Um general, não abandona as suas tropas .

                                   

Este é daqueles assuntos, que eu até considerava deixar passar sem comentar, ou sem dizer mais nada, mas a verdade é que o CDS continua a ser muito mal tratado. 

E agora é mal tratado, não só por quem critica a atual direção mas agora também, para completar o ramalhete, temos agora alguns deputados de outros partidos, a criticarem a decisão do presidente do CDS, de se oferecer como voluntário das forças armadas . 

Muitos dirão: E então, qual é o problema !? 

Bom, para um português corrente... nenhum problema, mas para o líder de um partido, tem desde logo implicações legais que convém esclarecer. Deixemos isso para quem, se quiser debruçar sobre a questão da legalidade, e passemos ao problema na prática .

O problema é que, o presidente do CDS, escolheu servir o País, assumindo a presidência do CDS, em 26 de Janeiro pp, e esta semana, resolve ir servir a pátria como voluntario das forças armadas, o que demostra que afinal o presidente do CDS, tal como já tínhamos percebido, não tem a maturidade necessária para assumir as funções para que foi eleito.

Pese embora a gravidade do momento, e a delicadeza com que devemos tratar a política, neste momento em que devemos estar todos unidos em volta do interesse Nacional, quem defende o CDS e o seu bom nome, não pode estar a espera que seja ele quem que tenha sido eleito, presidente do partido, resolva desertar da presidência que assumiu para ajudar Portugal a ser melhor .

O atual presidente, assumiu para si que é mais importante uma decisão pessoal, a sua ... vocação militar, pelo cargo para que foi eleito em Janeiro . Isto não abona em nada, a favor do partido, ou da recuperação que o partido precisa de fazer, até ao próximo ato eleitoral, mas apenas e só promove a figura de um suposto líder, que prefere assumir a sua vocação militar, ao desígnio de liderar o CDS . 

Como já todos sabem, eu não sou politicamente correto, nem nunca vou ser, e por isso, os que desejarem criticar este post e dizerem o que lhes vai na alma, espero que se lembrem, de quem assume um lugar de liderança, deve estar preparado para o bem e para o mal, para exercer as suas funções de líder do partido, em tempo de guerra e de paz, que deve estar a frente do CDS, em tempos de crise e em tempos de bonança, e portanto para o CDS, ter um líder que coloca a sal vocação pessoal, acima dos interesses do partido, não é só grave, é perigoso, porque vamos ter que mais uma vez, todos nós filiados no partido, ter que justificar a decisão do presidente do partido, outra vez ... 

O CDS não merece continuar a ser tratado assim. Um general não abandona as suas tropas .

R.A.M. 

Porto 22 de Março de 2020