sábado, 4 de maio de 2019

Já vimos governos legitimamente eleitos, serem demitidos por bem menos .





Que António Costa era um político habilidoso, já todos sabíamos, o que não sabíamos era que teria o descaramento de usar essa sua habilidade, para tentar escamotear a maior farsa de que há memoria em democracia. 

Um “governo” engendrado entre falhas graves de uma constituição da República Portuguesa, descobertas por alguém que naquela altura era professor de direito constitucional, e que hoje calha ser Presidente da República, e que por isso depende de uma maioria parlamentar que não existe, sem cedências entre as esquerdas unidas, uma espécie de guisado à moda do 25 de Abril, mas sem cravos, a chamada geringonça mais não fez do que espalhar o caos em que se viram mergulhados, por manifesta incompetência governativa, nada a que o PS já não nos tenha habituado . 

Desde as promessas pré-eleitorais que valem o valem, e que incluíam a determinada altura acabar com o congelamento de carreiras da função publica, nomeadamente dos professores, os tais 9 anos, 4 meses e 2 dias de trabalho, até à devolução dos fundos dos lesados do BES, ou do Novo Banco, e quanto ao NB muito haverá ainda por esclarecer. 

Voltando à ameaça do Dr. Costa, esta vergonhosa tentativa de mais uma vez se colocar em bicos de pés e enganar tudo e todos, não passará impune . Há em Portugal e dentro daquela Assembleia da República, pessoas competentes para ao abrigo da legislação Portuguesa resolverem a questão da demissão do Dr. Costa, são os mesmos que votaram a semana passada o diploma que devolve aos funcionários públicos, 9 anos, 4 meses e 2 dias de trabalho numa carreira contributiva, da qual vai depender a sua reforma no futuro.

O que na verdade António Costa quer, é desviar as atenções de casos como aquele em que teria mais razões para se demitir, lembro Junho de 2017 Pedrogão Grande onde morreram 150 pessoas , do que uns míseros 0,4% do PIB, menos de metade do que já foi injetado na banca nesta legislatura, comparando as duas situações, não vejo como é que este “governo” acha mais importante, poupar 800 milhões de € na reposição do tempo de serviço dos funcionários públicos, do que quando por exemplo morreram 150 pessoas num incendio . 

Mais grave ainda que isto, são os cortes que este “governo” da geringonça pelos quais são responsáveis todas as esquerdas unidas, feitos no Serviço Nacional de Saúde ... a dita cuja bandeira socialista, símbolo da suposta democracia, esses cortes impostos pelo pseudo governo de dr. Costa, deixaram sem cuidados de saúde cerca de 4000 Portugueses que morreram desde a sua tomada de posse, por falta de cuidados primários de saúde. Isto é só uma violação grosseira da dita cuja Constituição da República Portuguesa .

Quando vemos este filme do dr. Costa, invocar constrangimentos orçamentais para não aceitar uma resolução tomada pelos representantes do povo Português em sede própria, não é mais do que uma tentativa desesperada de sobrevivência de si próprio, do seu “governo” e da própria geringonça no geral 

A minha questão, é cada vez mais pertinente, depois de tanta trapalhada deste “governo”, depois de morrer tanta gente por ação direta ou indireta deste “governo”, depois de perder o apoio parlamentar, depois de ter usado mal os recursos financeiros disponíveis, pode ler-se impostos dos Portugueses que cada vez pagam mais, depois de prometerem acertar a taxa extra dos combustíveis, e de tê-lo feito quase todas as semanas em sentido ascendente, subindo o preço dos combustíveis para valores pornográficos, a única razão que António Costa encontra para se demitir, é ter perdido um braço de ferro com os professores?! O senhor Presidente da República também não encontrará motivo nenhum, para dissolver o parlamento depois de tantos episódios seguidos!!? Já vimos governos legitimamente eleitos, ser dissolvidos por bem menos . 

R.A.M.

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