segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Os apontadores de serviço...






Os apontadores de serviço

Desde o fim do dia 6 de Outubro, que já ouvi, li, re li, todo o tipo de comentários, verdades e inverdades sobre o que correu mal e o que não correu mal, para que o resultado das eleições para o CDS, fosse tão desgraçadinho.

O que eu não consegui ler em parte nenhuma, foram as verdadeiras razões para isso acontecesse, não vi uma estrutura local, distrital ou concelhia à exceção de Coimbra, tomar uma posição em consequência dos resultados eleitorais, deixando indecentemente que Assunção Cristas, Presidente da CPN, acarretasse com as culpas todas, como se fosse ela a única responsável pelo resultado das eleições . 

Já o disse e repito, Assunção Cristas teve responsabilidade no resultado, porque tomou algumas decisões que possivelmente podiam ter sido diferentes, mas não estava sozinha, e não vi mais ninguém na comissão politica Nacional a tomar a mesma decisão, sendo que o sentimento solidário no CDS, se perdeu desde que passamos a incluir, um certo e determinado números de indivíduos sem caracter, sem espinha dorsal, sem respeito nenhum pelo partido ou por quem o representa. Esses sim são os verdadeiros culpados, deste resultado. Vemos agora muitos deles, a apontar o dedo aqueles que assumem a derrota e com a mesma humildade, com que entraram, saem pelo seu pé. Outros ouve, que tiveram de ser empurrados.

Assunção Cristas, começou o seu mandato a dizer que queria ser primeira ministra, com o tempo foi mudando o discurso, acabando por dizer que “...um bom resultado seria o reforço da votação no CDS”. Este foi o erro capital de  Assunção Cristas, mudar de discurso, baralhou o eleitorado, confundiu quem tinha em algum momento, decidido votar no CDS, e quem pela primeira vez estava decidido a fazê-lo, de tal forma que quando a campanha é levada para a rua, a mobilização necessária não se fez sentir, a dificuldade em passar a mensagem já por si complexa, esfumava-se no espectrum de quem tinha visto e ouvido, a garra, a determinação, a convicção com que Assunção Cristas, 2 anos antes tinha assumido ao que vinha. Tivesse mantido o discurso, dizendo ao País, “ Eu quero ser primeira ministra, para fazer mudanças, para melhorar a vida dos Portugueses, e com o tempo a passar explicando, cada uma das propostas, indo para a rua, ir para o adro da igreja falar com as pessoas depois da missa, explicar-lhe porque é que está ali e não sai da missa a correr, para ir fazer o arroz de atum pra família. O CDS perdeu nestes 4 anos, a oportunidade de se afirmar como força partidária que dependerá de si mesma, para ser governo e seguramente para ser a primeira força do governo terá de procurar um líder, capaz de fazer coisas tão simples como dizer “ ... eu quero ser primeiro(a) ministro(a), e vou explicar ao país porquê ...” 

Ainda não vi nenhum dos potenciais candidatos, fazer nada disto, nem dizer nada disto , portanto nenhum deles está preparado para ser presidente do CDS . 

R.A.M. 

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