quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

A visita de Chicão ao laranjal, e um jornalista local,... oportunamente disponível !!





 A notícia abaixo, passaria despercebida se não fosse escrita de forma enviesada como de resto é apanágio deste senhor jornalista. Porém, a forma como foi recebida por mim em particular, colocando o último deputado do distrito pelo CDS, a fazer de "bruxo", vaticinando o descalabro eleitoral, leva-me por respeito ao seu bom nome, a fazer algumas considerações, sobre o estado a que chegamos. 

Obviamente a noticia só saiu, porque e passo a citar as declarações infelizes do senhor Dr. Moutinho, “Diria que se perspetiva a possibilidade de o CDS não ter representação parlamentar, embota tenha a esperança que nestes dias que faltam ainda se consiga reverter a situação e conseguir eleger um ou dois deputados”, surgem no momento em que a memória de uns e de outros, é encadeada pelo brilho da passagem do presidente do partido, que lá do alto da sua sabedoria, escolheu um cabeça de lista por Bragança ... que mais ninguém viu, e do qual muito pouco sabemos, a não ser que é um dos filhos do Sr. Eng. Camilo de Mendonça. Como vem sendo apanágio nos últimos tempos para o CDS, ser filho de alguém é requisito bastante para .... ter um cargo no partido. Os que trabalharam desde sempre a favor do partido, são preteridos a favor desses.

Depois ... é Chicão a ser Chicão de novo. Tem a possibilidade de deixar que as Comissões políticas distritais, exerçam os seus direitos, de escolherem os cabeças de lista, mas resolve que é ele a fazer a escolha e por isso, a responsabilidade pelo resultado não pode ser atribuída a mais ninguém, se não ao próprio presidente do CDS. Portanto, vir nesta altura, falar em mudar de sistema porque lhe convém, é só oportunismo politico de uma situação que ele próprio criou, para mais tarde se isto correr muito mal, vir dizer que a culpa é do sistema. 

No caso particular do distrito em questão, conhecido como o " O laranjal do senhor do carrinho de mão", a situação poderia ter tido outro desfecho, mas sobre as escolhas de uns e de outros falaremos depois das eleições... ou então não !! 

CHICÃO DIZ QUE ANTÓNIO COSTA "CHEIRA A MEDINA" E AVISA QUE BLOCO CENTRAL "É UM PERIGO" PARA O PAÍS
Francisco Rodrigues dos Santos disse, esta tarde, em Mirandela, que defende uma reforma do sistema político para que o interior possa ter maior representatividade na Assembleia da República. Chicão também deixou bem claro que não quer a regionalização, preferindo uma administração de proximidade.
Na chegada a Mirandela, Chicão tinha à sua espera dezenas de apoiantes, entre eles o último deputado eleito pelo partido no círculo eleitoral de Bragança, em 1984. Volvidos 38 anos, Hernâni Moutinho diz que será uma tarefa quase impossível o CDS conseguir um novo deputado, num distrito que só elege três. “Não me orgulho nada de ter sido o último deputado eleito no distrito, tenho pena que seja assim e as perspetivas nesta campanha são as mesmas de não termos nenhum deputado.”
E numa análise ao que pode acontecer no país, Hernâni Moutinho também não parece nada otimista. “Diria que se perspetiva a possibilidade de o CDS não ter representação parlamentar, embota tenha a esperança que nestes dias que faltam ainda se consiga reverter a situação e conseguir eleger um ou dois deputados”, conclui.
Francisco Rodrigues dos Santos admite que será difícil eleger António Mendonça, o cabeça de lista por Bragança, mas prefere contra atacar com uma proposta concreta para mudar o sistema político a bem do interior. “Passa por um sistema misto, com círculos plurinominais e uninominais em que as escolhas são feitas pelos eleitores para indicar o deputado que querem ver na Assembleia da República e redefinir os círculos eleitorais para dar maior peso e representatividade ao interior para que tenham voz em Lisboa”
Chicão reafirma que não defende a regionalização, mas antes uma administração de proximidade. “A regionalização multiplica o que é mau e divide o que é bom, pelo que pretendemos uma administração de proximidade que descentralize serviços públicos do Estado em delegações distritais para dar qualidade de vida a quem aqui vive".
Na arruada pela rua pedonal da cidade, numa loja de produtos regionais, o comerciante até dá um conselho ao líder do CDS: “Vai-se juntar ao PSD, ao PAN, à Iniciativa Liberal e fazem uma geringonça do lado direito e só assim é que lá vão”. Ao que Chicão respondeu; “Mas o PAN quer acabar com isto tudo, não nos podemos coligar com eles”.
A propósito de alianças, Francisco Rodrigues dos Santos avisou para os perigos que podem advir de um bloco central. “Ao longo da nossa história, o bloco central de interesses tem divido o Estado pelas clientelas, pelos amigos, pelas estruturas de poder, pelo nepotismo e é completamente avesso às reformas de que o país precisa”, disse.
RO líder do CDS reafirmou que o seu partido “é a solução para uma maioria de direita no próximo Governo”, até porque acredita que a António Costa vai acontecer o mesmo que a Medina nas autárquicas em Lisboa. “No nosso país, neste momento cheira a final de ciclo, António Costa cheira a Fernando Medina, cheira a uma derrota do partido socialista no país e recordo os portugueses quem foram os países que se entenderam em Lisboa para tirar a cidade do socialismo e a devolver aos lisboetas. Foi o PSD e o CDS”, concluiu.
De Mirandela, Francisco Rodrigues dos Santos seguiu ao encontro de apoiantes em Viseu.
Artigo escrito por Fernando Pires (jornalista)

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