Neste jardim,
À beira mal plantado,
O que importa sim...
É ser letrado .
Se o canudo,
É real ou comprado,
Não importa nada,
Desse que se torne num pau
mandado.
Porém, se for um tipo de
direita,
É na verdade um crime
consumado,
Se for um merdas da esquerda “perfeita”
É um “ doutor “ muito bem
formado .
Assim se vê a diferença,
Entre um douto letrado
Na sua soberba presença,
Perante aquilo que ele chama
de proletariado
Esta grande diferença
Entre um comuna encartado,
E qualquer doutor de direita à
nascença,
É que o primeiro, continua a
viver em Lenninegrado.
E o segundo, não faz qualquer
diferença .
O primeiro continuará a viver
o imaginário,
E o segundo brilhará apenas com a sua presença,
Ainda que, na sua mente seja
um presidiário .
Sujeito a regras do passado,
Dignas de países comunistas,
Um regime morto e enterrado
Mas que sobrevive, graças aos
jornalistas .
É assim em Portugal,
Um vendedor de jornais,
Outro de revistas,
Passeiam pelos canais .
Tentam não dar nas vistas
Mas envolvem-se em relações
carnais,
E acabam desfeitos em
entrevistas
Pelos mesmos a quem pagam.
Os tais ...jornalistas
Que mais não querem se não
...
Estar nas listas,
Não importa quais .
Desde que sejam mistas
E não sejam dos jornais .
É assim neste país à beira
mar plantado
Onde se fala de mais, em vez
de comer calado .
(continua um destes dias )
R.A.M.
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