Outra vez a AD.
Quando há semanas, me pronunciei sobre os destinos da nova Aliança Democrática, nada fazia prever que o CDS se deixasse enganar mais uma vez, ou voltasse a ser humilhado de forma indecorosa como está a ser neste momento.
O CDS elegeu sempre ou quase sempre um deputado em Aveiro, neste cenário com esta configuração, o CDS não elege em Aveiro.
Em Beja o CDS cresceu e agora volta a desprezar o trabalho feito durante anos, sem ninguém em lugar elegível.
Tradicionalmente, o CDS elegia um deputado por Braga, com esta coligação, essa possibilidade está totalmente afastada, o primeiro nome do CDS nesse ciclo aparece em 11º lugar nas listas.
Em Bragança, depois de em 2019, ficar a 4 décimas de eleger um deputado, desgraçaram tudo por causa do PSD e agora, quando tem a possibilidade de voltar a crescer num distrito complicado como este, volta a entregar o ouro ao bandido.
Castelo Branco é um caso de estudo, porque sempre teve uma posição forte dentro do próprio CDS e hoje é a desgraça que se vê à vista desarmada.
No distrito de Coimbra, o CDS não apresenta um nome que se sobreponha aos apresentados pelo PSD, o que é de estranhar.
Em Évora, curiosamente ou não, o CDS aparece em 3º, ou seja, num distrito onde não é suposto eleger ninguém, a coligação dá o terceiro lugar ao CDS. É para agradecermos!?
Para o ciclo de Faro, o CDS aparece em 7º de 9, o que revela mais uma vez, a boa vontade dos parceiros de coligação.
No distrito da Guarda, O CDS aparece com o primeiro suplente...e assim vamos indo!!
Para Leiria em 10, o CDS é oitavo na lista.
Em Lisboa, o CDS aparece vergonhosamente em 4º, repito vergonhosamente, porque não temos força para mais. O segundo elemento do CDS, vem em 16º...
Pela Madeira, em 6 voltamos a ser 5ºs, não é tão bom ...
Em Portalegre voltamos a ser suplentes em 1º.
No Porto, somos n.2 sim, mas o segundo do CDS aparece em 16º.
Para Santarém, em 9, aparecemos de novo em 7º.
Em Setúbal, aparecemos de novo em 7º mas é em 16 nomes, já não é tão mau...
Viana do Castelo, em 6, deixaram-nos o 4º lugar.
Em Vila Real de 5 somos outra vez o 4º lugar.
Para o ciclo de Viseu, em 8 lugares voltamos a 7º.
Como se isto não bastasse, o senhor presidente do partido resolveu com a excelsa direção a que preside, chamar a si, o preenchimento dos lugares que normalmente seriam escolhidos pelas estruturas locais e distritais, e posteriormente levados a Conselho Nacional e aprovados ou não. Entendo que, neste contexto a direção e o presidente do partido, até para salvaguardarem a sua própria posição, deviam seguir as normas estatutárias e delegar em cada uma das estruturas distritais a eleição dos nomes para a AR, como de resto se fazia no tempo do CDS.
Não sendo assim, a Democracia Cristã Portuguesa, corre o risco de simplesmente desaparecer, uma vez que a representação do partido na AR é mais uma vez colocada em causa por decisões unilaterais, que só prejudicam os Portugueses e acima de tudo, os Portugueses que durante décadas acreditaram no CDS.
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