pensantes do Caldas "... o orçamento corre o risco de chumbar na generalidade, e o primeiro ministro, telefona outra vez ao ... Chicão, para salvar o orçamento, e o Chicão, lá vai uma vez mais resolver o problema da geringonça, sem tirar proveito nenhum disso, como de resto já percebemos que pode acontecer... " A seguir, a direção do CDS, mais não faz que anular a convocatória para o Congresso, no fundo revoga a convocatória. Eu sou dos que está a vontade a usar a palavra ... irrevogável, porque não vi muitos saírem em defesa de Paulo Portas, no verão de 2013, quando eu próprio senti necessidade de o fazer. Só há um ligeiro pormenor. Paulo Portas soube ler os sinais 2 anos depois, e saiu, foi a vida dele. Porque tinha uma, e essa é a diferença. 

Porém, se era verdade há 2 anos atrás que era preciso mudar muita coisa no CDS, hoje é ainda mais verdade, há ainda muito mais para fazer. sabemos todos, que em condições normais, apareceriam alguns candidatos que podiam protagonizar essa mudança, mas nas actuais circunstâncias, apareceu um determinado a fazê-lo, e que o seu discurso de apresentação, mencionou todos os pontos que eram constantes da moção que escrevemos há dois anos atrás, que depois foi retirada a favor do João Almeida, e só por isso, o meu apoio hoje, que vale o que vale e nada mais que isso, vai para o Nuno Melo, por estas razões que o próprio explanou muito bem.

Escrevi, uma nova moção que não vai ser apresentada, por razões obvias, como já expliquei atrás, o discurso do Nuno Melo dia 6 de Outubro, Mas também porque, o partido não pode perder mais tempo a discutir, o que é preciso fazer, todos sabemos que é preciso trabalhar muito, e todos sabemos que temos de estar disponíveis, como sempre estive, mesmo com esta direção, sim, o meu envolvimento nas autárquicas, foi o que todos puderam ver, não estive escondido em parte nenhuma, dei ao partido, por ventura mais do que me pediram, mas fi-lo sem receber um centavo, como alias sempre fiz, e farei no futuro se me pedirem ou se estiver disponível, se bem que o tempo somos nós que o fazemos e portanto, é fácil quando queremos. 

Ficarei portanto a espera de uma resposta para a razão da convocatória para o Congresso. 

R.A.M.

21-10-2021


sábado, 2 de outubro de 2021

A entrevista de Chicão, ao pasquim do senhor do bolo ...


A entrevista de Chicão, ao pasquim do senhor do bolo ...  

Aqui estamos nós... 45 anos depois e 29 congressos, ninguém nos pode acusar de irregularidade, temos um congresso em cada dois anos, mais coisa menos coisa. 

 

Eu lembro-me de enquanto Conselheiro Nacional, ter votado, contra as tendências ou o que lhe quiserem chamar, dentro do CDS, confesso que na altura, percebi a necessidade por uma parte do partido, de abrir as tendências e correntes de opinião dentro do CDS. E mais uma vez recordo o tal sermão de Frei Bento, que alguém uma vez trouxe para a discussão num Conselho Nacional do Porto, se a memória não falha, convocado para discutir, porque é que um vice-presidente tinha abandonado o partido. 

 

Imaginem lá o que seria, se de cada vez que um vice-presidente abandonasse o partido nos últimos, dois anos, tivessem de convocar o Conselho Nacional, ainda estavam hoje, a discutir a saída de alguns, que não deixaram saudades.

 

Porém, nestas coisas há sempre um porém, convém lembrar aos mais distraídos, que dos tais vice-presidentes que o atual presidente e a atual direção tinham no final de janeiro de 2019, resta apenas um. A saber, Abel Matos Santos, saiu semanas depois do congresso, não se sabe dele desde então, pode ser que apareça como D. Sebastião ... numa noite de nevoeiro. Carlos Meira, usou tanto balde de lixivia que se desintegrou. Pedro Borges de Lemos, a sumidade em política, bateu com a porta e foi pro partido ao lado, onde permanece ao que consta numa prateleira com vistas pro Tejo... não deixa de ser inspirador. 

 

Resumindo, as duas tendências ou correntes de opinião do CDS, serviram para eleger este presidente e, portanto, são responsáveis pelo que é hoje o CDS, pelo que vale hoje o CDS, ou seja, pelos 1,48% dos votos dos Portugueses. Feitas as contas das últimas eleições, é isto que vale hoje o CDS. Ou pelo menos, é isto que os entendidos nos dão em intenções de votos dos Portugueses. Menos votos, menos mandatos, as mesmas camaras municipais. Não crescemos desde as legislativas de 2019, não crescemos desde que esta direção tomou posse, e, portanto, não percebo porque é que só agora é que resolveram antecipar o congresso. Ou percebo, mas já lá iremos. 

 

Eu estive caldo durante a campanha e a pré-campanha, porque há uma coisa que se chama responsabilidade comum, que esta direção e em particular o presidente do CDS, não sabem o que é, porque não consegue assumir uma derrota tal como ela é, pelo contrário atira-se com unhas e dentes a quem, como Adolfo Mesquita Nunes, na noite das eleições colocou o dedo na ferida. Francisco em entrevista ao Expresso, dá asas aos seus tiques comunas e em vez de assumir a derrota e perceber o que correu mal não, agradece a Mariana Mortágua ... ter defendido o CDS... não deixa de ser caricato. 




 

Mas foi mais longe. Na mesma entrevista, conseguiu dizer uma coisa e o seu contrário, da forma mais displicente possível, mais uma vez digno um politico de esquerda, dos que transformam as derrotas em vitorias. Passo a citar “ Nós queremos é implementar as bandeiras do nosso partido, ainda que tenhamos de contar com os votos dos outros partidos para o fazer ...”  Convenhamos... Ou implementamos as bandeiras do CDS, e para isso precisamos de votos, ou fazemos acordos aqui e ali, lá se vão as bandeiras do CDS, já vimos este filme antes e por chegamos aqui. 




 

Uma coisa é certa, eu nunca gostei de coligações e sempre que fui chamado a votar coligações, votei contra, fosse com que fosse, e por isso, estou a vontade, mas o argumento que o atual presidente usa, de que no tempo de Paulo Portas era bom pro partido e com ele, o partido arrisca-se a desaparecer por causa das coligações com o PSD. Há uma diferença abismal, não havia ninguém a nossa direita, nem Chega nem IL, e portanto só dependia-mos de nós próprios.

 

A tal falta de honestidade intelectual de que fala o presidente do partido na peça do pasquim do senhor do bolo, é a mesma que ele próprio usa quando transforma uma derrota em vitoria a moda do PCP.


Mas Francisco vai mais longe. Admite que o CDS por até num cenário hipotético, pode ganhar as eleições legislativas com maioria absoluta... Hipoteticamente, é tão verdade agora, como quando Assunção Cristas, assumiu que queria ser primeira ministra  e portanto ...aí de quem resolver atacar Chicão por causa disto ...

 

 






Nota de roda pé. O ar irritado com que o senhor presidente do CDS, deu esta entrevista, revela bem a sua capacidade de lidar com a pressão ainda que seja de um pasquim,  que não tem a credibilidade de outros tempos. 

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Não é o rescaldo, é uma pergunta .




 Vamos lá tentar ser coerentes ...


Como bom Democrata Cristão, resolvi mais uma vez, estar ao lado de quem precisava de apoio nestas eleições autárquicas. E por isso ficarei para sempre grato, pela oportunidade que a Dora Vilhena me deu, de colaborar com a sua candidatura. Foi uma honra, trabalhar ao lado de uma guerreira, que começou do zero, e desenhamos juntos uma campanha que não deixa nada a desejar as campanhas das grandes cidades.

Desenhamos um projecto, para um concelho que precisa de ser revitalizado, e por isso tivemos em conta todos os aspectos que podem servir para revitalizar esse concelho. Fizemos na verdade," 30 por uma linha", para termos na rua uma campanha decente.

O que não fizemos, foi atacar ninguém, não insultamos ninguém, não assustamos ninguém, não usamos as mesmas armas que os outros dois partidos usaram. O PS e o PSD, desceram ao nível de se agredirem mutuamente, durante os últimos dias de campanha. 

Quando pensamos que já tínhamos visto tudo, percebemos que a democracia em Figueira de Castelo Rodrigo, não existe, está nas mãos de meia dúzia de "tiranetes" que não sabem o que é democracia, não consta do dicionário deles. Lamentamos não ter percebido isso antes, e por isso estamos hoje a assistir ao que devia ser um dia como os outros e não pode ser, porque essa meia dúzia, não sabe como lidar com a democracia. Os episódios a que assistimos em Figueira de Castelo Rodrigo, não se podem repetir em circunstância alguma. 

Dito isto, e analisando friamente os resultados, há que dizer a verdade. O PSD tirou partido de uma situação, que nenhum de nós escolheu, o CDS decidiu em Lisboa, ir coligado com o PSD nestas eleições, e o PSD tirou partido disto em todo o território, sendo que FCR não foi  exceção  e por isso, por muito que tentássemos desmontar a dita cuja coligação, as pessoas ligavam a televisão e viam a bandeira do CDS, misturada no laranjal, porque no Caldas resolveram assim... e assim prejudicaram, as candidaturas do próprio partido. 

Quando cada um de nós assume as suas próprias responsabilidades, fica muito mais fácil. Mas como já sabemos todos, o actual presidente do CDS, não é desse tipo, não assume os seus erros, nem os erros da sua direção ou as consequências das suas decisões, não o fez no passado, nem o fará agora. Até porque mesmo quando perde, sofre do síndrome do PCP e passa por vencedor. 

Toda a gente sabe que nos últimos dias brinquei com algumas candidaturas, nomeadamente a de Mirandela, pese embora o facto de ter dito desde sempre que nada faria que pudesse prejudicar o CDS, a verdade é que chegados aqui, e voltando ao facto indecoroso de ver aquele que foi um bastião do CDS, sim Mirandela foi CDS, por isso é doloroso para quem tem memória, ver o CDS em Mirandela, invadido por lacaios do laranjal, os tais que têm um projecto para acabar com o CDS no distrito de Bragança.  Ao que parece,  a praga espalhou-se e chegou agora a outros distritos como a Guarda por exemplo. É por isso nosso dever, como verdadeiros Democrata Cristãos, acabar com esse estado de coisas, redundar concelhias e distritais, fazer uma verdadeira limpeza, no fundo correr com o laranjal de lá para fora. 

Recordo que antes do ultimo congresso, me foi comunicada a proximidade do actual presidente do CDS, com o PSD, dando conta da sua filiação na JSD, não viria mal nenhum ao mundo, até porque o próprio se apressou a comunicar-me que era mentira, porém, nunca veio a publico desmentir-me. Cada um, entende como quiser. O facto de ter passado os últimos 6 meses a trabalhar para o CDS, não muda a minha forma de estar na política, nem a forma de viver a politica tal como ela deve  ser encarada por um Democrata Cristão, coisa pouco vista por aí. Porém há uma pergunta que se impõem, ... eu tenho sempre uma pergunta, ou mais dependendo das circunstancias. E gostava que tivesse pela primeira vez uma resposta, porque é uma pergunta muito simples. Francisco Rodrigues dos Santos, depois destes quase 2 anos de desgraça, tem condições para ir a congresso, já não falo em apresentar moções ... mas ir lá, enfrentar os filiados do partido, aqueles que votaram nele e os outros, que nunca acreditaram nele!? 

terça-feira, 6 de julho de 2021

O silêncio é de ouro.

 Sei que alguns se questionam sobre a razão pela qual, não tenho publicado nada neste blog. Pois é, há coisas que até eu sou capaz de fazer. 

O momento que o CDS atravessa, é um dos mais delicados da sua historia, na verdade o partido não precisa que, a mesma "oposição " interna, que mais não faz do que agir como outros fizeram no passado e só porque, mudaram de barricada deixaram de o fazer. Muitas vezes criticar, é chamar a atenção dos responsáveis, para este ou aquele assunto, que deve ser alertado e levado a quem de direito.

Podemos variar, na forma como o fazemos, com mais ou menos " aparato", mas num partido com 47 anos de historia, acho que todos temos a maturidade democrática de o fazer quando achamos necessário. Eu faço-o desde que sou filiado no CDS. 

Porém, chegamos ao momento em que por muito que discordemos de uns e de outros, poremos todos as nossas diferenças para trás, ou assim deveria ser. Prometi que nada faria, neste período de pré-eleições, que pudesse prejudicar o partido, e assim será até depois das eleições autárquicas. 

Disse também que estaria disponível, para ajudar quem tivesse a humildade de aceitar ou pedir a minha ajuda, como eu pedi algumas vezes em épocas conturbadas como esta, não esquecendo o sentimento de família que sempre nos caracterizou. Nada me deixa mais feliz, do que estar hoje a ajudar numa campanha que está com toda a força, com todo o empenho, com toda a dedicação, com o sentimento da verdadeira Democracia Cristã. Nada me fará mais feliz, do que levar esta campanha a bom porto.

No CDS temos este sentimento, podemos não ganhar eleições, mas o tempo que passamos a tentar ganhá-las,  o sangue, o suor, e as lagrimas, que gastamos durante o processo, o empenho, a alegria, a disponibilidade, a capacidade de decisão que vamos descobrindo, faz de nós mais vencedores que qualquer outro. Podemos ser os mais preparados, os mais eficientes, aqueles que desenharam um programa que encaixa nas necessidades, deste ou daquele concelho, mas no fim podemos ter de lidar com décimas que nos afastam do resultado desejado

Por isso, o que vos peço hoje, é que abram alas, deixem passar o ... tempo de pré-campanha e campanha, aguardem pacientemente pelos resultados. E depois, ter a maturidade necessária, para friamente analisar os resultados. Não é na noite das eleições, como aconteceu nas ultimas legislativas. E já agora, digo-vos o que disse dias depois dessas mesmas eleições. " O programa desenhado para essas eleições, desenhado pelo Dr. Adolfo Mesquita Nunes, era tão mais avançado, que as estruturas do partido, tiveram dificuldades em percebê-lo". Disse-o na altura por estar convicto disso mesmo, repito-o hoje, para recordar alguns arautos da verdade que por aí andam. 

Lembrem-se sempre, que muitas vezes o silêncio é de ouro.


R.A.M.