Portas ou aqueles que estavam com ele, fizeram tudo para segurarem os lugares, incluindo moções de censura quando foi necessário. Mas mantiveram o partido unido, porque os que se davam ao "luxo" de os criticar eram muito poucos... na verdade, era eu e mais 2 ou 3, mas uma coisa tenho que salientar, nunca Paulo Portas deixou de responder a um e-mail meu ou a uma carta minha, ou ele ou alguém do seu gabinete, tinha tempo de me responder, de uma ou outra forma. E também por isso, manteve o partido unido, por muito que discordássemos de muita coisa e concordássemos em tanta outra. Simplesmente havia uma coisa fundamental, que agora não existe, diálogo.
Francisco e e acólitos, entrincheiraram-se no Caldas, cercados de medidas absurdas, impondo regras a eles próprios, que já nem os partidos de esquerda se usam. Optaram por ignorar quem com a melhor das intenções tenta alerta-los para o que está a acontecer, não é só estupidamente arrogante, como mostra uma profunda falta de preparação para ocupar o cargo de presidente de um partido, onde sempre se cultivou o respeito mútuo, a dignidade de cada um, independente das diferenças de opinião, a partilha de experiência, o colocar ideias em prática, ou simplesmente sair do Caldas e correr o país de uma ponta à outra, contactar com as bases, olhos nos olhos, sentir-lhes o pulso, perceber o que eles pensam.
Por muito que nos esforcemos, não veremos o actual presidente do CDS fazer nada disto. Porquê !? Muito simples. Francisco Rodrigues dos Santos, foi eleito com os votos de uma casta de perdedores, perdedores que já desertaram da sua direção e muitos deles, desertaram semanas depois do congresso. O último é um desertor recorrente, deserta quando o barco começa a meter água e volta depois dos remendos feitos, sim Lodo D' Avila, desertou duas vezes, mas nunca deserta sozinho, é uma espécie que não sobrevive em alto mar, se é que me faço entender. Porém, ficará para sempre ligado ao partido que tinham 4,4% antes do congresso, e está reduzido a ...0.3% das intenções de voto dos Portugueses. Sim, eu tenho memória.
Eu estive em vários Conselhos Nacionais, e em alguns deles posso dizer-vos que o ambiente, não era o melhor, havia sempre um amargo de boca, ou uma boca mais arrojada, algumas arrancavam algumas gargalhadas, talvez o meu sentido de humor, mais refinado, tivesse alguma culpa, mas a verdade é que isso só era possível, porque naquela altura, o CDS funcionava como uma família, onde os filhos discutem à mesa os problemas do dia a dia, e depois resolvem sair dali e ir beber uns copos como os irmãos devem fazer, mantendo o espírito de família. Ou no meu caso, só mesmo para estarmos todos juntos, a falar mal de uns e de outros, e bem de outros e de uns. Para não meter família nisto, que não vale a pena mesmo.
Este CDS deixou de ser uma família, não passa de um bando de putos empertigados, com a mania que sabem o que estão a fazer, e que ainda por cima, estão assentes no pressuposto de que, os que apoiam a sua postura, sabem muito bem como o fazer. O resultado é este. Uma vergonha.
E como uma vergonha nunca vem só, espero honestamente que a Conselho Nacional de Jurisdição, altere a ordem de trabalhos do próximo Conselho Nacional, e introduza o novo ponto na ordem de trabalhos, a solicitar um congresso electivo, tão breve quanto possível, como de resto já foi solicitado por mais de 1/5 dos Conselheiros Nacionais. Se isto não acontecer, temo que o partido não chegue a eleições .
R.A.M.
03/02/2021
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