quarta-feira, 13 de julho de 2022

Uma vergonha nunca vem só !!

 Uma vergonha nunca vem só!!


 

Eu disse que voltava a falar do CDS, assim que se justificasse, e a menos que eu tenha percebido mal, a campanha de “recolha de fundos” do partido, não é só vergonhosa, é deprimente, é surreal, é desajustada e acima de tudo, é humilhante para quem durante décadas, tem o CDS como o seu partido. 

 

É humilhante para quem durante os últimos anos, defendeu o partido como sendo o garante da democracia em Portugal, é humilhante ver destacados dirigentes do partido ou ex-dirigentes, como se estivessem a pedir para obra de caridade qualquer, aparecendo do nado e vindo a tudo. 

 

É mais humilhante ainda, quando alguns desses dirigentes, uns em funções outros não, aparecem a fazer comentários do tipo “ ...eu já dei o meu contributo”, quando todos sabemos que pagaram as cotas porque parecia mal, e porque querem ir ao congresso mostrar a fatiota nova. Eramos um partido de pedantes, agora somos um partido de pedantes pedintes !!! 

 

É humilhante o pedantismo a que alguns, que eu mês escuso de nomear, aparecem a fazer figuras de bem feitores, quando andaram anos a extorquir o CDS, a servirem-se do CDS em vez de servirem o CDS. 

 

É humilhante perceber que muita coisa não foi feita no passado recente, porque houve contas por saldar em campanhas anteriores, com responsáveis que estão hoje em funções.

 

É por causa desta humilhação permanente, que o partido bateu no fundo. Não sei quem é o responsável pela campanha, mas se trabalhasse pra mim, era o seu último dia hoje .

 

R.A.M.  13 de Julho de 2022 

quinta-feira, 16 de junho de 2022

A história da marmita

Durante muito tempo... habituei-me a ver marmitas lá em casa que  eram sobretudo usadas por meu pai, quando ia à caça, naquela altura caçava-se todos os dias, e então todos os dias ou quase, havia uma marmita com tudo o que de melhor havia em casa, para o senhor meu pai, sair com os amigos e ir caçar. 

Mais tarde, comecei a olhar pela janela e via o Fernando Mosca, descer a rua com a marmita que levava aos pais dele, que tinham uma banca de fruta e legumes na praça do mercado, nunca perguntei ao mosca, o que levava na marmita, era falta de educação dizia a minha avó... essas coisas o menino apreende mais tarde. E mais tarde, anos mais tarde, percebia que os ferroviários que moravam mais acima, desciam a rua todos os dias carregados de casacos e botas, mas aposto que o que pesava menos, era mesmo a marmita. Era a marmita e o cantil, cheio da água da torneira, ao contrário dos de lá de casa que só viam água quando era preciso lavá-los... adiante!! 

Hoje lembrei-me da história das marmitas, porque há uns anos atrás, tivemos um episódio de má memória, quando algum jornalista sem ter o que fazer, se lembrou que o restaurante da Assembleia da Républica, pago por todos nós, servia aos excentricíssimos senhores deputados refeições consideradas “gourmet” por uma quantia irrisória, que honestamente já não me recordo do valor, mas rondaria uma soma ridícula mesmo com vinho. Obviamente, eu não esperava que os deputados da Nação, fossem carregados com as suas próprias marmitas de casa, mas muitos deles vão à caça, sabem o bem que lhes sabe, estar no monte e saborear um naco de presunto com pão caseiro, e portanto a relação que eu faço neste momento, é a de que se ao fim de semana podem, porque é que durante a semana temos de ser nós a pagar o tal almoço xpto que eles devoram todos os dias no restaurante da AR, porque Deus nos acuda se chama-mos cantina, à cantina da AR ... 

Na verdade, o que eu vos queira dizer hoje, é que os políticos que temos alimentam-se todos muito bem, porque quem lhes enche a marmita somos nós. Enquanto continuarmos a ser coniventes, com os desperdício de dinheiros públicos, enchendo marmitas, vamos ter uma marmita cada vez mais leve, como a daqueles senhores que desciam a minha rua há muitos anos atrás, de madrugada para irem trabalhar nos carris do comboio, ou a marmita do mosca que ainda hoje, não sei o que levava dentro, porque pronto essas coisas não se perguntam... Como não se pergunta, quanto custa o almoço na cantina da AR, porque mesmo sendo nós a pagar... Há coisas que não se perguntam. 


domingo, 1 de maio de 2022

Um Ferrari com o motor de um Fiat 500


 Eis então, o novo CDS!!

 

Como devem estar lembrados, disse antes do último congresso, aquilo que durante os últimos 20 anos tenho dito, sobre os presidentes que vão passando, e o partido foi ficando, estarei sempre e acima de tudo, do lado de quem quiser fazer do CDS um partido em quem as pessoas acreditam, só de ouvir o nome, é esse partido que eu quero ver surgir das cinzas, em muito pouco tempo. 

 

Para tal é preciso que se cumpram alguns requisitos fundamentais, que por maioria de razão não foram reunidos pelas direções anteriores, desde há muito tempo a esta parte.

 

Por isso, se no passado recente criticamos uma direção acéfala, cheia de vícios, malformada e sem respeito nenhum pelas bases, não posso agora simplesmente porque a direção mudou, fazer de conta que está tudo bem, quando reptem os erros do passado recente, ou se quiserem, do passado de há quase 20 anos atrás, não tão recente, mas que esteve na essência da derrocada do CDS. Depois de 2 anos de autêntico terrorismo politico, com o qual eu e milhares de filiados, tivemos de conviver enquanto alguns que agora aprecem, cheios de propriedade a dizer de sua justiça e com o peito inchado, tipo galos de Barcelos no poleiro a dizerem coisas do género “ ...agora desculpem lá, mas vamos—nos vingar

 

O CDS pode não ser um partido grande, mas é um partido de pessoas grandes, que sempre deram o seu melhor, muitas vezes sem darem a cara, mas estavam lá, aplicaram a sua força, a sua sabedoria , o seu talento, mas acima de tudo, a sua dedicação a uma causa que deveria ser de todos, a causa do serviço público que muitas vezes é largado de forma desprezível. Fazer serviço público, não é acordar de manhã, vestir uma fatinho italiano e uma gravata de seda, com uns botões de punho bem polidos, e enfiar-se numa sala com ar condicionado e desinfestado por causa das viroses, mas também não pode ser, uma copia barata de um programa que já serviu, não serve mais porque está gasto e fora de uso. Mas acima de tudo, fazer serviço público na política, é estar onde é preciso estar naquele momento. Há um episódio nas legislativas de 2019, que é exemplo disso, o CDS não elegeu um deputado por Bragança e seguramente tudo teria sido muito diferente, se porventura, tivessem ido onde não foram, por razões que agora não me apetece falar, e o Nuno De Lima Mayer Moreira, que recordo com saudade, sabia disso muito bem. Mas é passado, e do passado já sabemos que não vem nada mais. Falemos, portanto, do futuro próximo.  A verdade é que há muito por fazer no CDS, muito caminho das pedras por trilhar, e por muito que nos custe, há seguramente caminhos que não queremos voltar a trilhar, caminhos que não nos levaram a lugar nenhum no passado recente nem o farão no futuro próximo, e, portanto, o tão apregoado “tempo de construir” só fará sentido a partir do momento, em que houver um sinal da nova CPN, de que é com a união entre os vários sectores do partido que se começará um novo ciclo de restruturação do CDS.

 

Lembro-me antes do congresso que não aconteceu em Novembro, de ouvir o actual presidente da CPN, dizer que a união se fazia desde logo, extinguindo as correntes de opinião dentro do CDS, não podia estar mais de acordo, disse-o na altura e digo hoje, como disse a quando da sua criação que aliás votei contra em CN, ao lado de alguns que durante os tempos, mudaram de opinião e são hoje, os porta estandartes das pseudo correntes de opinião, que mais não servem , se não para dar palco, a meia dúzia de supostos políticos com sede protagonismo, sem que para tal tenham feito ou sequer dito, a não ser criticar quem em sede própria, tudo fez para defender o partido, e portanto é de toda a justiça para quem sofreu na pele, os ataques consecutivos destes perseguidores de moinhos de ventos, que agora e na logica de um novo ciclo que se abre e depois de percebermos para que servem e a quem servem, se tome uma decisão definitiva sobre os movimentos e correntes de opinião dentro do CDS. 

 

Porém, não é só de tendências ou correntes de opinião que Nuno Melo tem de se livrar, a bem de todos nós. Há dentro do Caldas uma casta de “funcionários” que não funcionam há muito tempo. O CDS parece um Ferrari com o motor de um Fiat 500, ou de uma 4L se quiserem, e por isso é preciso reparar o motor, limpar as câmaras de combustão, polir os pistões, retificar a cabeça e mudar as juntas, tapar as fugas de óleo e devolver ao Ferrari o seu próprio motor, tirem de lá o motor do Fiat 500,  e devolvam ao CDS o seu próprio motor. Aqueles que em 47 anos, não deixaram que este descalabro acontecesse, muitos deles não recebendo em troca absolutamente nada, nem um obrigado, que as vezes fica bem, nunca esperei mais que isso, ao contrário de uns e outros. 

 

Não fosse bastante, há ainda um outro problema com o qual a nova CPN terá de lidar num futuro muito próximo, e tem mesmo a ver com aquilo que durante anos, temos vindo a assistir que é uma alaranjar do próprio CDS, com a inclusão estratégica de vários agentes do PSD, que se infiltram nas estruturas locais, concelhias e distritais e sabemos todos quem são e onde estão e o que estão lá a fazer, e que em Português simples e prático é preciso correr com eles, é preciso correr com eles e explicar porque é que o fazemos, para não deixar dúvidas nas cabeças mais retrogradas, porque só devolvendo o CDS aos democrata Cristãos, é que podemos começar a recuperar a confiança que milhares de Portugueses depositaram em nós durante 47 anos. 

 

Volto a repetir-me vezes sem conta, darei o meu contributo, se acharem que precisam dele, pagarei as cotas devidas e aprovadas em CN, embora me pareça que em termos práticos pode ser mais uma dor de cabeça, porque vai seguramente haver a manipulação dos meios, como acontece quando se quer acomodar alguém que precisamos de levar a um congresso porque sim, e então as cotas lá aparecem pagas não importa como. No fundo chama-se “ mais do mesmo”. Recomenda-se cautela e caldos de galinha, porque todo o cuidado é pouco. 

 

Uma última palavra sobre as contas do partido. Sabemos todos que a situação financeira não é famosa, mas já não era famosa quando “importamos” Paulo Portas da JSD para o CDS, para quem cá anda desde antes disso, não é novidade nenhuma, portanto se quiserem atribuir culpas a alguém terá de ser muito lá para trás, e por isso acho de muito mau tom, estar agora com esse juízo de valor ou falta de valores que é o que acontece de facto, faltam os valores para financiar o partido de forma eficiente, razão mais que suficiente para não nos pormos a jeito. Isto é. Consta que o partido comprou 4 viaturas, não sei se comprou ou não, mas o que me parece que aconteceu ou deveria ter acontecido, foi que os contratos com as viaturas anteriores terminou e foi a própria locadora que resolveu entregar viaturas novas, mantendo assim os contratos em vigor, é o que normalmente acontece. O que também acontece, é que em tempos de crise, se calhar 4 viaturas são demais e podemos resolver o problema com 2, e evitamos uma série de mal entendidos que podem vir a acontecer. Ainda assim, este e outros contratos só são possíveis, graças a um património imobiliário, que serve de garantia aos mesmos e pode ser útil noutras circunstâncias, não devendo por isso ser alienado por vontade de alguns negociantes da banha da cobra que gravitam pelo Caldas, sendo que o património é o garante da nosso existência e se confunde com a nossa própria identidade. 

 

R.A.M.

1 de Maio de 2022.

domingo, 30 de janeiro de 2022

Rescaldo da noite eleitoral

 



Por muito que nos custe, temos de admitir, Chicão e as chicletes fizeram um excelente trabalho. 

Há dois anos atrás, neste mesmo espaço eu avisei para o perigo de ter um inexperiente nestas andanças que vinha do CDS do pequeninos, com a mania que tinha aparecido na capa de uma revista como... um dos jovens mais influentes da sua geração. Não se há memória de tanta demagogia junta, mas a verdade é que eu disse na altura, e repeti varias vezes que a única intenção desta direção do CDS, era destruir o partido. Todos fizeram orelhas moucas , acharam que eu só queria prejudicar o rapaz e a sua direção, passei a ignorar muito do que ele dizia e fazia, chegando mesmo durante a campanha longa para as autárquicas, e fazer um voto de silencio para não perturbar o processo, e e depois envolvi-me a sério na campanha, para ajudar uma Amiga. Ainda que sem aprovação nenhuma da direção do CDS e do seu excelso presidente. 

Porém, os últimos dois anos, foram terríveis a vários níveis, e o CDS ficou entregue a um grupo de mal feitores, que desde o inicio tiveram como objectivo destruir o que restava do CDDS, uns por mero interesse particular, outros mero desejo de vingança de um passado do qual não nos podemos orgulhar. Passado esse que pesa hoje mais, do que em qualquer outra circunstância, passado esse que mostra hoje a quem se lembra de por exemplo o Conselho Nacional de Óbidos, de muita má memória mas do qual não nos devemos esquecer por varias razões, primeiro porque foi um marco que nos levou ao governo pela segunda vez, mas acima de tudo porque os estatutos do partido foram cumpridos ao pormenor e sobre os quais muita gente ainda não percebeu, que são para cumprir mesmo nas piores circunstâncias. 

Quando por várias vezes, nos últimos 2 anos, chamei a atenção para tal facto, ou para o facto de os estatutos estarem a ser atropelados vezes sem conta, chegando ao ponto de um Conselho Nacional de Jurisdição se demitir em bloco, para não pactuar com as ilegalidades que foram sendo somadas ao dia a dia do CDS, e com a qual esta direção e os seus correligionários parece terem vivido bem até hoje.

Hoje já li declarações de todo o tipo, já ouvi declarações de todo o feitio, mas não vi nem ouvi, o mentor deste descalabro dizer o que quer que fosse, ficava bem ao Dr. Ribeiro e Castro e sua "tasck force", virem a publico pedir desculpa aos filiados do CDS, que andaram na rua, ao frio, ao calor, de noite , de dia quando era preciso. Os mentores deste descalabro eleitoral, não só devem vir pedir desculpas pelo que fizeram ao partido, como devem sair pelo seu próprio pé, enquanto não aparece alguém a propor a sua expulsão por terem lesado o partido de forma irremediável.

Quando era suposto, recuperar eleitorado a opção por uma campanha estúpida e sem conteúdo, ajudou ao enterro do partido. O erro crasso de atacar a nossa direita em vez de atacarmos a esquerda, em vez de falarmos para o povo, falamos para outros que à nossa direita fizeram uma campanha diferente, pela positiva, voltada para fora, ligada as pessoas, pegaram nas nossas bandeiras e abanaram-nas com todas as forças, e o resultado é este. Perdemos mais de 180 mil votos, quando era suposto ganharmos o que tínhamos perdido em 2019.

Agora quem quiser ou quem tiver que pegar no partido, que o faça com o coração, que o faça de forma a não se importar com o que possam dizer cá fora, que não ligue a quem nos possa criticar por continuarmos a acreditar, que não se recuse a assumir a Democracia Cristã como um pilar da nossa democracia, da democracia que defendemos durante 47 anos. É em nome desses 47 anos de história, que hoje, como aconteceu no passado, vos digo mais uma vez, o CDS contará comigo sempre que os seus responsáveis assim o entenderem. 

Um abraço 

R.A.M. 

30 de janeiro de 2022.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

A visita de Chicão ao laranjal, e um jornalista local,... oportunamente disponível !!





 A notícia abaixo, passaria despercebida se não fosse escrita de forma enviesada como de resto é apanágio deste senhor jornalista. Porém, a forma como foi recebida por mim em particular, colocando o último deputado do distrito pelo CDS, a fazer de "bruxo", vaticinando o descalabro eleitoral, leva-me por respeito ao seu bom nome, a fazer algumas considerações, sobre o estado a que chegamos. 

Obviamente a noticia só saiu, porque e passo a citar as declarações infelizes do senhor Dr. Moutinho, “Diria que se perspetiva a possibilidade de o CDS não ter representação parlamentar, embota tenha a esperança que nestes dias que faltam ainda se consiga reverter a situação e conseguir eleger um ou dois deputados”, surgem no momento em que a memória de uns e de outros, é encadeada pelo brilho da passagem do presidente do partido, que lá do alto da sua sabedoria, escolheu um cabeça de lista por Bragança ... que mais ninguém viu, e do qual muito pouco sabemos, a não ser que é um dos filhos do Sr. Eng. Camilo de Mendonça. Como vem sendo apanágio nos últimos tempos para o CDS, ser filho de alguém é requisito bastante para .... ter um cargo no partido. Os que trabalharam desde sempre a favor do partido, são preteridos a favor desses.

Depois ... é Chicão a ser Chicão de novo. Tem a possibilidade de deixar que as Comissões políticas distritais, exerçam os seus direitos, de escolherem os cabeças de lista, mas resolve que é ele a fazer a escolha e por isso, a responsabilidade pelo resultado não pode ser atribuída a mais ninguém, se não ao próprio presidente do CDS. Portanto, vir nesta altura, falar em mudar de sistema porque lhe convém, é só oportunismo politico de uma situação que ele próprio criou, para mais tarde se isto correr muito mal, vir dizer que a culpa é do sistema. 

No caso particular do distrito em questão, conhecido como o " O laranjal do senhor do carrinho de mão", a situação poderia ter tido outro desfecho, mas sobre as escolhas de uns e de outros falaremos depois das eleições... ou então não !! 

CHICÃO DIZ QUE ANTÓNIO COSTA "CHEIRA A MEDINA" E AVISA QUE BLOCO CENTRAL "É UM PERIGO" PARA O PAÍS
Francisco Rodrigues dos Santos disse, esta tarde, em Mirandela, que defende uma reforma do sistema político para que o interior possa ter maior representatividade na Assembleia da República. Chicão também deixou bem claro que não quer a regionalização, preferindo uma administração de proximidade.
Na chegada a Mirandela, Chicão tinha à sua espera dezenas de apoiantes, entre eles o último deputado eleito pelo partido no círculo eleitoral de Bragança, em 1984. Volvidos 38 anos, Hernâni Moutinho diz que será uma tarefa quase impossível o CDS conseguir um novo deputado, num distrito que só elege três. “Não me orgulho nada de ter sido o último deputado eleito no distrito, tenho pena que seja assim e as perspetivas nesta campanha são as mesmas de não termos nenhum deputado.”
E numa análise ao que pode acontecer no país, Hernâni Moutinho também não parece nada otimista. “Diria que se perspetiva a possibilidade de o CDS não ter representação parlamentar, embota tenha a esperança que nestes dias que faltam ainda se consiga reverter a situação e conseguir eleger um ou dois deputados”, conclui.
Francisco Rodrigues dos Santos admite que será difícil eleger António Mendonça, o cabeça de lista por Bragança, mas prefere contra atacar com uma proposta concreta para mudar o sistema político a bem do interior. “Passa por um sistema misto, com círculos plurinominais e uninominais em que as escolhas são feitas pelos eleitores para indicar o deputado que querem ver na Assembleia da República e redefinir os círculos eleitorais para dar maior peso e representatividade ao interior para que tenham voz em Lisboa”
Chicão reafirma que não defende a regionalização, mas antes uma administração de proximidade. “A regionalização multiplica o que é mau e divide o que é bom, pelo que pretendemos uma administração de proximidade que descentralize serviços públicos do Estado em delegações distritais para dar qualidade de vida a quem aqui vive".
Na arruada pela rua pedonal da cidade, numa loja de produtos regionais, o comerciante até dá um conselho ao líder do CDS: “Vai-se juntar ao PSD, ao PAN, à Iniciativa Liberal e fazem uma geringonça do lado direito e só assim é que lá vão”. Ao que Chicão respondeu; “Mas o PAN quer acabar com isto tudo, não nos podemos coligar com eles”.
A propósito de alianças, Francisco Rodrigues dos Santos avisou para os perigos que podem advir de um bloco central. “Ao longo da nossa história, o bloco central de interesses tem divido o Estado pelas clientelas, pelos amigos, pelas estruturas de poder, pelo nepotismo e é completamente avesso às reformas de que o país precisa”, disse.
RO líder do CDS reafirmou que o seu partido “é a solução para uma maioria de direita no próximo Governo”, até porque acredita que a António Costa vai acontecer o mesmo que a Medina nas autárquicas em Lisboa. “No nosso país, neste momento cheira a final de ciclo, António Costa cheira a Fernando Medina, cheira a uma derrota do partido socialista no país e recordo os portugueses quem foram os países que se entenderam em Lisboa para tirar a cidade do socialismo e a devolver aos lisboetas. Foi o PSD e o CDS”, concluiu.
De Mirandela, Francisco Rodrigues dos Santos seguiu ao encontro de apoiantes em Viseu.
Artigo escrito por Fernando Pires (jornalista)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Não é pedido, é um apelo.


 Quando no ultimo directo, fiz um apelo aos interessados nestas eleições, leia-se ... cabeças de lista e não só, não contava que a situação fosse mais complicada do que poderia parecer a primeira vista, mas dias passados e centenas de horas de campanha depois, não vejo do lado do CDS, o movimento, a animação, o empenho e a dedicação que podemos ver noutras campanhas. 

Claro que o culpado tem um nome, e não... descansem, não é o Chicão, ou não é só o Chicão... desculpem... o Dr. Chicão, porque ele não gosta que lhe chamem ...Chicão. Talvez.... D. Chicão do Largo do Caldas lhe ...assente melhor, ou não... Se calhar preferia D. Chicão de Mafra ou da praia da Ericeira, D. Chicão de Mafra, senhor conde da Ericeira. Pomposo e cheio de ... ,..., como manda a tradição. mas falemos dos culpados, depois das eleições. 

Como diz uma querida amiga, que eu muito estimo, os presidentes do CDS vão embora um dia, até Paulo Portas percebeu isso, mas o partido fica, e no caso é preciso começarmos a pensar que parte do CDS é que fica, porque, mesmo depois de tudo isto ter um fim, ou seja... dos barões e dos baronetes, do Chicão das chicletes, abandonarem o barco, enquanto outros ( quais ratos de porão), escapam pela tangente enquanto é tempo, mesmo antes do barco ir ao fundo, há um património que não morre, nem se afunda com eles. 

É em nome desse património, que no fundo somos todos nós, que faço um novo apelo, não só a quem tem responsabilidades, não só a quem está nas listas, mas sobretudo aqueles que como eu são parte desse património que ficará com o partido, seja qual for o seu destino no pós eleições. Portuguesas e Portugueses que acreditaram sempre, que o CDS merece a sua confiança, é no CDS que têm depositado o capital de esperança, que durante os últimos 45 anos deu os frutos, que nos fazem acreditar que apesar de tudo, de tentarem acabar com o partido, de várias formas e algumas delas, devo dizer-vos eficazes, porque como é fácil perceber, não chegamos a este estado porque assim o desejamos, mas porque foi a isto que nos obrigaram nos últimos 2 anos. Ouvimos há dias, o senhor barão de Óbidos, dizer que havia um plano para acabar com o CDS... fiquei para morrer, visto que o senhor barão é parte do mesmo plano. E portanto, não percebi se estava a tentar desculpar-se, ou  a fazer dos outros parvos, como é seu apanágio. 

Esta é uma das razões para a campanha estar neste ponto... mais morta que marisco Boliviano. Mas, uma vez mais o meu apelo é para todos, quem está e quem não está nas listas, quem gosta e quem ... não gosta do Dr. Chicão, para quem concorda ou não concorda com ele ou com o sua excelência o senhor Barão, Todos seremos pouco, numa campanha em que é importante estarmos na rua, mostrarmos que estamos vivos, que não esquecemos quem confiou em nós durante as últimas 4 décadas. Esse é o nosso maior património, as pessoas, sem as quais não há votos, não há partido, não democracia. 

Disse mais que uma e repito, independente de concordar ou não com linha da CPN, o partido estará sempre primeiro. 

R.A.M. 


sábado, 11 de dezembro de 2021

O CDS a prazo ...




Uma vez mais, somos obrigados a concluir que o excelso presidente do CDS, nos volta a envergonhar durante a semana toda. Na terça feira depois de saber da decisão obvia do PSD em ir sozinho a eleições, o que demonstra bem o valor do CDS neste momento, por um lado, e por outro o oportunismo a que o lamaçal , desculpem ...o laranjal, já nos habituou, quando precisam de nós, concorremos juntos e somos os parceiros naturais, quando acham que não vale a pena, dão-nos um pontapé  onde as costas mudam de nome, e ficamos todos ofendidos porque não estávamos a espera, de uma tal decisão.

Depois deste triste episódio, sua excelência o presidente da CPN do CDS, vem a publico mais uma vez, para continuar o excelente serviço, que tem protagonizado nos últimos quase 2 anos, anunciando que nos próximos dias, iria ouvir os ex-presidentes do partido para então poder ter uma ideia do que seria o programa eleitoral do CDS.  No inicio achei perfeitamente normal, e seria perfeitamente normal, se estivéssemos a 6 meses de eleições, porém estamos a 6 semanas, e ouvir agora 5 ex-presidentes, todos eles com ideias diferentes e claras, sobre o que querem para o país, sendo 3 deles ainda assim, não sei se estariam disponíveis para serem ouvidos, desde logo o Senhor Professor Adriano Moreira, por razões óbvias, Paulo Portas porque está retirado e Assunção Cristas, porque não lhe apetece, sobram 2, e dos dois que sobram, um, a saber sua excelência reverendíssima, o Dr. Ribeiro e Castro tem como é sabido sido ouvido diariamente pela actual direção do partido, não fosse ele um dos confessos apoiantes de FRS, o que nos leva a pensar que, se enquanto o Dr. Ribeiro e Castro a situação era parecida com a actual, traçando o paralelo com a situação no tempo do Dr. Manuel Monteiro, e descobrimos que as diferenças são meramente de agenda .

Dito isto, e tendo em conta que o CDS corre o risco de ir a eleições sem programa, sem projecto e com um presidente a prazo, elegendo deputados a prazo, se for o caso, não podemos esperar que a maioria dos Portugueses, acredite em políticos a prazo, sendo que o prazo de Chicão expirou semanas depois do anterior congresso. 

Para terminar, disse há algumas semanas, que não apresentaria moção nenhuma ao congresso, por várias razões. Pois bem, há uma moção pronta, que conta inclusive com as razões fundamentadas para alterar o logo do partido, para as 4 setas, que representam os 4 pilares da nossa existência, sendo um deles a LIBERDADE  conquistada no 25 de Novembro, sem a qual não nos seria possível estarmos aqui hoje a discutir o que fazer com um dos pilares dessa liberdade. 

Rui Alexandre Moreira
11 de Dezembro de 2021.