domingo, 1 de maio de 2022

Um Ferrari com o motor de um Fiat 500


 Eis então, o novo CDS!!

 

Como devem estar lembrados, disse antes do último congresso, aquilo que durante os últimos 20 anos tenho dito, sobre os presidentes que vão passando, e o partido foi ficando, estarei sempre e acima de tudo, do lado de quem quiser fazer do CDS um partido em quem as pessoas acreditam, só de ouvir o nome, é esse partido que eu quero ver surgir das cinzas, em muito pouco tempo. 

 

Para tal é preciso que se cumpram alguns requisitos fundamentais, que por maioria de razão não foram reunidos pelas direções anteriores, desde há muito tempo a esta parte.

 

Por isso, se no passado recente criticamos uma direção acéfala, cheia de vícios, malformada e sem respeito nenhum pelas bases, não posso agora simplesmente porque a direção mudou, fazer de conta que está tudo bem, quando reptem os erros do passado recente, ou se quiserem, do passado de há quase 20 anos atrás, não tão recente, mas que esteve na essência da derrocada do CDS. Depois de 2 anos de autêntico terrorismo politico, com o qual eu e milhares de filiados, tivemos de conviver enquanto alguns que agora aprecem, cheios de propriedade a dizer de sua justiça e com o peito inchado, tipo galos de Barcelos no poleiro a dizerem coisas do género “ ...agora desculpem lá, mas vamos—nos vingar

 

O CDS pode não ser um partido grande, mas é um partido de pessoas grandes, que sempre deram o seu melhor, muitas vezes sem darem a cara, mas estavam lá, aplicaram a sua força, a sua sabedoria , o seu talento, mas acima de tudo, a sua dedicação a uma causa que deveria ser de todos, a causa do serviço público que muitas vezes é largado de forma desprezível. Fazer serviço público, não é acordar de manhã, vestir uma fatinho italiano e uma gravata de seda, com uns botões de punho bem polidos, e enfiar-se numa sala com ar condicionado e desinfestado por causa das viroses, mas também não pode ser, uma copia barata de um programa que já serviu, não serve mais porque está gasto e fora de uso. Mas acima de tudo, fazer serviço público na política, é estar onde é preciso estar naquele momento. Há um episódio nas legislativas de 2019, que é exemplo disso, o CDS não elegeu um deputado por Bragança e seguramente tudo teria sido muito diferente, se porventura, tivessem ido onde não foram, por razões que agora não me apetece falar, e o Nuno De Lima Mayer Moreira, que recordo com saudade, sabia disso muito bem. Mas é passado, e do passado já sabemos que não vem nada mais. Falemos, portanto, do futuro próximo.  A verdade é que há muito por fazer no CDS, muito caminho das pedras por trilhar, e por muito que nos custe, há seguramente caminhos que não queremos voltar a trilhar, caminhos que não nos levaram a lugar nenhum no passado recente nem o farão no futuro próximo, e, portanto, o tão apregoado “tempo de construir” só fará sentido a partir do momento, em que houver um sinal da nova CPN, de que é com a união entre os vários sectores do partido que se começará um novo ciclo de restruturação do CDS.

 

Lembro-me antes do congresso que não aconteceu em Novembro, de ouvir o actual presidente da CPN, dizer que a união se fazia desde logo, extinguindo as correntes de opinião dentro do CDS, não podia estar mais de acordo, disse-o na altura e digo hoje, como disse a quando da sua criação que aliás votei contra em CN, ao lado de alguns que durante os tempos, mudaram de opinião e são hoje, os porta estandartes das pseudo correntes de opinião, que mais não servem , se não para dar palco, a meia dúzia de supostos políticos com sede protagonismo, sem que para tal tenham feito ou sequer dito, a não ser criticar quem em sede própria, tudo fez para defender o partido, e portanto é de toda a justiça para quem sofreu na pele, os ataques consecutivos destes perseguidores de moinhos de ventos, que agora e na logica de um novo ciclo que se abre e depois de percebermos para que servem e a quem servem, se tome uma decisão definitiva sobre os movimentos e correntes de opinião dentro do CDS. 

 

Porém, não é só de tendências ou correntes de opinião que Nuno Melo tem de se livrar, a bem de todos nós. Há dentro do Caldas uma casta de “funcionários” que não funcionam há muito tempo. O CDS parece um Ferrari com o motor de um Fiat 500, ou de uma 4L se quiserem, e por isso é preciso reparar o motor, limpar as câmaras de combustão, polir os pistões, retificar a cabeça e mudar as juntas, tapar as fugas de óleo e devolver ao Ferrari o seu próprio motor, tirem de lá o motor do Fiat 500,  e devolvam ao CDS o seu próprio motor. Aqueles que em 47 anos, não deixaram que este descalabro acontecesse, muitos deles não recebendo em troca absolutamente nada, nem um obrigado, que as vezes fica bem, nunca esperei mais que isso, ao contrário de uns e outros. 

 

Não fosse bastante, há ainda um outro problema com o qual a nova CPN terá de lidar num futuro muito próximo, e tem mesmo a ver com aquilo que durante anos, temos vindo a assistir que é uma alaranjar do próprio CDS, com a inclusão estratégica de vários agentes do PSD, que se infiltram nas estruturas locais, concelhias e distritais e sabemos todos quem são e onde estão e o que estão lá a fazer, e que em Português simples e prático é preciso correr com eles, é preciso correr com eles e explicar porque é que o fazemos, para não deixar dúvidas nas cabeças mais retrogradas, porque só devolvendo o CDS aos democrata Cristãos, é que podemos começar a recuperar a confiança que milhares de Portugueses depositaram em nós durante 47 anos. 

 

Volto a repetir-me vezes sem conta, darei o meu contributo, se acharem que precisam dele, pagarei as cotas devidas e aprovadas em CN, embora me pareça que em termos práticos pode ser mais uma dor de cabeça, porque vai seguramente haver a manipulação dos meios, como acontece quando se quer acomodar alguém que precisamos de levar a um congresso porque sim, e então as cotas lá aparecem pagas não importa como. No fundo chama-se “ mais do mesmo”. Recomenda-se cautela e caldos de galinha, porque todo o cuidado é pouco. 

 

Uma última palavra sobre as contas do partido. Sabemos todos que a situação financeira não é famosa, mas já não era famosa quando “importamos” Paulo Portas da JSD para o CDS, para quem cá anda desde antes disso, não é novidade nenhuma, portanto se quiserem atribuir culpas a alguém terá de ser muito lá para trás, e por isso acho de muito mau tom, estar agora com esse juízo de valor ou falta de valores que é o que acontece de facto, faltam os valores para financiar o partido de forma eficiente, razão mais que suficiente para não nos pormos a jeito. Isto é. Consta que o partido comprou 4 viaturas, não sei se comprou ou não, mas o que me parece que aconteceu ou deveria ter acontecido, foi que os contratos com as viaturas anteriores terminou e foi a própria locadora que resolveu entregar viaturas novas, mantendo assim os contratos em vigor, é o que normalmente acontece. O que também acontece, é que em tempos de crise, se calhar 4 viaturas são demais e podemos resolver o problema com 2, e evitamos uma série de mal entendidos que podem vir a acontecer. Ainda assim, este e outros contratos só são possíveis, graças a um património imobiliário, que serve de garantia aos mesmos e pode ser útil noutras circunstâncias, não devendo por isso ser alienado por vontade de alguns negociantes da banha da cobra que gravitam pelo Caldas, sendo que o património é o garante da nosso existência e se confunde com a nossa própria identidade. 

 

R.A.M.

1 de Maio de 2022.

domingo, 30 de janeiro de 2022

Rescaldo da noite eleitoral

 



Por muito que nos custe, temos de admitir, Chicão e as chicletes fizeram um excelente trabalho. 

Há dois anos atrás, neste mesmo espaço eu avisei para o perigo de ter um inexperiente nestas andanças que vinha do CDS do pequeninos, com a mania que tinha aparecido na capa de uma revista como... um dos jovens mais influentes da sua geração. Não se há memória de tanta demagogia junta, mas a verdade é que eu disse na altura, e repeti varias vezes que a única intenção desta direção do CDS, era destruir o partido. Todos fizeram orelhas moucas , acharam que eu só queria prejudicar o rapaz e a sua direção, passei a ignorar muito do que ele dizia e fazia, chegando mesmo durante a campanha longa para as autárquicas, e fazer um voto de silencio para não perturbar o processo, e e depois envolvi-me a sério na campanha, para ajudar uma Amiga. Ainda que sem aprovação nenhuma da direção do CDS e do seu excelso presidente. 

Porém, os últimos dois anos, foram terríveis a vários níveis, e o CDS ficou entregue a um grupo de mal feitores, que desde o inicio tiveram como objectivo destruir o que restava do CDDS, uns por mero interesse particular, outros mero desejo de vingança de um passado do qual não nos podemos orgulhar. Passado esse que pesa hoje mais, do que em qualquer outra circunstância, passado esse que mostra hoje a quem se lembra de por exemplo o Conselho Nacional de Óbidos, de muita má memória mas do qual não nos devemos esquecer por varias razões, primeiro porque foi um marco que nos levou ao governo pela segunda vez, mas acima de tudo porque os estatutos do partido foram cumpridos ao pormenor e sobre os quais muita gente ainda não percebeu, que são para cumprir mesmo nas piores circunstâncias. 

Quando por várias vezes, nos últimos 2 anos, chamei a atenção para tal facto, ou para o facto de os estatutos estarem a ser atropelados vezes sem conta, chegando ao ponto de um Conselho Nacional de Jurisdição se demitir em bloco, para não pactuar com as ilegalidades que foram sendo somadas ao dia a dia do CDS, e com a qual esta direção e os seus correligionários parece terem vivido bem até hoje.

Hoje já li declarações de todo o tipo, já ouvi declarações de todo o feitio, mas não vi nem ouvi, o mentor deste descalabro dizer o que quer que fosse, ficava bem ao Dr. Ribeiro e Castro e sua "tasck force", virem a publico pedir desculpa aos filiados do CDS, que andaram na rua, ao frio, ao calor, de noite , de dia quando era preciso. Os mentores deste descalabro eleitoral, não só devem vir pedir desculpas pelo que fizeram ao partido, como devem sair pelo seu próprio pé, enquanto não aparece alguém a propor a sua expulsão por terem lesado o partido de forma irremediável.

Quando era suposto, recuperar eleitorado a opção por uma campanha estúpida e sem conteúdo, ajudou ao enterro do partido. O erro crasso de atacar a nossa direita em vez de atacarmos a esquerda, em vez de falarmos para o povo, falamos para outros que à nossa direita fizeram uma campanha diferente, pela positiva, voltada para fora, ligada as pessoas, pegaram nas nossas bandeiras e abanaram-nas com todas as forças, e o resultado é este. Perdemos mais de 180 mil votos, quando era suposto ganharmos o que tínhamos perdido em 2019.

Agora quem quiser ou quem tiver que pegar no partido, que o faça com o coração, que o faça de forma a não se importar com o que possam dizer cá fora, que não ligue a quem nos possa criticar por continuarmos a acreditar, que não se recuse a assumir a Democracia Cristã como um pilar da nossa democracia, da democracia que defendemos durante 47 anos. É em nome desses 47 anos de história, que hoje, como aconteceu no passado, vos digo mais uma vez, o CDS contará comigo sempre que os seus responsáveis assim o entenderem. 

Um abraço 

R.A.M. 

30 de janeiro de 2022.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

A visita de Chicão ao laranjal, e um jornalista local,... oportunamente disponível !!





 A notícia abaixo, passaria despercebida se não fosse escrita de forma enviesada como de resto é apanágio deste senhor jornalista. Porém, a forma como foi recebida por mim em particular, colocando o último deputado do distrito pelo CDS, a fazer de "bruxo", vaticinando o descalabro eleitoral, leva-me por respeito ao seu bom nome, a fazer algumas considerações, sobre o estado a que chegamos. 

Obviamente a noticia só saiu, porque e passo a citar as declarações infelizes do senhor Dr. Moutinho, “Diria que se perspetiva a possibilidade de o CDS não ter representação parlamentar, embota tenha a esperança que nestes dias que faltam ainda se consiga reverter a situação e conseguir eleger um ou dois deputados”, surgem no momento em que a memória de uns e de outros, é encadeada pelo brilho da passagem do presidente do partido, que lá do alto da sua sabedoria, escolheu um cabeça de lista por Bragança ... que mais ninguém viu, e do qual muito pouco sabemos, a não ser que é um dos filhos do Sr. Eng. Camilo de Mendonça. Como vem sendo apanágio nos últimos tempos para o CDS, ser filho de alguém é requisito bastante para .... ter um cargo no partido. Os que trabalharam desde sempre a favor do partido, são preteridos a favor desses.

Depois ... é Chicão a ser Chicão de novo. Tem a possibilidade de deixar que as Comissões políticas distritais, exerçam os seus direitos, de escolherem os cabeças de lista, mas resolve que é ele a fazer a escolha e por isso, a responsabilidade pelo resultado não pode ser atribuída a mais ninguém, se não ao próprio presidente do CDS. Portanto, vir nesta altura, falar em mudar de sistema porque lhe convém, é só oportunismo politico de uma situação que ele próprio criou, para mais tarde se isto correr muito mal, vir dizer que a culpa é do sistema. 

No caso particular do distrito em questão, conhecido como o " O laranjal do senhor do carrinho de mão", a situação poderia ter tido outro desfecho, mas sobre as escolhas de uns e de outros falaremos depois das eleições... ou então não !! 

CHICÃO DIZ QUE ANTÓNIO COSTA "CHEIRA A MEDINA" E AVISA QUE BLOCO CENTRAL "É UM PERIGO" PARA O PAÍS
Francisco Rodrigues dos Santos disse, esta tarde, em Mirandela, que defende uma reforma do sistema político para que o interior possa ter maior representatividade na Assembleia da República. Chicão também deixou bem claro que não quer a regionalização, preferindo uma administração de proximidade.
Na chegada a Mirandela, Chicão tinha à sua espera dezenas de apoiantes, entre eles o último deputado eleito pelo partido no círculo eleitoral de Bragança, em 1984. Volvidos 38 anos, Hernâni Moutinho diz que será uma tarefa quase impossível o CDS conseguir um novo deputado, num distrito que só elege três. “Não me orgulho nada de ter sido o último deputado eleito no distrito, tenho pena que seja assim e as perspetivas nesta campanha são as mesmas de não termos nenhum deputado.”
E numa análise ao que pode acontecer no país, Hernâni Moutinho também não parece nada otimista. “Diria que se perspetiva a possibilidade de o CDS não ter representação parlamentar, embota tenha a esperança que nestes dias que faltam ainda se consiga reverter a situação e conseguir eleger um ou dois deputados”, conclui.
Francisco Rodrigues dos Santos admite que será difícil eleger António Mendonça, o cabeça de lista por Bragança, mas prefere contra atacar com uma proposta concreta para mudar o sistema político a bem do interior. “Passa por um sistema misto, com círculos plurinominais e uninominais em que as escolhas são feitas pelos eleitores para indicar o deputado que querem ver na Assembleia da República e redefinir os círculos eleitorais para dar maior peso e representatividade ao interior para que tenham voz em Lisboa”
Chicão reafirma que não defende a regionalização, mas antes uma administração de proximidade. “A regionalização multiplica o que é mau e divide o que é bom, pelo que pretendemos uma administração de proximidade que descentralize serviços públicos do Estado em delegações distritais para dar qualidade de vida a quem aqui vive".
Na arruada pela rua pedonal da cidade, numa loja de produtos regionais, o comerciante até dá um conselho ao líder do CDS: “Vai-se juntar ao PSD, ao PAN, à Iniciativa Liberal e fazem uma geringonça do lado direito e só assim é que lá vão”. Ao que Chicão respondeu; “Mas o PAN quer acabar com isto tudo, não nos podemos coligar com eles”.
A propósito de alianças, Francisco Rodrigues dos Santos avisou para os perigos que podem advir de um bloco central. “Ao longo da nossa história, o bloco central de interesses tem divido o Estado pelas clientelas, pelos amigos, pelas estruturas de poder, pelo nepotismo e é completamente avesso às reformas de que o país precisa”, disse.
RO líder do CDS reafirmou que o seu partido “é a solução para uma maioria de direita no próximo Governo”, até porque acredita que a António Costa vai acontecer o mesmo que a Medina nas autárquicas em Lisboa. “No nosso país, neste momento cheira a final de ciclo, António Costa cheira a Fernando Medina, cheira a uma derrota do partido socialista no país e recordo os portugueses quem foram os países que se entenderam em Lisboa para tirar a cidade do socialismo e a devolver aos lisboetas. Foi o PSD e o CDS”, concluiu.
De Mirandela, Francisco Rodrigues dos Santos seguiu ao encontro de apoiantes em Viseu.
Artigo escrito por Fernando Pires (jornalista)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Não é pedido, é um apelo.


 Quando no ultimo directo, fiz um apelo aos interessados nestas eleições, leia-se ... cabeças de lista e não só, não contava que a situação fosse mais complicada do que poderia parecer a primeira vista, mas dias passados e centenas de horas de campanha depois, não vejo do lado do CDS, o movimento, a animação, o empenho e a dedicação que podemos ver noutras campanhas. 

Claro que o culpado tem um nome, e não... descansem, não é o Chicão, ou não é só o Chicão... desculpem... o Dr. Chicão, porque ele não gosta que lhe chamem ...Chicão. Talvez.... D. Chicão do Largo do Caldas lhe ...assente melhor, ou não... Se calhar preferia D. Chicão de Mafra ou da praia da Ericeira, D. Chicão de Mafra, senhor conde da Ericeira. Pomposo e cheio de ... ,..., como manda a tradição. mas falemos dos culpados, depois das eleições. 

Como diz uma querida amiga, que eu muito estimo, os presidentes do CDS vão embora um dia, até Paulo Portas percebeu isso, mas o partido fica, e no caso é preciso começarmos a pensar que parte do CDS é que fica, porque, mesmo depois de tudo isto ter um fim, ou seja... dos barões e dos baronetes, do Chicão das chicletes, abandonarem o barco, enquanto outros ( quais ratos de porão), escapam pela tangente enquanto é tempo, mesmo antes do barco ir ao fundo, há um património que não morre, nem se afunda com eles. 

É em nome desse património, que no fundo somos todos nós, que faço um novo apelo, não só a quem tem responsabilidades, não só a quem está nas listas, mas sobretudo aqueles que como eu são parte desse património que ficará com o partido, seja qual for o seu destino no pós eleições. Portuguesas e Portugueses que acreditaram sempre, que o CDS merece a sua confiança, é no CDS que têm depositado o capital de esperança, que durante os últimos 45 anos deu os frutos, que nos fazem acreditar que apesar de tudo, de tentarem acabar com o partido, de várias formas e algumas delas, devo dizer-vos eficazes, porque como é fácil perceber, não chegamos a este estado porque assim o desejamos, mas porque foi a isto que nos obrigaram nos últimos 2 anos. Ouvimos há dias, o senhor barão de Óbidos, dizer que havia um plano para acabar com o CDS... fiquei para morrer, visto que o senhor barão é parte do mesmo plano. E portanto, não percebi se estava a tentar desculpar-se, ou  a fazer dos outros parvos, como é seu apanágio. 

Esta é uma das razões para a campanha estar neste ponto... mais morta que marisco Boliviano. Mas, uma vez mais o meu apelo é para todos, quem está e quem não está nas listas, quem gosta e quem ... não gosta do Dr. Chicão, para quem concorda ou não concorda com ele ou com o sua excelência o senhor Barão, Todos seremos pouco, numa campanha em que é importante estarmos na rua, mostrarmos que estamos vivos, que não esquecemos quem confiou em nós durante as últimas 4 décadas. Esse é o nosso maior património, as pessoas, sem as quais não há votos, não há partido, não democracia. 

Disse mais que uma e repito, independente de concordar ou não com linha da CPN, o partido estará sempre primeiro. 

R.A.M. 


sábado, 11 de dezembro de 2021

O CDS a prazo ...




Uma vez mais, somos obrigados a concluir que o excelso presidente do CDS, nos volta a envergonhar durante a semana toda. Na terça feira depois de saber da decisão obvia do PSD em ir sozinho a eleições, o que demonstra bem o valor do CDS neste momento, por um lado, e por outro o oportunismo a que o lamaçal , desculpem ...o laranjal, já nos habituou, quando precisam de nós, concorremos juntos e somos os parceiros naturais, quando acham que não vale a pena, dão-nos um pontapé  onde as costas mudam de nome, e ficamos todos ofendidos porque não estávamos a espera, de uma tal decisão.

Depois deste triste episódio, sua excelência o presidente da CPN do CDS, vem a publico mais uma vez, para continuar o excelente serviço, que tem protagonizado nos últimos quase 2 anos, anunciando que nos próximos dias, iria ouvir os ex-presidentes do partido para então poder ter uma ideia do que seria o programa eleitoral do CDS.  No inicio achei perfeitamente normal, e seria perfeitamente normal, se estivéssemos a 6 meses de eleições, porém estamos a 6 semanas, e ouvir agora 5 ex-presidentes, todos eles com ideias diferentes e claras, sobre o que querem para o país, sendo 3 deles ainda assim, não sei se estariam disponíveis para serem ouvidos, desde logo o Senhor Professor Adriano Moreira, por razões óbvias, Paulo Portas porque está retirado e Assunção Cristas, porque não lhe apetece, sobram 2, e dos dois que sobram, um, a saber sua excelência reverendíssima, o Dr. Ribeiro e Castro tem como é sabido sido ouvido diariamente pela actual direção do partido, não fosse ele um dos confessos apoiantes de FRS, o que nos leva a pensar que, se enquanto o Dr. Ribeiro e Castro a situação era parecida com a actual, traçando o paralelo com a situação no tempo do Dr. Manuel Monteiro, e descobrimos que as diferenças são meramente de agenda .

Dito isto, e tendo em conta que o CDS corre o risco de ir a eleições sem programa, sem projecto e com um presidente a prazo, elegendo deputados a prazo, se for o caso, não podemos esperar que a maioria dos Portugueses, acredite em políticos a prazo, sendo que o prazo de Chicão expirou semanas depois do anterior congresso. 

Para terminar, disse há algumas semanas, que não apresentaria moção nenhuma ao congresso, por várias razões. Pois bem, há uma moção pronta, que conta inclusive com as razões fundamentadas para alterar o logo do partido, para as 4 setas, que representam os 4 pilares da nossa existência, sendo um deles a LIBERDADE  conquistada no 25 de Novembro, sem a qual não nos seria possível estarmos aqui hoje a discutir o que fazer com um dos pilares dessa liberdade. 

Rui Alexandre Moreira
11 de Dezembro de 2021.




 

domingo, 14 de novembro de 2021

Esperando um congresso que não é o nosso.




 Disse há meses atrás, que trabalharia com quem de facto estivesse interessado em salvar o CDS da destruição eminente que se adivinhava. Não apareceram interessados porque seguramente estavam muito ocupados, uns a defenderem o Chicão, outros a atacarem o Chicão, e alguns convenientemente a fazerem-se passar por mortos. Assim, quer ganhe um ou outros, não lhes vai o tacho fugir terem de ir procurar outra panela, no partido ao lado. Já estamos habituados. 

Porém, quem me conhece sabe que a última palavra que existe no meu dicionário é " desistir", tenho uma certa dificuldade de em perceber quem desiste, principalmente quem desisti daquilo em que diz sempre ter acreditado. Quando acreditamos em nós próprios, dificilmente deixamos de acreditar na politica que defendemos desde sempre.  É também por isso, que este partido é diferente dos outros, porque foi sempre defendido por gente que acreditava acima de tudo em si mesmo, nas suas capacidades de enfrentar a vida tal como ela é, e não fantasiar em ser isto ou aquilo quando na verdade, não passam de peões a serem jogados no terreno, nas mãos de alguns que pensam estar acima de todos os outros .

No CDS, sempre nos atacamos uns aos outros em vésperas de congressos, ou durante o período de defeso, sempre houve uma guerrilha interna instalada, o que de certa forma é salutar porque mostra que vivemos bem com a diferença de opiniões. O que nunca tínhamos visto, era um presidente que andou 22 meses a distribuir "sarrafada", a dividir o partido em quintais do Sr. A e quintalinhos do Sr.B, trocado em miúdos (salvo seja), evitando eleições para devolver as estruturas locais alguma dignidade e alguma autonomia, tudo em nome da sua própria sobrevivência, 22 meses da manipulação interna, de martelada nos cadernos de filiação, vir com a mais desfaçatez a publico, acusar quem quer que seja de ter adoptado uma postura mais ao menos como a dele. 

Bem sabemos que a tropa manda desenrascar, mas há limites para a decência e em política mais uma vez, não vale tudo. Francisco Rodrigues dos Santos, sabe que é um líder a prazo, e que o seu prazo expirou, semanas depois do congresso anterior, quando começou a debandada dos seus vice-presidentes, dos quais não me canso de responsabilizar, pelo actual estado do CDS.

Não bastante, ouvimos durante a semana passada a porta-voz do partido, dizer ao país que a direção do CDS teria de esperar pelo congresso do PSD, para então falar com a direção daquele partido, para resolver o passo seguinte. Estas declarações, não só humilham qualquer Democrata Cristão, como trazem a publico a falta de dignidade com que o processo está a ser conduzido. Obviamente, a responsabilidade das declarações, é da CPN e não senhora que as proferiu, se bem que qualquer porta-voz do partido que tivesse das as fazer com o mínimo de conhecimento da historia do partido, demitir-se-ía no momento seguinte, para não correr o risco de ter de nos voltar a envergonhar a todos. 

R.A.M.

14 De Novembro de 2021 

sábado, 6 de novembro de 2021

Como um covarde será sempre um covarde, uma fraude será sempre uma fraude !!!

 



Muitos se perguntaram neste momento, porquê repetir a mesma foto duas vezes seguidas ?!  Pois bem, este é o estado em que se encontra o partido, a sangrar por dentro e por fora. 

Semana após semana, vemos o partido definhar sem que para tal, nem o seu presidente nem ninguém da sua direção politica, parem para pensar por uma vez, nos milhares de Portugueses que olham para nós hoje, e nos vêm como um bando da palermas que estão a deixar destruir 47 anos de história. Da mesma história de que todos nos podemos orgulhar.

Ao longo dessa história, tivemos momentos maus e tivemos momentos muito maus, mas não tivemos nenhum momento tão mau como este. O último reduto de credibilidade do partido, o seu grupo parlamentar, está a desmoronar-se muito por consequência da acção ou falta dela, desta pseudo comissão política Nacional. Podíamos passar algumas horas a enumerar, um as um os casos em que a CPN tentou interferir na actividade normal do GP, não percebendo como ficou claro, que os deputados não estão no parlamento para representar o partido ou a direção do partido, mas sim a vontade do povo que os elegeu e que o compromisso dos deputados é acima de tudo com os eleitores e depois com o partido, é isto que fez de nós um partido respeitável e não o pensamento difuso e de alguém que pensa de forma diferente, as segundas, quartas e sextas e que no resto da semana, dá descanso ao cérebro. 

Tinha alguma esperança que alguém nesta CPN, alertasse o próprio presidente para o mal que está a fazer ao partido, a quem sempre representou o CDS, de forma livre e desinteressada, os mesmos que hoje se sentem envergonhados como que ouvem sobre o partido, os mesmos que acima de tudo defenderam e defendem o nome do CDS, a sua historia, a memória que fica e que orgulhosamente transformamos em pegada profunda na sociedade Portuguesa, na nossa democracia, na nossa história. São esses, que juntamente com aqueles que sairam do partido, farão no futuro próximo um julgamento sobre a nossa recente acção, são esses, que sem qualquer possibilidade de inverterem o ciclo, vão abster-se de votar, caso a direção do partido não mude antes das próximas eleições legislativas, já marcadas para o próximo dia 30 de Novembro. 

É legitimo o actual presidente querer ser deputado !? É. Mas para isso tem que provar merecer o lugar de deputado porque da última vez que foi a votos, era numero 2 pela lista do Porto e não foi eleito, e não sendo eleito pelo povo, não pode ser deputado. O simples facto de ser presidente do partido, não lhe confere legitimidade nenhuma, para ser cabeça de lista por qualquer ciclo electivo, terá de passar pelo crivo do partido, que neste momento diga-se em abono da verdade, também já não confere condições para exercer as suas funções, depois de mais de 20 meses de manipulação da própria direção. O que não é legítimo, é o mesmo presidente que puxa dos estatutos por tudo e por nada, esquecer-se que o seu mandato  termina a 27 de Janeiro, e portanto seria muito mais sério, ir a votos em eleições legislativas no dia 30, depois de vencer o congresso, já que está perfeitamente convicto da sua própria vitória. 

Obviamente, é mais fácil desconvocar um congresso, do que correr o risco de o perder, sem que para tal se cumpram os prazos legais, apenas porque queremos muito. Já que ninguém quer fazer o favor, a bora de caridade, de mostrar ao pseudo presidente do CDS, que há formas de estar na política, sem atropelarmos ninguém, sem tentarmos ser mais "chicos espertos" que os outro, sendo que o mesmo " chico- espertismo" só prejudica o partido. Ou seja, aquilo que no fundo andamos há mais de 20 meses a fazer. 

A melhor forma de Chicão, sair como Chicão do imbróglio que ele próprio criou, e deixar o CDS ir a congresso, quanto mais cedo melhor, mas como sabe que não sai de lá em ombros, vai andar a empurrar com a barriga até que possa, ou então até perder a credibilidade que lhe resta... que em abono da verdade, já não é grande coisa e isso sim, afecta directamente a imagem do CDS. O partido é tão credível, como as pessoas que o representam.  Até porque a única forma de Chicão ganhar um congresso sem as ajudas do costume, ou seja por si só, não existe. O que por si só, prova que elegeram uma fraude, que já não tem suporte na sua própria direção desde semanas após o último congresso. Para provar que não é uma fraude, tem de ir a votos em congresso e já agora , quanto mais cedo melhor. 


Rui Alexandre Moreira 
6 de Novembro de 2021.