segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Vamos lá explicar por que é que, os motoristas da matérias perigosas vão de greve .

As razões da greve estão aqui bem explicitas, para quem ainda tem dúvidas e parece que custa perceber . Não queremos atribuir culpas a ninguém, mas que há aqui responsáveis, há de certeza e ninguém, me parece menos ou mais culpado.

Vejamos, os representantes dos motoristas que negociaram isto, ...isto leia-se 630.00€ de vencimento base, o que significa que mesmo levando para casa 1890.00€ por mês, no final de uma carreira contribuitiva, um motorista vai ver a sua reforma reflectida, no seu salário base de 630.00€.

Quem negociou isto, sabia perfeitamente que o nosso, ou a maioria do que um motorista de pesados que transportam matérias perigosas, fica de fora do calculo para efeitos de reforma, porque os descontos são feitos sobre o vencimento base .

E se para os patrões, é completamente indiferente, para o Estado não o é, porque no futuro vai desembolsar menos com as reformas dos motoristas se este estado de coisas, não for alterado . Para o sindicato é vergonhoso, ter aceite uma situação que agora vêm, ser usada pelos próprios interessados contra si mesmo.

A greve seria mais ou menos pacifica se não estivéssemos em Agosto ?! Provavelmente seria, e não obrigaria a uma requisição civil, e já agora, porque é que surge a requisição civil . A requisição civil surge, porque o "governo" lá do alto da sua arrogância, decretou serviços mínimos acima do necessário, que nunca seriam cumpridos, porque os serviços mínimos devem ser segundo os que a lei determina, e não os que um certo "ministro" resolve decretar .

Como este "governo" resolveu envolver as forças policiais no processo, ao abrigo da lei da Requisição Civil em vigor desde 1974, o senhor Presidente da República teve de ser consultado antes da requisição ser decretada . Quem não acatar esta requisição, entra em violação grave da lei, segundo está escrito e explicado, e por isso todos os partidos com assento parlamentar estão ao abrigo da lei forçados a acatar essa decisão . E por isso o CDS hoje, como lhe competia, veio assumir isso mesmo, que ao abrigo da lei vigente, teria de apoiar a decisão do "governo" sobre a requisição civil .

Este recibo prova, que num Estado de direito, há Portugueses de primeira, e Portugueses de segunda ou terceira, uns recebem legalmente acima da lei vencimentos obscenos isentos de taxação, outros não podem porque, não são motoristas de matérias perigosas .

R.A.M.

Sem comentários:

Enviar um comentário