sexta-feira, 24 de julho de 2020

A devassa da vida humana.

Acho vergonhoso o que se anda a passar com os canis e os gatis, e... afins. A vida de um animal vale a vida um animal, não deixa de ser uma vida... mas também não deixa de ser um animal.

Então e se, esta gente que não tem filhos, por opção e transforma a sua vida em volta de um animal de estimação, tornando a sua vida, numa de devoção ao animal de eleição, olha-se a sua volta e percebessem, que há vida além dos animais, vidas humanas de crianças indefesas e esfomeadas, que não têm o mínimo de condições de higiene, não vivem em camas almofadadas com laçarotes, rendas e rendinhas, não têm o básico.

Então e se... em vez de animais de estimação que tratam como filhos, dessem um rumo a vossa vidinha, adoptassem uma criança por exemplo, ou se ... por exemplo, doassem parte do que gastam na compra do animal, na ração do animal, nas caminhas do animal, nas roupinhas do animal, a uma instituição qualquer que tratasse de ajudar as crianças em Africa.

Esta inversão de valores, esta pouca vergonha, ou vergonha nenhuma, vai levar-nos ao ponto de desvalorizarmos o que é mais importante. Desvalorizar a vida humana, em troca da vida um animal, quando sabemos todos que a vida humana está em risco, não é só perverso, é triste, é perigoso, é anti-natura. Não somos herbívoros, e todos sabemos que o risco de ter um exercito de vegetarianos a criticar o que eu digo ou possa fazer, não estou preocupado, como não estou preocupado com gente que prefere ter um animal, em vez de uma criança.

Provavelmente não merecem o tempo que perco a pensar nisto, e é por isso que ficam as imagens que ilustram o que se está a passar.

É disto que se trata ...
R.A.M.




















segunda-feira, 20 de julho de 2020

Porque é que saí a meio do discurso do Chicão !!



Não sei se já se deram conta, mas ontem pela primeira vez tive a sensação de que o CDS está em processo de auto-destruição. Não sei mesmo, porque também não me importa mesmo nada, se alguém percebeu que a meio do discurso do presidente do partido, tive de sair dali, porque percebi duas coisas, o discurso de Francisco não mudou nada nestes meses todos, e a linha programática do partido também não, e portanto estes 2,1% que as sondagens nos atribuem neste preciso momento, são menos de metade do resultado das ultimas eleições legislativas. 

É muito estranho, termos o mesmo discurso durante 6 meses, percebermos que esse discurso está a "comer-nos" por dentro, e não fazer nada para o alterarmos !! Eu chego a temer pelas capacidades cognitivas de alguns responsáveis partidários, e por isso darei voz a uma ideia  surgida de uma conversa entre aqueles que vivem o CDS desde sempre, e que defende agora que não poderemos aceitar mais filiados, sem antes passarem alguns testes psicológicos, sob pena de virem a assumir cargos para os quais não têm qualquer vocação. E sim, esses acabam por serem responsáveis pelos triste episódios a que temos vindo a assistir. 

Espero honestamente que o CDS, consiga perceber o que se está a passar. Não espero nada desta CPN, porque já mostrou que não se pode esperar nada dela. É como a namorada que nos ...traiu uma vez, e agora tenta tirar-nos a dor de cabeça, não funciona porque o peso dos  cornos é maior do que o peso da consciência, quando a temos .... 

Por isso, ontem pela primeira vez percebi que este CDS, não tem rumo definido 6 meses depois continua a procura de um rumo, tal como a namorada(o) traída(o) que se embebeda todos os dias, por conseguir lidar com traição. O CDS traiu os milhões de Portugueses que acreditavam nele, que votaram nos nossos princípios, na nossa determinação nas nossas opções políticas, nas nossas opções de vida, e é por eles, por todos esses que sempre tiveram no CDS uma âncora, um destino, um elo de ligação com o poder legislativo, é por tudo isso que muitos de nós nos mantemos unidos, não contra uma CPN, não contra o presidente do partido, não contra o CDS, mas porque acreditamos, que tem e deve ser diferente. Que pode e deve ser muito diferente, na sua própria actuação, na sua forma de estar em sociedade, na sua forma de comunicar, na sua forma de fazer política, na sua postura de responsabilidade para com aqueles que em nós votaram e se sentem defraudados, porque não se revêm neste CDS. É por eles que estarei sempre aqui. É por eles que eu, e muitos como eu, estaremos mais unidos que nunca, para não deixarmos que o próximo aniversário do CDS, seja dentro de um quiosque qualquer, porque sim, caberemos lá todos, mais dia menos dia. 


terça-feira, 14 de julho de 2020

Quando faltar ao trabalho, é culpa do patrão !!



Hoje foi publicado um estudo, mais um ... que nos mostra como o Grupo Parlamentar do CDS, perdeu a sua independência.

Depois de assumir a liderança do partido, Francisco Rodrigues dos Santos não teve o discernimento de manter a líder parlamentar que exercia funções antes do congresso de Janeiro.

Não retirando mérito e a competência de nenhum dos deputados, todos eles com provas dadas publicamente, por inerência dos vários cargos que foram desempenhando.Porém, quando a liderança, não sabe motivar os liderados, desmotiva-os e deixa-os numa posição de fragilidade, que pode levar ao sucedido. Verificamos facilmente a influencia da CPN, nas decisões tomadas pelo GP do CDS, o que nos deixa muito preocupados. E correndo mesmo o risco de ser repetitivo, passo a lembrar:

Votação da descida da taxa do IVA, nas facturas da electricidade .
Alteração de uma posição assumida em Congresso, sobre o novo aeroporto de Lisboa.
Aprovação do Orçamento Geral do Estado. 
Abstenção na aprovação do Orçamento Rectificativo.

O mais curioso, é que estes números são muito recentes, e o CDS fruto do desconforto instalado pela CPN, no próprio Grupo Parlamentar conta agora com quase 3 faltas por deputado em praticamente 3 meses, porque Março, Abril e Maio, não aconteceu grande actividade parlamentar, foi mais para lamentar, como de resto todos sabemos.

Seria também muito importante, relacionar a actividade do GP com a postura da CPN desde que esta tomou posse, fazendo seguir uma linha paralela entre as duas partes, com instruções precisas para que assim fosse, o resultado é óbvio, as sondagens reflectem isso mesmo.

Por fim, os deputados eleitos pelo CDS, devem a sua eleição a uma parte dos Portugueses que confiaram neles, uma parte os tais 4,2% que acreditaram no CDS e nos seus deputados, são esses Portugueses que querem uma resposta, não do GP do CDS, mas da CPN que define o rumo das políticas e das decisões tomadas e a tomar. Se no futuro, o CDS continuar com a mesma linha de ação  que tem vindo a usar, continuaremos a afundar-nos nas sondagens e nos resultados em definitivo.


R.A.M. 14-07-2020



segunda-feira, 6 de julho de 2020

Eu da TAP gosto, não gosto é de a sustentar desde o 25 de Abril.




Por acaso é mentira.

Eu digo mal da TAP por várias razões. Não é por gostar dela.

Uma das quais é a forma vergonhosa como tratam os clientes da própria companhia, mas já lá vamos.

Eu falo mal da TAP, porque durante mais de 40 anos, sugou recursos financeiros que fazem muita falta por exemplo, no Serviço Nacional de Saúde .

Eu falo mal da TAP, porque durante mais de 40 anos, foi gerida por incompetentes que levaram a companhia a falência mais que uma vez, e que o Estado Português que durante muito tempo foi o único acionista, teve salvar de cada vez que a empresa se afundava em dívidas. Como todos sabemos.

Lembro-me muito bem de um episódio, no "reinado" do eng. Sócrates em que estive dentro de um avião da TAP, no aeroporto de Lisboa, duas horas à espera de um ministro de Estado que se atrasou e obrigou 250 pessoas a ficarem a sua espera na pista do aeroporto de Lisboa. O mais grave, não foi ter de esperar por um irresponsável que tem um avião para apanhar e se atrasa no trânsito, mas o simples facto de não haver ninguém da TAP, a explicar aos passageiros o que se estava a passar e porque é que tínhamos de estar a espera de quem quer que fosse, e para completar o ramalhete, nem um pedido de desculpas por parte do comandante ou de quem quer que fosse. Escusado será dizer, que foi a gota de água, nunca mais viajei com a TAP, nem do Porto pra Lisboa.

Porém, o "portuguesismo" é uma coisa que está entranhada dentro de nós, e Dr. Frasquilho pensa que pode capitalizar em cima, desse sentimento patriótico, de defendermos o que é nosso. É por isso que reverter a privatização da TAP, é tão estúpido hoje como foi em 2015, quando a geringonça assaltou o poder sem ganhar eleições, e já agora também não é de mais lembrar de quem foi a ideia de criar uma solução destas, porque as pessoas tendem a esquecer-se, mas eu não. Chama-se Marcelo Rebelo de Sousa, fazia parte de comentador político, e hoje é Presidente da Republica. O que acontece agora é que um dos acionistas privados da TAP, come cerca de 22% do capital, não está disposto a compactuar com a falta de vergonha que reina naquela companhia. O que nos leva ao ponto nevrálgico da situação. A TAP foi mal privatizada, o Estado devia ter saído do capital por inteiro, e assim abstraia-se de responsabilidades, e hoje não teríamos de estar a braços com mais um encargo que não se vai saber de quanto será, fruto das decisões políticas tomadas por uns e outros, incluido o Dr. Frasquilho, por isso algum decoro na forma como o assunto é abordado, não lhe ficaria nada mal.

sábado, 27 de junho de 2020

Vamos fazer contas .

Porque urge repor a verdade.  Fazemos aqui um exercício de memória para quem está realmente preocupado com o futuro do CDS. 

Como todos já devem ter percebido, o actual presidente do CDS não correspondeu até ao momento, aquilo que o congresso esperava dele. Não correspondeu ele, nem nenhum dos seus vice-presidentes. E já agora convinha lembrar, que saídos do congresso, só um dos então candidatos que criaram esta "geringonça" centrista, se mantém nos orgãos do partido, como vice-presidente. E fazendo rapidamente as contas, percebemos que dos 14,5% que Filipe Lobo d'Avila reuniu,  uma parte veio de Carlos Meira, pode ou não ser residual, uma parte por ventura ainda mais irrelevante, veio de Pedro Borges de Lemos, e o grosso dos votos extra, chegaram via Abel Matos Santos, com cerca de 100 votos. 

Isto prova que Francisco Rodrigues dos Santos, reuniu por desistência dos mesmos três candidatos, votos que contribuíram para os tais 31% que reunidos com os 14,5% de Filipe Lobo d'Avila conseguiu, servem para o manter no poder. 

Ou seja, nada de novo, nada que não se tenha passado anteriormente . O problema é que o CDS, precisava de um líder que se afirmasse de imediato, e o actual presidente saído do último congresso, continua a cair nas sondagens, o que nos leva a pensar que se o Congresso fosse hoje, FRS não conseguiria 31% dos votos, FLA podia não chegar aos 14% e os restantes "aspirantes" a lideres, teriam ainda menos relevância que naquela altura . 

E não, a culpa não é da pandemia, nem de vírus nenhum, deve-se ao simples facto  da agenda política do CDS, se focar em temas completamente fora do contexto e que se tornam de tal forma irrelevantes, que colocam em risco a própria sobrevivência do partido. Não sendo necessário fazer muitos comentários sobre o que foi, até hoje a actividade do CDS, todos temos noção do que tem sido e todos percebemos que tem de ser diferente. Mas a questão é, até onde este CDS quer chegar!? É que se houvesse eleições legislativas hoje, o CDS elegeria 1 deputado ficaria ao nível do que é hoje o Chega, haveria como que uma inversão de posições, e se não fizermos nada, é o que vai acontecer. 

A reflexão que temos de fazer, é sobre a forma como escolhemos os líderes do CDS, e convém já agora lembrar que, depois de um "memorável " Conselho Nacional em Óbidos, que se seguiu ao Congresso salvo erro da Batalha, e que culminou o dito CN, em eleições directas, que ditaram o regresso de Paulo Portas à liderança do partido. Eu estou a vontade, nunca fui um fervoroso, defensor de Paulo Portas, como todos sabem e por isso ninguém me poderá acusar de estar a promover o regresso de Paulo Portas, porque nem é disso que se trata, se bem que nesta altura já nem o próprio aceitaria voltar. E portanto, a falta de uma liderança forte, obriga-nos a pensar que num momento em que precisávamos de um CDS que desmontasse a actuação do Chega, temos um CDS que amorfo, anestesiado por ação de alguns avençados, que mais não fazem do que "envenenar" o que resta da direita democrática em Portugal, o Chega não representa obviamente essa direita, e o CDS não se assume como líder de uma direita democrática que continua órfã . 

Fazendo as contas, dos 46,5% que FRS reuniu em congresso, valem hoje 1,2% dos votos dos Portugueses, e portanto essa direita democrática, tenciona votar em alguém que não o CDS porque 5 meses depois, perdemos a nossa relevância, deixamos de ser uma referência à direita do PSD, caiu a tal parede à nossa direita e o quintal foi invadido. Vai sendo hora de acabar com este estado de coisas. 




A moção de estratégia global Voltar a Acreditar, de Francisco Rodrigues dos Santos, ganhou com 671 votos, 46% do total, ficando à frente da proposta de João Almeida (39%), por mais 109 votos.

Filipe Lobo d’Ávila, outro candidato à liderança do CDS, com a moção Juntos pelo Futuro, ficou em terceiro lugar com 209 votos, cerca de 14,5%. Votaram 1449 congressistas.

Congresso do CDS. Abel Matos Santos desiste a favor de Francisco Rodrigues dos Santos

25 jan, 2020 - 20:32 • Eunice Lourenço

Rodrigues dos Santos é a única pessoa "com condições para que possamos realmente ter a direita a governar Portugal", acredita Matos Santos.


Pedro Borges de Lemos também anunciou apoio a Francisco Rodrigues dos Santos. Este militante é o primeiro subscritor de uma das 12 moções de estratégia global, mas uma das sete que não tinha associada uma candidatura à liderança.
Ainda assim, anunciou que não levará a sua moção a votos porque apoia o líder da Juventude Popular (JP) que é candidato a presidente do CDS.
R.A.M.
27-06-2020 

domingo, 21 de junho de 2020

Eu quero é que o CDS, seja motivo das conversas de café !!

É muito triste ter de vir outra vez, pegar num excerto de uma entrevista de um ... presidente do CDS, que se desdobrou toda a semana em entrevistas... deve ser uma canseira. Infelizmente, mais uma vez o Kikinho, não esteve a altura.

Comecemos pelo início. " ... não foi certamente por minha culpa, que nasceram partidos a direita do CDS...".  Era o que mais nos faltava que agora, o presidente do CDS, se quisesse demarcar das responsabilidades de todos. Não será seguramente culpa de ninguém, mas de uma série de factores externos e internos, que permitem hoje, que assim seja. Sacudir a agua do capote, para ficar bem na fotografia, não me parece de todo o mais correcto.

E Francisco continua : " ... acho inacreditável é que algum jornalismo queira imputar esse facto, á minha liderança..." No momento que percebemos que precisamos de todos, acusar os jornalistas, de serem responsáveis, pelos nossos próprios erros, não é só mau, mas é acima de tudo contra-producente. O CDS precisa dos jornalistas nas suas boas graças, e não desta crispação granjeada pelo próprio presidente do partido.

A frase seguinte é ainda mais chocante, e agora apelo ao sentido de humor que o presidente do partido tanto admira, para tentar ser o mais claro possível, porque já percebi que há gente que tem uma enorme dificuldade em perceber, que isto não são apenas criticas avulsas. "... quero sim que o CDS seja, um tampão e uma fronteira de todos os extremismo ..." A escolha das palavras, é perigosa porque a língua Portuguesa tem esta elasticidade , eu pessoalmente usaria "fronteira" antes do "tampão", não tenho nada contra os tampões, nem muito menos contra os pensos higiénicos que segundo me dizem, já ninguém usa, mas a falta de cuidado no uso da palavra pode muito levar-nos para o tal discurso de Chicão aos "manos" do Big Brother.

É muito triste, percebermos que um curto post, pode ser uma bomba relógio sem hora marcada para explodir, porque a frase seguinte, consegue ser ainda mais incomoda que as anteriores "... e não contam com o CDS para alimentar devaneios, conversas de café, discursos que são corrosivos e disseminam o ódio na nossa sociedade..." Juro que não percebo porque é que uma conversa de café, pode disseminar o ódio, a menos que a linha de orientação do partido seja de tal forma radical que aí sim, pode ser usada para disseminar o ódio e o radicalismo. Mal do CDS se não for conversa de café, se não for falado nas ruas, se não estiver na cabeça das pessoas, pelas boas razões.

E é por isso que chegamos ao último parágrafo, com. uma referencia as bandeiras do partido. A experiência do passado, mostrou-nos que pegar em bandeiras que os Portugueses olham com desconfiança, e desfralda-las de novo, não o caminho a seguir. Mas como eu não percebo nada disto, pago para ver.  Podemos não defender as bandeiras da direita radical, mas não  devemos de todo ostracisar as mesmas, desmontar o discurso radical é mais fácil se pegarmos nas tais bandeiras conotadas com o radicalismo de direita, e explicar aos Portugueses que aquele não é o caminho, que afinal há mesmo um outro caminho e não passa por extremismos parolos.

R.A.M.
21-06-2020


sexta-feira, 12 de junho de 2020

Descolonizar

É triste meio século depois da descolonização, termos nas ruas de Portugal gentalha a pedir para ser descolonizada !!!

O que é preciso descolonizar, são aquelas cabeças cheias de argumentos infundados, incutidos por uma geração de professores(as) que nas terras deles, ensinaram ou manipularam aquilo que os regimes vigentes na altura lhes impuseram.

É essa geração que é exportada para a Metrópole, com a intenção clara de se vingar, das mentiras e das atrocidades que apreenderam nas escolas, em Angola, em Moçambique, em Cabo Verde e mesmo no Brasil.

Os actos praticados nos últimos dias em Lisboa, são actos da vandalismo e alguns deles roçam o terrorismo, e portanto se ficarem impunes, com toda a video vigilância que há na capital, será uma mensagem entendida por esses terroristas, como aceite . Humilhando assim desta forma, os milhares de Portugueses que os acolheram, que os ajudaram e ajudam, que os recebem de braços abertos .

Ao contrário do presidente do CDS, não vou comparar os actos de vandalismo, com actos do estado islâmico, não é só perigoso, como é inconsequente, mais uma vez o radicalismo de Francisco Rodrigues dos Santos, veio à tona, e deixou-nos à toa.


R.A.M.
12-06-2020