segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

As... incongruências do CDS, são cada vez mais evidentes!!

Quando um Conselho Nacional, decide como diz Francisco Rodrigues Dos Santos, com uma confortável maioria, porque é que o presidente do partido tem de enviar explicações por escrito aos filiados? 

Vejamos então porquê.

 Caro amigo (a),

 

Como é do seu conhecimento, o Conselho Nacional reuniu no passado sábado para deliberar a sua posição nas próximas eleições presidenciais. Sob proposta da Direcção, aprovou-se, numa votação muito expressiva, o apoio do partido à candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa.

Quero, de forma directa, transmitir-lhe as razões fundamentais desse apoio, e que fundamentaram a proposta que apresentámos, e também dar-lhe nota de que a decisão tomada não podia, de forma nenhuma, antecipar-se ao anúncio da decisão pessoal dos candidatos, em especial daquele que, há 5 anos, foi eleito com o apoio do CDS.

Apresento-lhe, assim, 15 razões que explicam e defendem a nossa escolha:

Como é do seu conhecimento, não poderia ficar sem as respostas, ponto por ponto.Folgo em saber que foi uma maioria expressiva, mas que depois de ter anunciado números que não correspondem a verdade, cautelosamente não os repete, o que já pode ser indicativo de alguma coisa. 

 

1. Um partido com a relevância histórica e política do CDS não podia deixar de ter uma posição clara sobre estas eleições. Renunciar a tomar partido condenaria o CDS e os seus valores a uma irrelevância política inaceitável. Por outro lado, no passado, o exercício dos poderes presidenciais ao serviço de interesses partidários, prejudicaram o CDS e os portugueses: foi assim em 2004 com a dissolução do Parlamento e fui assim em 1996 quando, nos Açores, o Presidente recusou dar posse a um governo de aliança entre o PSD e o CDS, dando início a um consulado do PS de 24 anos na região, que só agora terminou.

Um partido com a relevância política do CDS, devia apresentar um candidato próprio, mas como a nossa relevância política anda pelas ruas da amargura, vamos pendurados num candidato qualquer, ainda por cima de esquerda... Boa Francisco !! 

 

2. As candidaturas que se apresentam à direita não são idênticas, nem é indiferente ao CDS qual delas recolhe os votos do seu eleitorado. A afirmação de partidos políticos que concorrem com o CDS através de candidaturas próprias não só é um expediente que contraria a natureza destas eleições, como divide o eleitorado e enfraquece a construção de uma alternativa ao socialismo, pondo assim em causa os objectivos do CDS.

Os objectivos do CDS, não são os mesmos que o da direção do CDS e portanto temos um problema grave. Os objectivos do presidente do CDS, resumem-se a sua extinção, como de resto já deixou bem claro.

 

3. Marcelo Rebelo de Sousa apresenta-se como um candidato verdadeiramente independente, suprapartidário, que sobrepôs o interesse nacional aos interesses dos partidos, do espaço do centro direita e defensor da democracia liberal. É o candidato que une em lugar de fragmentar e é até quem os seus críticos desejam que seja eleito – ninguém acredita que preferissem verdadeiramente qualquer outro dos candidatos no lugar de Presidente e só a confiança na sua vitória lhes dá espaço para o criticar.

É tão independente que, criou a geringonça, segurou a geringonça durante 4 anos e aceitou um governo sem suporte parlamentar, para continuar a governar da forma que lhe dá jeito. Muito independente. 

 

4. Marcelo Rebelo de Sousa defende os valores da democracia liberal, do humanismo personalista, e respeita os valores cristãos e ocidentais que nos distinguem enquanto nação antiga, livre e soberana, tudo bandeiras caras ao CDS desde a sua fundação.

 Colocando em causa a nossa soberania, com a promulgação de 5 Orçamentos Gerais do Estado, que nos condenam a uma nova banca rota.


5. Além disso, é um herdeiro da Aliança Democrática: foi ministro de um governo AD e candidato autárquico em coligação PSD/CDS. Enquanto Presidente da República, foi o único a ter a coragem de defender as conclusões da Comissão de Inquérito que concluiu que o acidente de Camarate que vitimou Amaro da Costa e Sá Carneiro foi um atentado.

Tendo como resultado prático, uma mão cheia de nada. Querem uma medalha por não haver culpados? 


 

6. Marcelo Rebelo de Sousa é um garante de estabilidade, tão necessária nos tempos de grave crise económica, social e de saúde pública que atravessamos. O respeito, pelas regras do sistema democrático e pela moderação são apanágio dos conservadores. A Presidência da República precisa da experiência, mundividência, confiabilidade e segurança que só Marcelo Rebelo de Sousa representa.

Claro que para evitar a crise económica, Marcelo não fez nada, apenas promulgou os OGE sem pestanejar, para evitar a crise social Marcelo fez mais que qualquer um, esteve com o povo, tirou selfies a torto e direito, andou pelas ruas quando não devia, anunciou a sua recandidatura numa pastelaria, tudo em prol da saúde publica e social.

 

7. É um seguidor da Doutrina Social da Igreja e isso reflecte-se na profunda ligação que tem com o povo, em particular com os mais desfavorecidos, com os mais pobres, com os sem-abrigo. É o Presidente de todos os portugueses e para todos fala de igual forma, demonstrando que a sensibilidade social não é monopólio da esquerda.

Na prática, Marcelo serve-se dos sem abrigo para fazer campanha. Já agora... Quantos sem abrigo, havia antes de Marcelo tomar posse, e quantos há agora por esse país fora ?

 

8. A sua proximidade aos portugueses e a sua independência dos outros poderes afirmaram-no como verdadeiro pilar moral e afectivo da Nação, e a sua intervenção decisiva nos momentos mais difíceis da nossa história recente, quando o governo socialista falhava clamorosamente, transmitiu a esperança e o conforto onde faltavam.

Parece uma piada de muito mau gosto. Nos incêndios de 2017, Marcelo substitui-se ao governo e foi comandar as operações para Pedrogão Grande, recentemente dedicou-se a ter reuniões com os profissionais de saúde, e a servir da porta-voz das mesmas, tentando fazer-nos acreditar a todos, que sabiam do que estavam a falar.

 

9. Liderou a gestão política na reacção à pandemia da Covid-19e forçou a declaração atempada do estado de emergência, exigindo medidas de contenção da doença e das suas cadeias de contágio, salvando assim inúmeras vidas.

 Atirou o país inteiro para um confinamento que não evitou que a pandemia voltasse ema força, e não foi por culpa dos milhares que perderam os empregos e os postos de trabalho criados durante uma vida. Querem que lhe agradecemos por isso !? Por ter tomado medidas que desgraçaram a vida de milhares de Portugueses, com o pressuposto de que a UE nos iria ajudar!!? Esquecendo-se quem não há almoços grátis.


10. Indiferente aos interesses partidários, só neste primeiro mandato já vetou 23 diplomas, quase tantos como o seu antecessor em 10 anos e, mesmo no ano da sua recandidatura, usou sempre o veto em defesa do interessa nacional e não da sua agenda pessoal.

Porém, apoiou por alguma razão, a substituição da Procuradora Geral da República. Medida que só por si, deita por terra a toda a sua independência.


11. Por exemplo, vetou a Lei de Mudança de Género, a Lei da Gestação de Substituição, a Lei de Bases da Saúde, a Lei da Nacionalidade, bem como as alterações à Lei de Financiamento dos Partidos, defendendo a Família e a transparência. Esses vetos foram aplaudidos pelo CDS e traduzem uma visão do exercício da Presidência da República com a qual nos identificamos plenamente.

Vetar leis estúpidas e absurdas, é o que minimo que se pode exigir ao PR em exercício. Mal do partido que não se identifica com esse exercício.


12. Já este ano, vetou a redução dos debates sobre Europa e as alterações à Lei das Petições, que visavam diminuir o seu debate em plenário, contra as quais o CDS se bateu, opondo-se ao PS e ao PS. Mais recentemente vetou as alterações ao Código de Contratação Pública, dando um sinal claro de que a não recondução do Presidente do Tribunal de Contas pelo Presidente da República não significou uma menor exigência da Presidência no controle da gestão dos dinheiros públicos.

Mais dois vetos de extrema relevância, ao nível da do CDS, sobre uma Europa a desfazer e as petições que não servem para nada. Sobre as alterações ao código de trabalho, se tivessem acontecido seria o fim de muitas empresas e por isso, o governo agradeceu ao PR, que nãos promulgasse. Quanto ao tribunal de contas, o PR não tem que gerir os dinheiros públicos, mas sim, deve providenciar para que os mesmos sejam usados em conformidade com as necessidades Nacionais. Coisa que nem sempre é verdade.

 

13. A instabilidade política que se avizinha, e o provável declínio do apoio popular ao governo socialista reclamam do Presidente da República o exercício equilibrado e equidistante dos poderes presidenciais, que não precipitem artificialmente eleições legislativas nem impeçam a formação de compromissos ganhadores e a construção de um projecto alternativo ao socialismo. Só uma votação expressiva e a eleição na primeira volta garantem a Marcelo a força necessária para arbitrar, sem ceder a pressões, o sistema político.

Ou seja, o que o presidente do CDS entende é que, não convém mesmo nada haver eleições agora, e portanto o PR tem de ter condições, adquiridas nas urnas de voto . Não percebo que tipo de pressão pode exercer um partido sem qualquer relevância política no momento!!? 

 

14. Nunca em Portugal um candidato do centro direita foi eleito numa segunda volta disputada: a história mostra que os candidatos do nosso espaço ou são eleitos à primeira volta, ou não são. É fundamental, por isso, que o nosso eleitorado se saiba unir e não pulverizar o voto, rejeitando firmemente projectos aventureiros e perigosos.

 O projecto de ter Marcelo Rebelo de Sousa, por mais 5 anos em Belém, é perigoso e é uma aventura que nos vai sair muita cara a todos, os pagantes de impostos.


15. Marcelo dignificou o Estado português no estrangeiro, e soube representar Portugal com orgulho e respeito pela sua história, exercendo uma diplomacia inteligente e fortalecendo a unidade nacional com as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

Desde a sua primeira visita oficial ... a Cuba, para visitar um "democrata dos 4 costados" que dava pelo nome de Fidel Castro, muito dignificado ficou Portugal esta visita para não falar em outras que foram igualmente vergonhosas... 

 

Marcelo Rebelo de Sousa foi o candidato do CDS há 5 anos. Apoiar a sua recandidatura não é só honrar o património do CDS, é também um imperativo para quem defende a democracia liberal e rejeita os extremismos e radicalismos. Ao lado de todos os ex-presidentes do CDS que já lhe manifestaram o seu apoio, apelo, por isso, ao seu voto e ao seu empenho na eleição de Marcelo Rebelo de Sousa na primeira volta das eleições presidenciais.

 Ainda que fosse verdade, o simples facto de todos os ex-presidentes do CDS supostamente apoiarem esta re-candidatura, não significa que os filiados no CDS estejam obrigados de alguma forma, a seguir o mau exemplo. Para se assumir como um partido de direita, o CDS terá de fazer mais do que estar ao lado de Social Democrata, que como todos sabemos, não representa a direita Portuguesa, nem nunca foi representante da direita Portuguesa. Por isso, com o meu voto não contou no passado, nem contará no futuro. 


Com estima,

 

Francisco Rodrigues dos Santos

Presidente do CDS-PP


Rui Alexandre Moreira

O tipo que gosta de chatear o presidente do CDS. 

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